quinta-feira, 29 de abril de 2021

MORREU MAIS UM «COSTELETA».



                       O ROMEU SANTA CLARA DE BRITO

Partiu


                Faleceu o Romeu Santa Clara de Brito, antigo aluno da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, nos anos 50 do século XX, natural e residente em Albufeira.

         Contava 81 anos de idade e era bancário aposentado e uma firme intervenção autárquica na «Cidade Branca em Mar Azul».

      Para a lembrança saudosa do Romeu, um companheiro e amigo, a que nos unia uma fraterna estima.

         Á Família enlutada as mais sentidas condolências.

DESCANSA EM PAZ ROMEU


                                                                                            JOÃO LEAL


ANIVERSÁRIOS SÓCIOS COSTELETAS

 

PARABÉNS A VOCÊ...

MAIO                                ANIVERSÁRIOS                 

01 -  Maria Madalena Mendes Maia Ferreira. 02 - Júlio Bento Piloto; Maria dos Remédios Basílio Mendes; Maria Teresa Guerreiro Gomes Rodrigues. 03 - José Augusto Piloto. 04 - António Joaquim Martins Molarinho. 05 - Máximo Cabrita Oliveira; Jorge As­censão Mendonça Arrais. 06 – Miguel Damasceno Jesus de Brito. 07 – João Manuel Lisboa; Laura Correia Almeida Teixeira; Joaquim José Costa; José Coelho Jerónimo. 08 - Manuel Miguel Bordeira Casinha; Maria José Viegas Conceição Fraqueza. 9 - Maria do Carmo Vítor da Silva Gabadinho. 10 - Maria João Sousa Quintas; Vitaline Maria Estêvão Ferreira. 11 - Fernanda Maria Mendes Maia Cruz; Luisa Maria Correia Martins. 12 - Walton Coelho Contreiras. 14 – Rogério Sebastião Correia Neto; Maria Gertrudes da Assunção Gaspar. 16 - João Simão Jesus Sebastiana; João Nuno Correia Arroja Neves; Luís Filipe da Cruz Quinta Gomes. 17 - Olga Maria Albino Oliveira Caronho. 18 - Noémia Maria Jacinto Fragata; Casimiro Afonso. 19 - José Francisco de Jesus Gabadinho; Bertino Sequeira Nunes. 20 - Joaquim António Ramalho. 21 – Vitor Venâncio Conceição Jesus.. 26 - Maria Marta Viegas Mendonça Saias; José Cândido; Maria Elsa Santos Palmeirinha; Manuel Assis Guerreiro Ferro .  28 - Fernando Germano Faleiro Drago; José Paulo Inácio Quintino.  31 - José António Oliveira;  Romualdo Cavaco.

QUE FAÇAM MUITOS, COM SAÚDE - Roger


«COSTELETAS» QUE EU CONHECI


        O DR. JOSÉ DE SOUSA UVA JR.

(«ZÉ DA UVA»)

         

         Tive o ensejo de o ter como professor, no Curso Geral de Comércio, na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, ao tempo (princípio dos anos 50 do século passado) a funcionar nas suas velhas instalações da Rua do Município. Foi meu mestre nas disciplinas de «Noções Gerais de Comércio» e «Direito Comercial», para além de outras que regeu, caso do «Francês» e daí o dizer-se que «o dr. José da Uva é pau para toda a obra...», querendo referir-se a variedade de opção pedagógica que lhe era conhecida.

         Natural de São Brás de Alportel, ao tempo a mais importante freguesia do concelho de Faro, do qual se desmembraria a 1 de Junho de 1914, o dr. José de Sousa Uva Júnior nasceu a 14 de Agosto de 1890 e faleceu em Faro, onde viveu a maior parte da sua vida, uma vida recheada e plenamente vivida com múltiplas e variadas facetas.

         Era um «sambrazense» bom e complacente, sempre disposto a empenhar-se nas causas maiores, como o deixou bem atestado nas várias funções desempenhadas e na acção desenvolvida. 

          Foi combatente, como alferes miliciano, na I Grande Guerra Mundial (1914/18), integrando o 1º Grupo de Companhias dos Serviços de Administração Militar, que se houve com bravura e heroísmo nas terras de França. Exerceu o professorado, durante décadas, na Escola Tomás Cabreira, de que foi Director, sendo uma figura em evidência na Cidade de Faro, nos primeiros 60 anos do século XX. O «Dr. Zé da Uva», como era conhecido «Algarve em fora» , era-o como a sua mediática família, de marcante presença na vida algarvia. Poeta de elevado mérito, ainda hoje são recordadas as suas gazetilhas sobre factos e figuras da vida farense, da sua autoria sendo o conhecido corridinho «Estão verdes». Uma compilação de poemas seus foi publicada em 2005 pela Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, a qual inclui depoimentos de vários alunos - Aníbal Cavaco Silva, Casimiro de Brito e Mário Zambujal. Desempenhou vários cargos na vida pública e associativa, havendo sido, entre outros, Vice - Presidente da extinta Junta Geral do Distrito e Procurador pelo Ensino Técnico no Conselho Provincial do Algarve, Presidente da Direcção da Mutualidade Popular - o que dimensiona bem a sua presença extensional na Região.

            

                                                            JOÃO LEAL


ANIVERSÁRIO

 


QUADRA


                       NASCI POBRE, POBRE VIVO

                       MEU ADN É POBREZA

                       PEÇO A DEUS ME CONSERVE

                       PARA SEMPRE ESTA RIQUEZA!


                                                                       JOÃO LEAL


    OS COSTELETAS BEATRIZ ROSA E BRITO FIGUEIRA  -

                    - 6O ANOS DE MATRIMÓNIO

    Foi a 29 de Abril de 1961 que, na majestosa igreja de nossa senhora do carmo, em faro, se uniram para sempre pelo casamento os veteranos e dedicados «costeletas» maria beatriz rosa brito figueira e henrique luís brito figueira.

    a «bia» é aposentada da junta autónoma das estradas e o seu «bio» é um gestor de sucesso também na merecida reforma.

    assinalando esta significativa efeméride foi celebrada eucaristia na igreja de são pedro, presidida pelo pároco cónego césar chantre, de agradecimento a deus pelas felicidades recebidas.

        ao casal fraterno e amigo, lídimos «costeletas», a expressão das nossas felicitações pelos 60 anos de matrimónio.

João Leal

PS: - Juntamos:
Um beijo da Isabel Coelho
Um abraço do Roger

terça-feira, 27 de abril de 2021

QUANDO A POESIA ACONTECE

 De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural

    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Estimados Amigos e Companheiros,

Estamos de regresso e retomamos o tema previsto para Janeiro e que fora cancelado.

No próximo dia 12 de Maio, quarta-feira, pelas 17,30.
"Quando a poesia acontece", na Biblioteca Municipal de Faro, sob o tema:

- HOMENAGEM A CARLOS DO CARMO:

Agarro a madrugada
Como se fosse uma criança
Uma roseira entrelaçada
Uma videira de esperança
- Ary dos Santos

* Poesia embalada pela voz de Rosinda
com música de Luciano Vargues

Deverão ser cumpridas as normas de segurança, já habituais:

- lotação do espaço e distanciamento físico: número limite de participantes 40 pessoas;
- obrigatoriedade do uso de máscara durante a sessão;
- higienização das mãos à entrada do auditório.

Espero por vòs.

Cordiais saudações elistas.


Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

segunda-feira, 26 de abril de 2021

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»

 


                 «A FRONTEIRA DAS ÁGUAS POROSAS»

                                                       JOSÉ CRUZ


                   Com a recente publicação do livro «A fronteira das águas porosas», décima obra de sua autoria, o escritor e jornalista algarvio José Cruz concluiu a trilogia «Fronteira de Bloqueios», iniciada em 2015, com o romance «Águas vivas de Levante» e tendo de permeio, em 2019, «A dama de luz».

                      Nas três obras, com a acção focada em torno de Mariana, cruzam-se muitos aspectos de cunho ficcionista com aspectos históricos ocorridos no reinado de D. José I, o monarca fundador de Vila Real de Santo António.

                       Natural desta cidade, onde nasceu a 20 de Julho de 1947, José Cruz, que foi deputado à Assembleia da República, desempenhou as funções de Chefe de Redacção do semanário «Jornal do Algarve», onde é um assíduo colaborador, tal como noutros jornais. Poeta de mérito reconhecido é co-fundador dos «Poetas do Guadiana». Publicou o seu primeiro livro, a peça de teatro «A flor e a arma flor», em 1975.


                                                      JOÃO LEAL


«BOLA AO CENTRO» JOÃO LEAL


MORREU O OLHANENSE MATIAS,

UM DOS MELHORES EXTREMOS PORTUGUESES


                    Fomos inundados por uma profunda tristeza e uma solidária saudade quando, no testemunho de um querido aluno, o antigo jogador do Benfica, Osvaldo Picoito (um dos melhores alunos que tivemos na docência fusetense), nos veio a lutuosa notícia da morte de Francisco Matias, o tão apelidado «Chico Bólica». Unia-se uma profunda amizade, construída a partir de 1958, quando assumimos funções docentes na Fuseta e onde tivemos também como pupilo o seu irmão mais novo. Ao longo dos anos essa estima foi-se fortalecendo quer por via do futebol, que ambos estimávamos como do jornalismo que eu exercia e ainda pelo quotidiano convívio reforçado pelas relações de muita amizade existentes entre as nossas esposas, ambas «fuseteiras». Daqui um repetido abraço de sentidos pêsames para a amiga Fernanda.

                        Francisco Viegas Matias, de seu nome completo, nasceu a 28 de Novembro de 1948, filho de Francisco Matias e de D. Maria da Conceição Viegas e faleceu, aos 79 anos, no dia 21de Abril passado. O futebol, qualquer que a bola fosse, era a sua grande paixão e daí o apelido que lhe foi dado, face também á sua natural habilidade e grande valor. Iniciado na prática no Sport Lisboa e Fuseta, Matias ingressou no Sporting Clube Olhanense, seu único clube e nos campeonatos das 3 divisões em Portugal, corria a temporada de 1959/60 e manteve-se de «rubro - negro», em continuidade até 1965 / 66, retornando depois de 1968 a 1970. De permeio a actuação em Luanda (Angola - Benfica e Luanda e ASA) , e em 1971 ei-lo na Noruega para onde emigrara defendendo as cores do Lillestrom, sendo o primeiro jogador português a jogar naquele país da Escandinávia. Pelo Olhanense fez quase uma centena de jogos na Divisão Maior e 2ª e 3ª Divisões Nacionais, sendo considerado «um dos melhores extremos direitos» e sendo alvo da cobiça e interesse de cotados emblemas.

                           Não queremos nem pudemos olvidar o que foi a sua dedicada acção no Sport Lisboa e Fuseta, não só pelo testemunho incentivador do seu valor, como pelas funções de treinador dos escalões de formação.

                       Um amigo que serviu e dignificou o futebol algarvio, de modo próprio com a dedicação, empenho e valor com que se houve no seu único clube de sempre, o Sporting Clube Olhanense, este lembrado Matias, o «Chico Bólica».


                                                                        JOÃO LEAL


MAIS UM COSTELETA QUE PARTIU

 FALECEU O COSTELETA

LEONEL CASTRO


                    No CHUA (Centro Hospitalar e Universitário do Algarve), em Faro, onde se encontrava internado, faleceu o nosso muito estimado amigo, exemplar farense e referente «Costeleta», Leonel Simões Castro.

                   Contava 86 anos, era natural da capital algarvia, onde sempre residiu, funcionário aposentado da firma FIAAL (Fomento Industrial e Agrícola do Algarve) e cidadão democrata, que sempre gozou do maior apreço e simpatia.

                     Frequentou a Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira (Curso de Comércio), na década de 40 do século passado, nas antigas instalações na Rua do Município e era filho do saudoso «Sr. Castro», que foi contínuo naquela centenária Escola.

                     Ao longo da sua vida, Leonel Simões Castro, que era muito estimado, manteve-se sempre fiel a grandes avenidas: o amor à Terra - Mãe, o empenho profissional e a dedicação ao Sporting Clube Farense.

                    No que a Faro respeita era um dos grandes amores do seu viver, em tudo e por tudo se interessando e intervindo no que a ela dissesse respeito.

