sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE


                         «PÁGINAS DE LIBERDADE»


       Foi através de uma oportuna (quantas o não são?) da jornalista algarvia Dra. Elisabete Rodrigues (um dos valores maiores do jornalismo algarvio dos nossos dias) que lemos no magnífico blogue «Sul Informação» a notícia que motivou este escrito.

         «Páginas de Liberdade» é o título de um jornal mensal feito pelos detidos no Estabelecimento Prisional de Olhão, que começou a publicar-se em Outubro último e representa uma concreta e peculiar acção de recuperação e inclusão na sociedade. É o ensejo de ser livre e responsável que nesta meritória obra se assinala, o que desde logo nos merece o maior respeito e carinho.

            Detidos entre as paredes da «Cadeia de Olhão», os 60 homens que ali se encontram tiveram, com a concordância e estímulo do respectivo Director Dr. Alexandre Gonçalves e a preciosa ajuda da psicóloga Dra. Susana Rodrigues (técnica do RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências), esta iniciativa - elaborar um jornal que seja a expressão do que na alma lhes acontece e anima a vida, a almejada liberdade.

              «Ao despertar do meu sonho / Sozinho ou acordado

               enfrentei a realidade 

                estava fechado, sem dó nem piedade»,

assim se exprime, de forma autêntica e vivencial, o Fernando. É companheiro de tantos outros das mais diversificadas origens, entre eles o futebolista Miguel Costa, campeão da Europa Sub 16, com formação no F.C. do Porto e que alinhou mo Marítimo da Madeira e no Olhanense ou do Flávio, que tem sido o grande motor desta obra.

                   O jornal dos detidos no Centro Prisional de Olhão, «Páginas de Liberdade» conquistou uma merecida e impulsionadora Menção Honrosa atribuída pela Associação Portuguesa de Educação nas Prisões.

                      Amigos / companheiros de «Páginas da Liberdade», continuem. Estamos convosco!


                                                                      JOÃO LEAL                                                                  



CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                             FARO EM PEQUIM


                     Um acontecimento artístico, do maior destaque a nível mundial, acontece por estes dias em Pequim, a capital chinesa. Trata-se da «9ª Bienal Internacional de Arte Pequim, 2022 (BIAB, em que estão expostas 707 obras, assinadas por 573 artistas oriundos de 117 países. 

                      O evento decorre no NAMOC (Museu de Arte Nacional da China), até 15 de Fevereiro e, em simultâneo com os Jogos Olímpicos de Inverno, que têm por cenário a grande metrópole asiática.

                        Faro está presente na BIAB com um trabalho da pintora FÁTIMA SARDINHA, aqui nascida em 1975 e um já longo e vasto currículo.

                        Ali se pode admirar o seu magnífico óleo «Love Song» («Canção de Amor»), sendo a única presença portuguesa.

                        No mundo da arte que ali se vive a farense Fátima Sardinha, representa para todos nós, farenses, algarvios e portugueses, uma honra. É pela genuinidade da sua arte, por esta presença e pelo que representa, que a saudamos, embevecidos.

                        «Viver é uma arte e devemos amá-la», este testemunho da pintora nascida em Faro é uma afirmação vivente que tem pela arte cujos caminhos tão meritória e assinaladamente  trilhado.

                        Faro presente em Pequim nos Jogos Olímpicos? sim e com o contributo admirável para a concretização de um sonho merecido - «Cidade capital da Cultura, 2027».


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

FALECIMENTO DE FERNANDO PALMA

  INFORMAÇÂO

o CORPO VAI ESTAR EM CÂMARA ARDENTE ÂS 10H30 DE AMANHÃ (QUINTA FEIRA 27) NA iGREJA DE S.LUÍS, EM FARO.

ÀS 15 HORAS SEGUIRÁ PARA O CEMITÉRIO DE BOLIQUEIME SUA TERRA NATAL.

    Roger

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                O «SOUK» DE FARO


      Em linguagem bérbere o termo «souk» significa o mercado tradicional ou feira periódica. Para além da sua valia económica e social o «souk» é, desde há décadas, uma importante atracção turística nos países do Norte de África e outras zonas (Marrocos, Argélia, Tunísia, Turquia...). É-o de modo muito destacado com a marroquina cidade de Marraquexe que atrai milhares e milhares de visitantes, por entre palmeiras e minaretes...

