sexta-feira, 9 de abril de 2021

COSTELETAS QUE EU CONHECI



                      CAMPOS,

UM FUTEBOLISTA DE ELEIÇÃO


                      De entre os nomes sempre recordados do futebol algarvio conta-se o do vila-realense Jorge Campos Lopes, um médio / interior avançado, com grande fome de golos e senhor de uma apurada técnica e sentido de jogo. De entre os que foram «costeletas» (alunos das Escolas Pedro Nunes, Tomás Cabreira e Serpa Pinto), a par de outros grandes craques (Parra, Poeira, Nuno, Seromenho, etc.) o Campos nome porque foi tratado é uma referência e hoje com 88 anos (nasceu a 25 de Março de 1933 na Cidade Pombalina) muitos interrogam-se: quanto valia hoje?

                     Frequentou a Secção Industrial (Serralharia) da Tomás Cabreira, com as oficinas instaladas no logradouro do Seminário, no Largo da Sé, em Faro, idade para onde veio morar, no Alto Rodes. Iniciou-se no histórico Lusitano Futebol Clube, na equipa de juniores e na temporada d 1949/50 quando o onze sénior do Isaurindo, Balbino, Camarada, Caldeira, Mortágua, Pedroto, Chinita, Vasques, Travassos e outros «fronteiros» de nomeada militavam na I Divisão Nacional. 

                     Na capital algarvia jogou no Sporting Clube Farense, então a disputar a 2ª Divisão, nas épocas de 1951/52 a 1956/57 e, claro, na equipa da Escola, naqueles aguerridos jogos contra o Liceu, em cujo onze figurava como craque maior o seu vizinho e amigo Chico André (Farense, Belenenses, Académica, Olhanense e Selecção Nacional). Mas «amigos, amigos, negócios à parte...» e a rivalidade, determinação e empenho eram a nota destes jogos académicos entre «costeletas» e «bifes».

                     Seguiram-se as equipas do Sport Lisboa e Olivais (época de 1954 / 55 e seguinte) e da CUF do Barreiro (1957 / 58) e o regresso ao Algarve, assina pelo Sporting Clube Olhanense e em 1960/61 é tido como «um dos melhores elementos», levando os «negro - rubros» à I Divisão, disputando 51 jogos e marcado 12 golos.

                      Quando arrumou as botas Campos seguiu para Lourenço Marques, onde se fixou. 

                         Uma carreira brilhante de quem soube servir o futebol da sua Região Mãe.

                                                                                          JOÃO LEAL 


Sem comentários: