FARO A CRESCER A NORTE
Com a abertura, «sem pompa nem circunstância»,
que a obra era necessária e estava concluída, da
Avenida Mário Lyster Franco (uma homenagem a quem
foi um dos mais notáveis e dedicados farenses do
século XX), na ligação entre a Estrada da Penha e a
«mítica» EN 2 (a maior de Portugal, ligando Chaves a
Faro), surge um tempo novo no crescimento e
desenvolvimento da capital sulina.
É -o para Norte, que a Sul a Ria e linha férrea
travam o crescer e abre-se um capítulo novo naquilo a
que o consagrado escritor e jornalista Mário Zambujal
(então co-responsável por esta secção do «Times»,
criada pelo poeta Casimiro de Brito e prosseguida
pelos saudosos Encarnação Viegas, dr. Rocheta
Cassiano e pelo signatário) nos anos sessenta
chamava de «Cidade em Quarto Crescente». Eram os
tempos da expansão por São Luís e Penha.
Agora Faro vê o seu crescer natural para o Norte, na
vasta área que vai entre aquelas zonas surgindo um
«Faro Novo» e que se entronca em perfeição, como se
deseja e a existência de todas as condições, com
«uma nova centralidade, uma nova cidade». Espera-se,
conforme as declarações a tal propósito do Presidente
do Município que antes do fim do ano, já ali ao virar de
esquina, que o primeiro desses empreendimentos, o do
Vale da Amoreira, aconteça. Terá além de habitação e
comércio, uma vasta área com um «parque de
sequeiro» (árvores endógenas da região, numa
extensão de 10 hectares). Virá também a «Cidade
Nova» com o Plano de Urbanização da Penha, que
inclui habitação, entre a qual residências
universitárias e um parque verde com 13 hectares de
valência. De permeio anotamos a ligação, dentro do
«Plano de Mobilidade e Transportes», da ligação entre
as Estradas da Sra. da Saúde e da EN 2, a rotunda de
Pontes de Marchil, que facilitará o acesso ao
Montenegro, ao Aeroporto e à Praia de Faro, com
extensão até à Pista de Atletismo (3,2 klms. de
extensão) e um custo total a chegar aos 16 milhões de
euros.