         Faro, cidade multi - civilizacional que tem na matriz muçulmana uma das mais fortes componentes do seu ADN histórico, reencontra-se nas manhãs de Domingo, com esse período de séculos em que o Islão dominou estas terras do Al-Gharb. Acontece desde 2013, ali no cristão Largo do Carmo, dominado pelo seu majestoso templo, por iniciativa da Associação de Produtores Agrícolas e, de modo especial, pelo dinâmico empenho da Paula Dias, gestora da «Quinta das Marias», na Luz de Tavira e agricultora - vendedora. Não é local único na Região, são-no, entre outros os que nas manhãs de Sábado, se efectuam em Olhão e Loulé, no que á agricultura concerne e às Quartas na Fonte Santa (Quarteira) em múltiplos artigos (roupas, sapatos, malas, atoalhados, etc.). Mas aqui, na capital sulina, em pleno casco urbano, esta reposição do mercado tradicional mouro, na reminiscência do que acontecia no antigo mercado, mais concretamente na hoje Rua D. Francisco Gomes, onde o «tio Bandarra» e outros vendiam, a céu aberto, os seus produtos. Verdade seja que nem todos o são das nossas «hortas», mas o aspecto geral é do «souk», quase nunca com preços regateados, que os mesmos estão, na generalidade afixados em improvisados cartazes. Mas ali pudemos encontrar viçosos, com atractiva frescura e o cheiro ainda a terra as hortaliças, as plantas aromáticas (salsa, coentros, hortelã), o pão caseiro ainda com a emanação das estevas em que foram cozidos, o pão com nozes ou outros recheios, as linguiças e chouriços vindos dos fumeiros e a abundância apelativa dos citrinos, das laranjas (ovais, D. João, baías...) às tangerinas, mandarinas e outras variedades.

                   Há-o também a venda dos mariscos da Ria (a ameijoa dita de cão, a conquilha, as carcanholas...), a par dos queijos artesanais. Curiosidade vem-nos de duas jovens que neste mini - souk do Largo do Carmo apresentam as suas belas colecções de leguminosas (cactos).

                      Acredite leitor e amigo que, nas manhãs de Domingo) vale a pena ir até ao Largo do Carmo e percorrer este reencontro de Faro com o seu passado mourisco.


CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE


                         O «JOÃO GAIVOTA»


          Que outro nome lhe não houvemos, senão a saudade de um amigo franco, generoso e dedicado. A excelente série de publicações que o magnífico blogue da internete «OLHÃO ANTIGO», da responsabilidade do sr. António Martins, tem vindo a publicar e a quem pedimos apenas que «nos faça o favor de prosseguir», trouxe-nos á memória um olhanense de tempos idos que o foi, durante muitos e muitos amos, um dos grandes suportes do, julgamos extinto, CLUBE DOS AMADORES DE PESCA DE OLHÃO. 

            Referimo-nos ao «JOÃO GAIVOTA», que foi diligente e devotado empregado da CASA PIRES, uma das grandes marcas comerciais olhanenses do século passado. Tivemos o grato ensejo de conhecer o sr. João Tertuliano Pires e de ter em seu filho, o sempre lembrado EDUARDO DA CONCEIÇÃO PIRES, tal como nós um «costeleta», um dos mais dilectos amigos. E como, de há muito, desfrutamos da amizade e estima de sua irmã e de seu cunhado, o «embaixador da ética desportiva», HUMBERTO GOMES.

               O visado nesta crónica, o João Gaivota, era nesses tempos, como que o «faz tudo», sem qualquer sentido pejorativo, desde a parte organizativa à função competitiva do dinâmico Clube dos Amadores de Pesca de Olhão (Torneio Internacional, Prova às Anchovas, etc.), bem como os convívios, os aniversários, etc.

                  A sede do CAPO era num primeiro andar por cima da Ourivesaria Miranda e grande era o número (às centenas) de associados.

                   Uma lembrança, ao jeito de pequena homenagem, esta que prestamos com este escrito a esse grande dirigente desportivo, que foi o «JOÃO GAIVOTA».


                                                                                          JOÃO LEAL


CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE


      ADEUS, GASTÃO!

           

                       Foi com o mais profundo pesar que tomámos conhecimento da morte do muito estimado companheiro jornalista Gastão Costa Nunes, ocorrida no CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em Faro (22 de Janeiro), onde se encontrava internado desde Véspera de Reis.