                     Profissionalmente conheceu, ao longo de décadas, uma única entidade patronal, a FIAAL, dando a mais válida e leal colaboração aos gestores sócios Aníbal da Cruz Guerreiro (Pai) e Aníbal de Sousa Guerreiro (Filho).

                     O Sporting Clube Farense foi o grande emblema pelo qual sempre torceu, servindo quer como associado, que o era dos mais antigos e como dirigente de modo próprio na Secção de Basquetebol, modalidade em que foi louvado pela Associação Regional do Algarve no 85º aniversário desta Instituição.

                     A Família, a quem apresentamos as mais sentidas e emotivas condolências, era outro dos seus grandes esteios.

                      Morreu o Leonel Castro, um homem bom, que era por todos estimado!

DESCANSA EM PAZ LEONEL CASTRO

                                                                                  JOÃO LEAL 

A Direção da Associação apresenta sentidas condolências. Roger


sábado, 24 de abril de 2021

 INFORMANDO

Caros Costeletas, e todos os que se interessam em ler este blogue.

Náo sei o que se tem passado com a internet, mas todos os meus computadores tèm sido afectados nestas duas semanas.

Tive que pedir assistència a um técnico para me configurar os aparelhos.

Hoje já consegui trabalhar menos mal.

Roger.


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

  «O PAI DA PRAÇA»

                    Era uma figura emblemática e reverenciada da cidade de Faro com os seus dois metros ou mais de altura, tendo um grosso bastão que o amparava na sua estatura. Vendia peixe no espaço a tal destinado, a chamada «Praça do Peixe», no lado nascente do antigo Mercado, na Rua Comandante Francisco Manuel, então dita de Rua do Registo, entre o topo do Jardim Manuel Bivar e as Portas do Mar. De fronte ficava o «souk», à semelhança dos mercados árabes, encostado à muralha, com pequenas barracas, ou toldos onde comerciantes locais (srs. António, Filipe e outros) vendiam dos tecidos (chitas, sedas, gregorons, tafetás e quejandos) aos aviamentos (botões, sedalinas, colchetes, chumaços, etc.) e dos brinquedos às quinquilharias. No local onde está a sede da AVIMAR (Associação dos Viveiristas e Mariscadores) e o restaurante do famoso campeão boxeur Bento Algarvio ficava, em telheiro de ferro e colunatas esta «Praça do Peixe». Para além das toldas algumas «vendas» (tabernas) onde fregueses e «peixeiros» se dessedentavam de quando em vez.

                     Por ali pontificava o «Pai da Praça», que outro nome nunca lhe conheci ou ouvi chamá-lo. Foi assim durante décadas e décadas, pois já retirado da actividade pelo peso dos anos o via passar, nas manhãs do quotidiano, rumo ao actual Mercado Municipal, onde ia em evocativa recordação de amigos e factos do que fora a sua longa vida «á ponta de uma tolda».


                     Este genuíno e autêntico farense que conviveu com milhares e milhares de nossos conterrâneos deveria ter algum laço de família com a minha gente já que ele se dirigia sempre a minha avó paterna, dizendo-lhe: - Parenta, Francisca! Tenho aqui uns bons charros do alto ou lírios para lhe dispensar!

                       «Pai da Praça» evoca todo um tempo ido e que me recordo, de modo próprio Faro do período da II Grande Guerra Mundial (1939 / 45). Era-o, quando miúdo, agarrado aos cadilhos do xaile da minha querida avó a acompanhava ao Mercado ou para a acompanhar na difícil tarefa de então ou para ficar a marcar o lugar nas extensas filas («bichas») que se formavam, não obstante o «racionamento» para o pão, o carvão (as económicas «bolas», de cisco e barro), o leite, etc. e outros produtos de necessidade básica. 

                           Era o tempo de toda uma geração de comerciantes na Praça, desde o Tio Bandarra, à entrada, com as frutas e legumes aos talhantes, entre os quais essas referências, que eram os Rodolfo, os Florindos e alguns mais.

                            Mas de modo próprio o «Pai da Praça» é o mais prevalecente, com as suas gigantescas mãos, nas quais as minhas de menino imberbe eram uma minúscula presença.

