- JUSTIFICANDO
É de toda a justiça, oportunidade, respeito e estima para com aquela meia dúzia de leitores fiéis e dedicados, apresentar esta actual justificação sobre o conteúdo, orientação e temática da sexagenária «Crónica de Faro».
Bem diferente do estilo que lhe era peculiar - incisivo, concreto e reivindicativo, semana após semana, apresenta-se mais com um cunho generalista, bastas vezes evocativo e, não tantas como desejávamos, a apontar lacunas e faltas, carências e necessidades da capital sulina.
Várias são as razões que têm motivado esta alteração no estilo e na forma, a cuja responsabilidade não nos furtamos. A primeira prende-se com a idade atingida, já a ultrapassar as oito décadas atingidas com todos os desgastes e evoluções que daí advêm. Vem depois um longo e rico acumular de lembranças e memórias que sentimos o necessário ensejo de, antes da partida, as partilharmos evocando pessoas e factos. É assim como que a modos de uma homenagem aos anos vividos e a esta vida recheada que tivemos o grato ensejo de intervir ou ambos intervindo em nós mesmos. Acresce-se ainda e, de há dois anos a esta parte, o período que ficará na história do nosso tempo, como a «Crise da Covid 19» e que tem motivado, com todas as consequências daí advindas, o confinamento e a impossibilidade de um quotidiano contacto com as nossas realidades citadinas.
Estas são as verdadeiras, únicas e plausíveis razões do estilo e conteúdo da «Crónica de Faro», onde continuaremos a partilhar todo o incontido amor que temos a «Faro, Terra Mãe!».
João Leal
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