                         Sem mantermos com ele uma convivência constante Gastão Cruz significava muito para nós, não apenas pela recíproca estima e mútua admiração, que mantínhamos, mas pelo apreço em que o tínhamos como jornalista, honesto e polivalente, que sempre o foi, como pela sua presença quase quotidiana na Rádio Renascença (RR), onde prosseguiu a missão que havíamos iniciado nos anos 70 do século passado. Admirávamos a sua capacidade de ultrapassar as dificuldades de mobilidade que, em nada, o impediam de cumprir a sua tarefa e «ir onde os outros iam».

                          Natural de Angola, Gastão Cruz escolheu o concelho de Olhão para viver, residindo durante anos em Bias do Norte assumindo esta terra como se sua você e podemos escrever que «era um olhanense que não havia nascido em Olhão».

                           Generoso, franco e frontal. iniciara a sua colaboração na chamada «Época de Oiro» das Rádios Locais, designadamente na Rádio Restauração e na Rádio Atlântico, onde conquistou público e se firmou como um valor. Foram estes factores, entre outros, que levaram o conceituado jornalista sambrazense da RR, Rui Viegas, filho do sempre lembrado e saudoso Marcelino Viegas, a indicá-lo para lhe suceder, quando se profissionalizou em Lisboa, no ano 2 000, na representatividade algarvia da Emissora Católica Portuguesa.

                          Foi como que «uma sucessão sucessória» já que eu, após cerca de três décadas em que ocupei estas funções, passei «a pasta» ao Rui Viegas.

                          Muito fez por Olhão e pelo Algarve (noticiário geral, desporto, vida religiosa, etc.) e o Gastão Cruz, a cuja família, em especial à Esposa e Filha, expressamos o pesar que a todos nos toca.


                                                                                                     JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



O MANTO DA SENHORA DE BELÉM


       Esta foi uma das tradições religiosas farenses que se perdeu já em meados do século passado. Referimo-nos ao manto de Nossa Senhora de Belém, que cobria a imagem venerada numa das duas capelas laterais da Igreja de São Sebastião, no largo da mesma invocação, frente ao Comando da GNR.

        O templo, data do século XV, é considerado «edifício notável» e que conserva no seu interior testemunhos significativos do «estilo manuelino», entre os quais a capela dedicada a São Roque, encontra-se cedida à Igreja Ortodoxa (Patriarcado da Roménia) para prestar assistência em especial aos emigrantes orientes do Leste e sob a invocação de São Tomé.

           Situava-se, a quando da sua edificação, fora da «cerca seiscentista», ao que se crê por questão da peste que então grassava e de que o Mártir Romano era protector. Foi destruído em 1596 a quando do ataque do Conde de Essex a Faro. Reconstruído dois anos depois pelo Bispo D. Fernando Martins Mascarenhas, serviu de sede à paróquia de São Pedro, em virtude do estado em que esta ficara por via do terramoto de 1 de Novembro de 1755. 

            Na década de 40 do século XX sofreu importantes obras de restauro, quando era pároco o sempre lembrado Padre José Gomes da Encarnação.

             Julgamos que o culto a Nossa Senhora de Belém, nesta igreja, foi coevo ao da sua introdução em Portugal, como o atesta a capela erigida em Belém (Lisboa) futuro Mosteiro dos Jerónimos para apoio espiritual aos mareantes. Retoma-se assim uma homenagem á Virgem Maria pelo nascimento de Jesus na cidade de Belém, na Palestina.

                Voltando à perdida tradição farense acontece    que, durante séculos, quase até aos nossos dias, sempre que alguma mulher estava em «trabalho de parto», recordando-se as muitas mortes havidas entre as parturientes, a cobriam com o manto da Senhora de Belém. Esta devoção era acompanhada pelas orações dos fiéis avisados pelo sino existente na torre sineira da Igreja de São Sebastião com corda pendente para o largo.

                Tradições que fazem parte da história da Cidade de Faro.


CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE



                 O «MANO ARRAÚL»


          A recente publicação do livro «Odisseia de Arraúl», da autoria do advogado e escritor Gustavo Marcos, numa edição de «O Sporting Olhanense», que assim retoma uma importante, pelos títulos publicados e desejável, pelo nítido apoio à cultura algarvia, trouxe-me à memória um companheiro dos verdes anos em que, com muitos «filhos de Olhão», frequentámos (1947/49) a Escola Técnica Elementar Serpa Pinto, em Faro.

            Entre os moços olhanenses figurava e destacava-se um excelente companheiro, azougado e generoso, o Raúl Piloto. Soubemos que fora para Paris e pouco mais dele soubemos al longo de setenta anos. Era irmão do então nosso Professor de Matemática, o respeitado técnico, escritor e artista Eng. Diamantino Augusto Piloto, mais tarde com acrescidas responsabilidades na Federação dos Municípios do Algarve e da EDP.