João Leal


 Crónicas do rés-do-chão


Aqui não há filas.
Casualmente lá aparece uma à porta do talho, que tem tendência a crescer quando a patrulha da PSP passa pela rua e o aglomerado do café da frente se distribui pelas portas vizinhas, quais pássaros pousados em fios de eletricidade. Escondem os copos, assobiam para o lado e fica tudo bem.

Aqui não há filas.
Ao contrário do que leio nas gordas de hoje que me passam pelos olhos e que dão conta das enchentes nos centros comerciais. 
A uma segunda-feira? Bem... Está tudo ávido de novidades, de lojas, de civilização, de normalidade, mas... É preciso tanto?

Eu, bicho do mato, me confesso: não aprecio multidões. Ainda assim fico intrigada... a uma segunda-feira? Como é que há pessoas para fazer filas em centros comerciais a uma segunda-feira de manhã? Será falta do que fazer? Estarão todos desocupados? 

Vejam. Comprem. Desfrutem. Um dia destes, quando a confusão passar, também irei dar uma voltinha para ver as modas. Para já fico onde estou, até porque... 

Aqui não há filas.


                  Margarida Vargues 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»

 




                  «VENTOS DO MAR E DO BASALTO»


                                                RUBEN SANTOS


                   É uma figura carismática do universo açoriano na nossa Região, pela sua dedicada e empenhada acção em prol da Terra Mãe, não apenas pela expressiva acção desenvolvida na Casa dos Açores no Algarve, de que foi um dos fundadores - Festas do Espírito Santo, Semana Açoriana, Conferências, etc., como em todo o Mundo, pelo seu relevante papel nos Congressos Mundiais das Casas dos Açores.

                   Ruben Santos, nascido nessa catedral do mar. do basalto e das hortênsias que é o Faial (4 de Outubro de 1943), na exuberância dessa Ilha do Faial, cidadão impoluto e honrado, amigo do seu amigo e de todos os amigos dos seus amigos, nasceu para cumprir esse sonho do «Torna Viagem». E o que queremos dizer com esta alusão? É que enquanto «as caravelas do Senhor Infante» saiam de Lagos para o fraterno abraço, desde os princípios do Mundo esperado, ele teceu a teia desse mesmo sonho cumprido.

                   É que, para além de tantas acções realizadas, Ruben Santos, «Cidadão do Mundo» (Europa, África e América) deu-nos agora o testemunho poético desse seu destino. «Ventos do Mar e do Basalto», um livro a rescender a poesia, impregnado inteirinho o cheiro a maresia vinda do Canal, às memórias e lembranças afectivas, aos postigos e porto Pim, aos telhados faialenses, ao luar ilhéu, aos campos e a terra fresca, aos currais da vinha, ao azul que embebeda e, esmagadoramente nos inunda, como neste poema-recado, escrito em Faro (2006), tal como muitos outros acontecidos aqui no Algarve: 

                                                        leva saudades à ilha

                                                         leva saudades ao mar

                 leva saudades aos meus 

                                                           leva saudades p,ra dar

                                                           a quem por mim perguntar


                                                           saudades

                                                           para lá se foram

                                                para aquele basalto tão meu


                                                            saudades 

                                                            de lá ficaram

                                                            e por cá me fiquei eu


              Fazendo parte dos «Cadernos do Meio Dia», de que é o número 159 (!), dirigidos pelo poeta Eng. Tito Olívio, também autor de vários destes livros, entre os quais o nº 1 desta colecção histórica para a literatura algarvia («Algures...Alguém»), tem prefácio deste mesmo escritor que nele afirma: «A poesia de Ruben Santos pertence à categoria de surrealista e é boa, por provocar emoção e, assim, este livro constitui uma boa e agradável forma de leitura. E que melhor lhe fazer e à sua pessoa, na arte, fraternidade, poesia a transbordar, do que renovar este seu «Ilha - Mãe":

                                                      A ilha, 

                                                      que é também mãe,

                                                       deu-me a vida,

                                                      amamentou-me,

                                                      com sorrisos embalou-me

                                                      e, entre beijos e abraços,

                                           dei com ela os primeiros passos.


