sábado, 31 de março de 2018

PASSEIO *A SERRA DA ESTRELA


Recebido de Florêncio Vargues

A ATAF, organizou um passeio com funcionários da Câmara Municipal de Faro, sócios da ATAF seus Familiares e amigos nos dias 24 e 25 do corrente mês à Região da Serra da Estrela, com paragem na Covilhã para almoço no Restaurante O Lago, seguindo-se uma subida à Torre. De imediato, a viagem mais uma viagem até Vale de Madeiros com paragem na Quinta da Lagoa para uma visita pedagógica sobre o fabrico do verdadeiro Queijo da Serra da Estrela. No fim da aula de pedagogia houve tempo para umas provas do referido queijo com mel e compta de fruta, acompanhado por vinho branco, vinho tinto. No final, ainda se fizeram algumas compras e, foi-nos dito que a referida produção era vendida em alguns supermercados de Norte a Sul do País e, foi-nos informado que o mesmo é vendido no distrito de Faro no Supermercado Apolônia.
Após o fim da visita, fizemo-nos ao caminho para irmos pernoitar no Hotel da Urgeiriça em Canas de Senhorim. Depois do jantar, cada um de nós fomos à deita e, esperar pelo erguer, tomar o pequeno almoço para seguirmos a nossa agradável viagem.
Feitos ao caminho, fomos em direção ao Museu do Brinquedo em Seia. Chegados ao museu, uma guia nos explicou e nos mostrou todo o seu historial. Foi muito agradável e, que nos levou a recordar alguns brinquedos das nossas infâncias. No fim da visita, existiu algum tempo para fazermos algumas compras.
De volta à estrada, seguimos em direção ao Restaurante Guarda Rio situado num local muito aprazível, com um belíssimo enquadramento turístico situado no lugar de Barriosa - Vide.
Em meu nome pessoal e, como elemento dos corpos sociais da ATAF, venho agradecer à empresa EVA Transportes o excelente serviço prestado assim, como os dois excelentes profissionais que nos colocou ao dispor: Hugo Cruz e João Cavaco. Mais uma vez os meus agradecimentos.
Obs: Peço imensa desculpa pela falta de mais fotografias do grupo durante o almoço, prometendo agrupar as que me forem cedidas ou adicionadas por outros elementos da ATAF,










Florêncio Vargues e Armanda Vargues

As legendas ficam ao cuidado de cada um...
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Edição de Roger

VIVAM MUITOS COM SAUDE



ANIVERSÁRIOS

ABRIL      -   PARABÉNS A VOCÊ

1 - Jorge de Sena Cristina Aleixo; Manuel Francisco Uva Jacinto; Maria Solange Madeira Isidoro. 2 - Lília Rosalina Santos Matos.  4 -Álvaro Manuel Correia Ponte; João Vitorino Mendes Bica. 5 - Rui Patrício da Rocha Guerreiro. 7 – Maria da Piedade Coelho Santa Rita C. Correia; Laura da Piedade Braz.  9 – Maria da Conceição Carmo Sério; Maria Mabel R. Paiva Pires Gomes. 10 -  Silvino dos Santos Cabecinha. 11 - Estanislau Miguel Conceição Silva; José Domingos Barão; Horácio Pereira Rodrigues; Ana Maria Nobre dos Santos Ramos Cavaco. 12 - Daniel Pinheiro Bernardo;  João Vítor Jesus Martins; Marília Vicente Viegas Pedrinho Martins. 13 - José Paixão Neves Pudim; José Hermenegildo Mendonça Soares. 14 - António Belo Carvalho; Edéria Maria Apolo de Mendonça Gama.15 - José Manuel Clérigo do Passo; José Travassos Machado. 16 – Maria de Fátima Silva. 17 - José Quirino Espírito Santo Cabrita; Augusto Maria Coelho; Maria Teresa Vieira das Neves Infante Silva  Lourenço. 19 - Amaranto José Cavaco Romão . 21 - Alberto Santos Pereira Rocha; Maria Lourdes Olia Dentinho; António Guilherme; Anselmo de Jesus Nunes Correia. 22 –Maria Graciete Passos Valente Santos Transmontano de Carvalho. 23 - António Jorge Pereira da Silva Gago. 25 – Umbelina Conceição Máximo Cavaco. 26 - António José Oliveira e Sousa; José António Oliveira e Sousa; Fernando Manuel Gomes Palma; José Francisco Coelho Cabanita. 28 - Rui Nobre Rodrigues. 30 – Maria Graciete da Piedade Santos Ribeiro.
FELICIDADES A TODOS NESTE DIA
Isabel Coelho



sexta-feira, 30 de março de 2018

CRÓNICA DE FARO - De João Leal


 Habitação social precisa-se

OPINIÃO | JOÃO LEAL






Um dos problemas maiores, daqueles que, por razões várias, sobreleva muitos outros e que a capital algarvia enfrenta é o da inexistência de habitações para alugar a preços compatíveis com o nível económico actual da grande maioria da população interessada sejam rejam residentes na região ou sendo para a mesma deslocada.
A questão remonta a alguns anos, não obstante o surto de construção civil que se desenvolveu, criando, inclusive novas zonas residenciais e galgando vastas áreas que o foram até então arrabaldes, devido à crise verificada no sector, à procura de ser maior do que a oferta (a fixação de famílias ou cidadãos isolados por motivos profissionais – aeroporto e turismo, centro hospitalar universitário e entidades privadas da actividade, etc.) e a também, aqui residindo um dos cernes do problema ao não investimento das entidades públicas.
Conhecemos a gravidade económica que o Município enfrentou nos últimos tempos, com a nau da gestão autárquica a navegar em águas menos agitadas, para que o que foi preciso uma determinação, empenho e actuação, dignas de notório apreço. Mas é urgentemente preciso que a Câmara Municipal de Faro retome o seu papel nesta área e volte ao problema da habitação social, hoje votada a uma camada de cidadãos muito mais ampla, já que pensamos apenas nos pobres mesmo pobres, mas aquela outra que foi a mais atingida financeiramente, vivendo uma “pobreza envergonhada” e que era designada por classe média.
Os índices vindos a público, de modo próprio pelos órgãos de comunicação especializados em questões económicas definem bem o custo da habitação em Faro e dos aumentos verificados, com base também no desvio para outros fins, como acontece com os hostels e outras funções, bem mais rendosas do que alugar para viver.
A Atalaia, a Carreira de Tiro, os blocos habitacionais da Avenida Calouste Gulbenkian, são apenas testemunhos de um política social de habitação desenvolvida pelo Município e Cooperativas, que realizaram uma acção notável e que está a olhos vistos. É preciso que se construa em Faro para aqueles e tantos milhares hoje somos que travam no quotidiano a batalha do sobreviver com baixos créditos.

João Leal

segunda-feira, 26 de março de 2018

DISTINÇÃO ROTARY




O «COSTELETA» FILIPE VIEIRA (ADMINISTRADOR DO HOSPITAL DE LOULÉ)  DISTINGUIDO PELO ROTARY LOCAL
 

Em reunião festiva o Rotary Clube de Loulé distinguiu, como o faz habitualmente desde 1990, o «Profissional do Ano» atribuído ao Juiz - Desembargador Eduardo Tenazinha e «O Mérito Profissional do Ano» o Hospital de Loulé representado pelo seu Administrador e «alma maior», o «costeleta» Filipe Vieira. Com uma carreira brilhante e guindando aquela unidade hospitalar, anexa à Misericórdia, aos níveis de excelência que, merecidamente lhe são tributados, Filipe Vieira frequentou a Escola Tomás Cabreira até ao 9° ano e é filho dessa carismática figura do nosso historial associativo, Filipe Vieira. As nossas mais entusiásticas felicitações.
 

JOÃO LEAL
 
 

PARA MEDITAR

Continuação
2º CASO
                                                            Por Paixão Pudim


Em 1995 estive a coordenar os trabalhos numa urbanização de 9 moradias em Birre, bem perto de Cascais. É uma zona chique habitacional de classe media alta. A construção com materiais de excelente qualidade cingiu-se a uma arquitectura clássica, muito atraente e de agrado de futuros proprietários;... advogados, gestores, médicos e jogadores internacionais de futebol.
Colocadas a venda foram adquiridas com relativa facilidade... ficando apenas uma destinada à filha do proprietário da urbanização que, entretanto, casou e foi viver para Londres.
Este desfecho originou um embaraço pouco vulgar ao pai e proprietário que tinha contratado um  decorador espanhol para pintar à mão os azulejos das 4 casas de banho mais o lavabo social. O tema escolhido, nada mais nada menos...o fundo  com destaque com a significativa fauna e flora com destaque para os corais. Já em fase de conclusão o trabalho ficou magnífico... mesmo célebre e, por isso teve vários pretendentes... incluindo um casal de portugueses a  residir na África do Sul mas com desejo de regressar a Portugal. Visitaram a moradia e apenas salientaram a pouca área do logradouro que não permitia a construção de piscina com razoáveis dimensões.