              Chamávamos, mais os seus conterrâneos do que nós, o «Mano Arraúl» pela afinidade familiar com aquele saudoso Mestre, cuja memória muito respeitamos. Bem diferentes eram as suas maneiras de estar na vida. O Eng. Diamantino Piloto acrescia à sua bonomia e homem de arte e do saber, uma postura de dignidade e de seriedade. Ao invés o Raúl Piloto era algo extravasado e buliçoso, o que não beliscava em nada, a sua excelente camaradagem.

                Não sabemos se é vivo, oxalá o seja ou se já nos deixou. Mas foi marcante, tal como a saudade que dele temos, a amigo generoso.


                                                                                 JOÃO LEAL


 «TURISMO EM NOTÍCIA»


      No ano de 2019 a TAP desembarcou no Aeroporto de Faro apenas 3% do total do movimento registado. A RTA quer que a transportadora nacional reforce as ligações, tal como acontece com outras companhias de bandeira (Air France, British Airways e Lufthansa). O Presidente da Região de Turismo do Algarve afirmou: «Quanto à TAP não contamos com ela».

        A Ciclovia da Lezíria, na EN 122, ligando Castro Marim a Vila Real de Santo António, registou no ano passado, mais de 36 mil pedestrianistas, sendo de destacar a panorâmica da Reserva Natural do Sapal.

          Segundo a Vinci, concessionária do Aeroporto de Faro, este registou em 2021, 3,2 milhões de passageiros mais de 48% que no ano anterior e menos 64% do que em 2019.

            A Air Transat retomou até 25 de Outubro o voo semanal entre Toronto (Canadá) e Faro e ligações aos aeroportos canadianos de Vancouver, Calgary e Montreal. Utiliza o moderno A321 neo 2R com capacidade para 199 passageiros.

              O Dr. Bruno Gamito é o novo Director Geral do Hotel Nau Morgado Golf & Country Club, em Portimão.Com o Curso de Gestão Hoteleira da Universidade do Algarve, era anteriormente assistente da direcção numa unidade Nau em Albufeira.

               O maior programador nacional de criação e expansão de startups na área do turismo, a «Tourism Explorer» voltou a Faro, pelo 5º ano consecutivo, com o apoio do Turismo de Portugal, voltou a Faro.

               16,5 milhões de euros vão ser aplicados pela Câmara Municipal de Lagos na recuperação do «Paúl de Lagos», zona húmida no final da Ribeira de Bensafrim. Conta com o apoio da União Europeia e o programa tem uma duração de 10 anos.

                                                                              JOÃO LEAL 


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



              «TRANSIÇÃO DIGITAL E INTELIGÊNCIA COLECTIVA TERRITORIAL»

                                              PROF. DR. ANTÓNIO COVAS

                   Professor catedrático aposentado da Universidade do Algarve, António Covas é o autor de mais uma obra pedagógica (cerca de dezena e meia). Doutorado em Assunto Europeus pela Universidade de Bruxelas assina agora a obra «Transição Digital e Inteligência Colectiva Territorial», a qual tem prefácio do Professor Doutor Luís Coelho, Delegado Regional no Algarve da Ordem dos Economistas.


                «HOTELARIA INTERNACIONAL»

                                               PROF. DR. HELDER CARRASQUEIRA          

                            Docente da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve o Prof. Doutor Hélder Manuel Brito Carrasqueira é um prestigiado mestre algarvio que ora trouxe a lume o livro «Hotelaria Internacional». O também investigador da CITUR analisa obra as formas de expansão no exterior do sector hoteleiro e a sua inserção nas redes de negócios. Editado pelo Grupo Almedina, teve o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e apresenta, com uma leitura acessível, uma perspectiva pedagógica desta área do turismo.


                    «BAÍA DE LAGOS / COMIDA DO MAR»

                             PATRÍCIA BORGES E NICOLAS LEMONNIER

                        A Câmara Municipal de Lagos editou o livro «Baía de Lagos / Comida do Mar» que comporta três dezenas de receitas de «gastronomia com sabor a mar». O texto é assinado por Patrícia Borges e as fotografias da autoria de Nicolas Lemonnier. A obra foi apresentada no âmbito das comemorações do 449º aniversário da elevação de Lagos a cidade e visa «chamar a atenção para as singularidades do território lacobrigense e as potencialidades do seu património natural, cuja sustentabilidade importa conservar. Trata-se de uma edição bilingue (português e inglês).