                                                Com todo o amor que me deu,

                                                     minha alma á sua prendeu.


                                                  JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 

  • JUSTIFICANDO

                 É de toda a justiça, oportunidade, respeito e estima para com aquela meia dúzia de leitores fiéis e dedicados, apresentar esta actual justificação sobre o conteúdo, orientação e temática da sexagenária «Crónica de Faro». 

                  Bem diferente do estilo que lhe era peculiar - incisivo, concreto e reivindicativo, semana após semana, apresenta-se mais com um cunho generalista, bastas vezes evocativo e, não tantas como desejávamos, a apontar lacunas e faltas, carências e necessidades da capital sulina.

                   Várias são as razões que têm motivado esta alteração no estilo e na forma, a cuja responsabilidade não nos furtamos. A primeira prende-se com a idade atingida, já a ultrapassar as oito décadas atingidas com todos os desgastes e evoluções que daí advêm. Vem depois um longo e rico acumular de lembranças e memórias que sentimos o necessário ensejo de, antes da partida, as partilharmos evocando pessoas e factos. É assim como que a modos de uma homenagem aos anos vividos e a esta vida recheada que tivemos o grato ensejo de intervir ou ambos intervindo em nós mesmos. Acresce-se ainda e, de há dois anos a esta parte, o período que ficará na história do nosso tempo, como a «Crise da Covid 19» e que tem motivado, com todas as consequências daí advindas, o confinamento e a impossibilidade de um quotidiano contacto com as nossas realidades citadinas.

                         Estas são as verdadeiras, únicas e plausíveis razões do estilo e conteúdo da «Crónica de Faro», onde continuaremos a partilhar todo o incontido amor que temos a «Faro, Terra Mãe!».

João Leal


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



                          «AMOR NÚ»


                                                CASIMIRO DE BRITO


                   O consagrado poeta algarvio Casimiro de Brito, um dos mais mediáticos nomes da poesia portuguesa contemporânea, acaba de publicar mais um livro de poesia, «AMOR NÚ», mais uma pedra na construção do edifício poético, que já atingiu mais de meia centena de obras.

                    Natural de Loulé, Casimiro Cavaco Correia de Brito de seu nome completo, veio aos 10 anos para Faro ingressando na Escola Técnica Elementar Serpa Pinto e prosseguindo depois na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira.

                     Emigrou durante alguns anos para Londres e, no regresso, fez uma carreira bancária que o levou à aposentação como quadro superior do extinto Banco Pinto & Sotto Mayor. Tudo isto sempre a par com a poesia, iniciada com os «Cadernos do Meio Dia» e o seu «Poemas da Solidão Imperfeita».

                     Ora surgiu mais um livro do Casimiro de Brito na continuidade de uma obra que sendo sempre inovadora mantem as grandes linhas de conexão.


                                                         JOÃO LEAL


  •  AGRUPAMENTO ESCOLAR TOMÁS CABREIRA COM CLUBE CIÊNCIA VIVA


               Entre os 17 agrupamentos de escolas do Algarve que alcançaram a aprovação para terem «Clube de Ciência Viva» conta-se o «Tomás Cabreira». Deste modo a «nossa Escola», tal como a Professor Joaquim Magalhães e de São Luís tem acesso a uma linha de apoio do programa operacional CRESC Algarve 2000, que se concretiza numa «rede dotada de melhores condições para promover o ensino experimental das ciências».

João Leal


  •  Crónicas do rés-do-chão 


Na minha rua há um café. Na realidade não há só um... há uns quantos, que os negócios aqui não se querem sozinhos. Se abre um café, logo abrem mais dois ou três. Se abre um cabeleireiro, já se sabe o que vai acontecer. Mais recentemente abriu a primeira Wine Shop... 🤔...  a primeira...

Na minha rua há um café. Mesmo do outro lado da minha janela. Ali "o bicho" não entra, pois quem lá está leva o dia a matá-lo. Às dez entra o cálice de porto (assim mesmo com letra minúscula), logo a seguir vem o café com cheirinho - quase o sinto daqui; lá pelo meio-dia prepara-se o repasto e para abrir o apetite nada melhor que uma "min" - bebida pela garrafa, que é como ela sabe bem (digo eu, que não sou apreciadora de cevada fermentada), depois do almoço mais um cheirinho e entre um copo e outro lá se passa a tarde na esplanada em que os copos vazios de imperial se acumulam nas mesas que, agora, regressaram à rua.