Voltaram passados alguns dias com uma proposta final. Aceitavam na condição de substituírem os azulejos pintados à mão... que a senhora achava piroso...
O proprietário disse que preferia não vender do que destruir o trabalho artístico. Mas a senhora voltou, comprou a moradia e assumiu a despesa de substituir os azulejos. Assisti ao desenrolar de toda esta situação e fiquei incrédulo quando vi a substituição dos azulejos pintados artisticamente à mão das quatro casas de banho e lavabo social... por azulejos lisos, quadrados de 20 centímetros de cor única – encarnados. Não queria acreditar!... Mas gostos não dá para discutir... Mas dá para meditar!... Tudo de encarnado.

domingo, 25 de março de 2018

TEXTO DUM COSTELETA




Recordações e Casos da Vida Real de um Costeleta Aposentado
Um Apelo e dois casos, um para sorrir, outro para meditar

Por Paixão Pudim

0 Apelo; para recordar a necessidade, em tempos referido, da colaboração dos costeletas interessados na feitura do nosso Jornal. Queiram partilhar depoimentos interessantes no âmbito de experiências vividas quer particulares ou profissionais, viagens ferias, curiosidades, etc. Façam chegar as vossas crónicas ao nosso estimado costeleta Rogério Coelho que, muito reconhecidamente, agradece.
Na sequência do meu apelo e sem notícias recordando a vivência estudantil dos costeletas nos anos cinquenta, e não só... decidi que a minha participação, a partir de hoje, seja de mencionar casos da minha vida profissional. Muitos dos meus amigos "costeletas do peito" sabem que sempre estive inserido na construção civil que é uma fonte inesgotável de situações hilariantes e curiosas.

Eis o Caso... de que fui protagonista directo.

Estive, durante 4 anos, na urbanização "Alta de Lisboa” que fica situada a Poente do Aeroporto, bairro da Musgueira, zona degradada de barracas cuja demolição decorreu após construção do bairro social um pouco a Norte.
Em 200l deu-se início, à grande obra na zona pomposa “Parque das Conchas"... condomínio fechado, 6 Blocos de 15 pisos cada, residencial de 255 apartamentos. Construção de excelente qualidade e arquitetura moderna para agradar os futuros proprietários de classe média alta... muitos professores universitários, médicos, advogados, gestores, pilotos da TAP, comerciantes, etc...
No ultimo ano, na qualidade de fiscal, fiz perto de duzentas vistorias.
Foi interessante apreciar as reações dos futuros proprietários.
Aqueles que, pelo seu porte altivo, me pareciam muito rigorosos nas reclamações, aceitavam as anomalias com serenidade, outros que julgava fáceis de contentar nos acabamentos mostravam-se difíceis de agradar.
Foi nesta circunstância que fiz a centésima oitava vistoria de um apartamento adquirido por um casal de empresários de restauração naturais de Cascais. O senhor apresentou-se cortês e amável e a esposa fazia-se notar pela sua altivez... genuinamente uma “Tia de Cascais” A obra estava adiantada em fase de acabamentos e na primeira vistoria apenas assina1aram, desfavoravelmente, os veios da madeira dos pavimentos flutuantes com tons diferentes... para substituir algumas tábuas. Na segunda visita á obra pediram a substituição dos puxadores das portas. Passados 5 dias, nova visita, desta vez, verificou-se alguns riscos nos espelhos das casas de banho ... Depois tudo acalmou até que, uma bela manhã, quando cheguei ao parque de estacionamento da obra...  estava um Mercedes à minha espera. De la saiu a senhora "Tia de Cascais” em voz alta a chamar-me - Sr. Paixão, estou desgostosa e desolada com o que me aconteceu ontem à tarde. disse ao meu marido, se não tivéssemos assinalado a compra do apartamento, desistia de o adquirir.
- Imagine o Sr. que estivemos na EDP para assinar o contracto do fornecimento da eletricidade e gás, quando não é o meu espanto ao ter conhecimento do endereço da minha nova residência... que fica no sítio das galinheiras, bairro da Musgueira - Lumiar.
O que vou dizer ás minhas amigas?, - para onde vou morar?... Mas aonde é  o "Parque das Conchas" - Alta de Lisboa - Lumiar?... Isto é uma vergonha!... - O Sr. Paixão vá á camara Municipal de Lisboa, mais depressa possível, pedir para arranjarem um nome para esta rua ou avenida ou sei lá o que é… Foi difícil acalmar a senhora e convence-la que, num futuro próximo, será contemplada com o pedido.
Passaram-se mais uns dias e, já próximo do Natal, voltou a dita senhora com um novo pedido argumentado. – Já sei que não tenho possibilidades de efetuar a mudança até ao Natal, mas gostaria de fazer a passagem do Ano na minha nova residência… até porque espero a visita dos meus cunhados vindos do Canadá.   É necessário concretizar o pedido que fiz dias atrás... que é substituir uma pedra do nicho da lareira na sala que está diferente das restantes.
Chamei o encarregado que logo esclareceu – os pedreiros são naturais de Braga... deixam alguns dias das férias de Verão para juntarem o Natal ao Ano Novo e só aparecem na obra no dia 2 de Janeiro. Não é possível.
A senhora indignada volta-se para mim e exclama – Oh, Sr. Paixão, mas este pessoal também tem férias?
Sem comentários!...