Máscaras? Entre um gole e um cigarro não há tempo para isso. Fica pendurada a servir de adereço. I'm sexy and I know it!

Adereços à parte...

Na minha rua há um café. Não fosse a rua larga, para o género de rua que é, e quase poderia meter o bedelho nas conversas sem ter de levantar a voz além do sussurro. Ahhh, sussurrar... Como eu gostava que eles soubessem o que isso é - ou pelo menos falar mais baixo. Depois do almoço os decibéis já estão mais elevados - são os efeitos secundários da vacina que ali se toma diariamente.

Na minha rua há um café. E eu seria mais feliz sem a sua existência. Sorry. Not sorry. 🤷🏻‍♀️

Margarida Vargues 

sábado, 10 de abril de 2021

MAIS UM SÓCIO COSTELETA QUE PARTIU


 

JORGE SENA CRISTINA ALEIXO

Partiu

É com imenso desgosto que participamos este falecimento.

A direção apresenta à viúva, familiares e amigos sentidos pêsames.

DESCANSA EM PAZ JORGE ALEIXO

sexta-feira, 9 de abril de 2021

INFORMANDO

 HOJE

Morreu o príncipe Filipe, duque de Edimburgo e marido da rainha Isabel II de Inglaterra.

Fillipe Mountbatten tinha 99 anos.



«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



                      «FOR THE LOVE OF...»

                                         (PELO AMOR A...)

                No âmbito da acção desenvolvida pela ARA (Animal Rascue Algarve) foi publicado o livro «For the love of...» (pelo amor a...) uma obra de elevado apoio à causa dos animais, respeito e carinho que lhes é devido e que foi apresentada no Centro Comercial Mar Shoping. Duas colaborações a referir na concretização deste projecto: a do casal britânico Tony e Sarah Wyld, que em Inglaterra haviam realizado idêntico gesto e a dos alunos do Agrupamento de Escolas de Almancil.


                   «ACTIVIDADES DE MEMÓRIA

PARA SÉNIORES»

                   Numa edição do Gabinete de Apoio ao Idoso da Câmara Municipal de Faro está sendo distribuído o livro «Ateliê de Actividades de Memória para Seniores». Contém o mesmo um vasto número de propostas de actividades cognitivas baseadas nas referências do concelho farense.


                                                                     JOÃO LEAL 


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 


                 O PRIMEIRO «CINCO ESTRELAS»

                  Será em Junho próximo que a capital sulina passará a dispor de uma unidade hoteleira classificada de luxo (cinco estrelas), colmatando uma omissão que, no campo das infra - estruturas turísticas, se regista desde sempre na Cidade Maior da mais importante região de turismo em Portugal.

                  Será na «Horta da Mouraria», no local onde durante décadas funcionaram os desaparecidos Cine Teatro Farense e Cinema Santo António e, posteriormente, o Centro Comercial Atrium. Em plena «Grã Via», na nossa cosmopolita Rua de Santo António, muito virá a valorizar a baixa farense, desde há muito a necessitar de novos estímulos para a sua revalorização.

                   O «3 HB FARO», assim se chamará o novo hotel, ficará, entre aquela artéria e a Rua Vasco da Gama, na zona pedonal, como «um pólo de lazer na área nobre da cidade», com um novo canal urbano a ligar as duas ruas e a dispor de espaços vários, que vão desde o fundamental espaço de alojamento, a duas áreas de restauração, dois bares (quais um no rooftop, com uma soberba vista não só para o burgo como para a Ria Formosa), um centro cultural e de congressos, a geladaria, o spa com piscina interior, ginásio a funcionar 24 horas, a piscina exterior, etc.

                   Um investimento da conhecida cadeia hoteleira, a 3 HB, que já dispõe de várias unidades no Algarve, trata-se de um importante contributo para o Algarve e para o País.

João Leal