NOTA DA REDACÇÃO: Já recebemos o 2º caso. Estamos a editá-lo, publicaremos logo que o tenhamos pronto. A foto do Paixão encontra-se na galeria de fotos, á direita dos textos.
Roger

sexta-feira, 23 de março de 2018

RECORDANDO



O Pirolito

A propósito do artigo publicado sobre o pirolito, resolvi elaborar este pequeno texto.
A fábrica de pirolitos tinha as suas instalações na chamada horta das amendoeiras, especialmente entre a ex-Farmácia Oliveira Bomba, a Praceta Coronel Pires Viegas e as vivendas que ladeiam a Rua Coronel Pires Viegas ( quem desce a Rua Reitor Teixeira Guedes ( vulgo estrada Olhão ).
Na minha quarta classe e exame de admissão vim estriar a Escola de São Luis, permitindo-me assistir ao inicio da  construção do defunto São Luís Parque, e com os meus colegas da altura pesquisar nos detritos de garrafas partidas na fábrica, os pirolitos que funcionam como tampas. Estes berlindes serviam para jogar ao palmo beijoca, às três covas, evitando pedir dinheiro à família para os comprar, excepção feita para os abafadores, por serem coloridos, e vendidos no estabelecimento do  Augusto Vieira dos Reis, situado no Largo da Madalena
Estas brincadeiras ( berlindes e  pião ) só eram possíveis porque as ruas eram em terra batida...o progresso é inevitável, mas devia ter em conta  a tradição.
Talvez um dia os homens pensem nisso.
-----Texto escrito ao sabor das imaginação, sem grande preocupação...as minhas desculpas.

Jorge Tavares
costeleta 1950/56


terça-feira, 20 de março de 2018

CANTINHO DOS MARAFADOS


Nos tempos em que os reis mandavam, numa noite escura, à entrada de dezembro, o rei veio à varanda do seu iluminado palácio e reparou que a cidade estava escura como breu.
Chamou o seu primeiro-ministro e ordenou-lhe:
- Antes do natal quero ver a cidade toda iluminada. Toma lá 500 cruzados e trata já de resolver o problema.
O primeiro-ministro chamou o presidente da câmara e ordenou-lhe:
- O nosso rei quer a cidade toda iluminada ainda antes do natal. Toma lá 250 cruzadose trata imediatamente de resolver o problema.
O presidente da câmara chama o chefe da polícia e diz-lhe:
- O nosso rei ordenou que puséssemos a cidade toda iluminada para o natal. Toma lá 100 cruzados e trata imediatamente de resolver o problema.
O chefe da polícia emite um edital a dizer:
“Por ordem do rei em todas as ruas e em todas as casas deve imediatamente ser colocada iluminação de natal.  Quem não cumprir esta ordem será enforcado”.
Uns dias depois o rei veio à varanda e, ao ver a cidade profusamente iluminada, exclamou:
- Que lindo! Abençoado dinheiro que gastei. Valeu a pena.

E FOI ASSIM QUE COMEÇAMOS A FUNCIONAR…


NOTA:- Qualquer semelhança com os dias de hoje é pura coincidência...

Roger

domingo, 18 de março de 2018

EM FARO-O PIROLITO


MEMÓRIAS DE ANTIGAMENTE

Exposição do tempo do "PIROLITO", recupera a memória de uma antiga fãbrica deste produto, situada em Faro.
A exposição está patente no Museu Regional do Algarve, até ao dia 24 de Março.

NOTA DA REDAÇÃO

"O pirolito foi uma bebida muito apreciada durante a primeira metade do século XX. Ficou no imaginário dos que a conheceram não só pelo seu gosto, mas também pela forma da garrafa.
Era uma bebida gaseificada, feita á base de um xarope feito com açúcar, água, ácido cítrico e essência de limão, a que posteriormente era adicionado gás carbónico. A receita deste xarope base variava de fábrica para fábrica, constituindo esse o seu segredo. Para quem não a experimentou, pode dizer-se que o mais parecido, hoje em dia, é o Seven-Up"
O PIROLITO
Roger

PAI


19 DE MARÇO
AMANHÃ
DIA DO PAI

DO TEU!
Para te recordares...

E DO MEU
Que recordo com muita saudade...

Roger


quarta-feira, 14 de março de 2018

CRÓNICA DE FARO



Na morte de um escritor farense

   OPINIÃO | JOÃO LEAL
É inevitável mas custa sempre. A notícia da morte do escritor natural da farense freguesia de São Pedro, Dr. José de Matos Guita, “moço do meu tempo” foi daquelas que, nos últimos tempos, nos deixou tristes e afetados com este final da humana vida. Membro de uma das mais respeitadas e tradicionais famílias da capital sulina, este professor e escritor amava com toso o afã sua terra natal e a ela lhe dedicava um querer bem concretizado nas agradáveis conversas que periodicamente eram proporcionadas nas esplanadas dos cafés da nossa “calle mayor”, a Rua de Santo António, quando aqui voltava nas suas “romagens de saudade”.
O Dr. José de Matos Guita, a que nos uniam laços vários e à famílias de ambos, neto que era da sempre saudosamente querida “Comadre Guita”, que outro nome lhe não conhecemos, assinou vários livros, mormente focando a Faro dos tempos idos. Foi em 1937 (gémeos que o éramos no ano de nascença) que “Zé Guita”, que outra forma não queria que o tratássemos, veio ao mundo.
Frequentou a escola primária e o liceu (1948/55) nesta nossa urbe e licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras das Universidade Clássica de Lisboa, sendo a tese de licenciatura assinada pelo eminente mestre que foi o professor Jorge Borges de Macedo. Este trabalho foi distinguido, pelo seu valor e mérito, no concurso Henriquinino (1960) aquando do V centenário da morte do Infante D. Henrique, o que diz bem dos méritos e valores deste cidadão farense. Era um colaborador habitual, na secção “Vistos e Vistas” dos Anais do Município de Faro”, valioso arquivo das coisas do concelho e da região, que o saudoso académico Professor Pinheiro e Rosa criou, que o Dr. Libertário Viegas prosseguiu com empenho na sua direcção e que tem, presentemente como responsável a figura eminente do prof. Romero de Magalhães, mestre na Universidade de Coimbra.
A vida profissional do “Zé Guita” foi o ensino havendo leccionado nos liceus de Santarém, Oeiras e Passos Manuel (Lisboa), no ISLA (Instituto Superior de Línguas e Administração) e no Colégio Militar, instituição onde desempenhou destacadas funções, sendo a “História Contemporânea” a disciplina que mais o ocupou em termos pedagógicos. Neste desfilar de lembranças não pudemos olvidar o curso por ele leccionado em Bruxelas, no âmbito do programa Erasmus sobre Cultura Portuguesa.
Morreu o Dr. José de Matos Guita, o “Zé Guita”, que era o vocativo de tratamento nos encontros já referidos. A cidade e o Algarve estão mais pobres. À sentida nota do município com expressivas condolências à família juntamos a nossa saudade e a nossa homenagem!
João Leal