                            «HISTÓRIAS DO ZOO»

                                                DRA. SOFIA SCHELTINGER

                Na Loja FNAC, no Fórum Algarve, em Faro, foi apresentado o 1º dos livros da série «Histórias do Zoo», dedicado ao «meio século» da tartaruga. É da autoria da bióloga no Zoo de Lagos, Dra. Sofia Scheltinger. Objectiva «aproximar as crianças dos animais e passar a imagem dos jardins zoológicos modernos na conservação da natureza. A edição é da Zoo de Lagos, com o apoio do Município local.


                                 «ODISSEIA DE ARRAÚL»

                                                           DR. GUSTAVO MARCOS

               Na Biblioteca Municipal de Olhão teve lugar a apresentação do livro «Odisseia de Arraúl», editado pelo quinzenário «O Sporting Olhanense», com a colaboração da Câmara Municipal daquele Concelho e da autoria do conhecido homem de letras e advogado Dr. Gustavo Marcos. Analisa uma das lendas mais populares, a do «Arraúl», que tem presença marcada no «Caminho das Lendas», no Largo João da Carma, no típico bairro da Barreta. A sessão foi presidida pelo Dr. António Pina, Presidente do Município Olhanense, que usou da palavra, tal como o autor e o jornalista Mário Proença.


                                                                  JOÃO LEAL 


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

MAIS UM COSTELETA QUE PARTIU

 


FERNANDO MANUEL GOMES PALMA

Partiu 


O Fernando era o Vice-Presidente da nossa Associação 

É com enorme desgosto que apresentamos à viúva, filhos, Costeletas e amigos os nossos sentidos pêsames. 

DESCANSA EM PAZ FERNANDO PALMA


A Direção da Associação 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 DUAS AGREMIAÇÕES ANIVERSARIANTES E MAIS QUE RECENTENÁRIAS  


          Neste início do festivo mês de Dezembro duas prestigiadas instituições sediadas em Faro, que têm resistido aos ventos da História e à vontade dos Homens, assinalaram os seus aniversários, prosseguindo os seus brilhantes historias em prol da cidade dos seus habitantes.

            Com as mais efusivas felicitações pela efemérides havidas, formulamos os propósitos de que prossigam pelos anos adiante como exemplares significativos do associativismo, ao nível do País e da Região.

             Ora que tanto se fala, sobretudo a nível comunitário e face aos constrangimentos que a pandemia tem vindo a acelerar, o caso do Montepio dos Artistas de Faro (Associação de Socorros Mútuos Protectora dos Artistas de Faro) é um exemplo do que constituiu a solidariedade fraterna activada pelos ventos novos do pensamento. Constituído em 1 de Dezembro dde1856, por um grupo generoso liderado por José Joaquim de Moura, hoje com nome na toponímia farense e singelo monumento na sua campa no Cemitério da Esperança.  

               Era o mesmo espírito das Confrarias do Corpo Santo (Casa dos Pescadores nos nossos dias) ou das portuguesas Misericórdias, as Santas Casas, hoje um suporte único e basilar na assistência em Portugal.

                 Possuindo a sede própria, na Rua do Montepio, num edifício que partilha com o outro dos aniversariantes, a Sociedade dos Artistas, desenvolveu uma acção médica - social, que foi com muitos anos de avanço, a percursora do Serviço Oficial de Saúde. Oferecia aos seus associados a acção clínica exercidas por dois médicos, os serviços de radiologia, de enfermagem e de deontologia, bem como a Farmácia, que ainda se mantem na Rua de Santo António, com desconto de 12% e, então gratuitos, quanto aos manipulados no laboratório. Já não existe o carro funerário, que os tempos são outros, mas o espírito de ajuda e socorro mútuos que levou José Joaquim de Moura e sus pare mantem-se na generosa dedicação de Luciano Seromenho e seus colegas da Direcção.

              A Sociedade Recreativa Artística Farense, no vulgo e sempre conhecida por «Os Artistas» constituiu-se 8 de Dezembro de 1906, por um grupo de «artistas», que assim eram designados os mesteres (carpinteiros, serralheiros, pintores, pedreiros, estucadores, etc.) sob a liderança de José António Manjua, conhecido por «Manjua Sapateiro», de que possuía um estabelecimento afamado, em plena Rua de Santo António.  Nos «Artistas» a acção dirigia-se para o recreio (bailes, quermesses, convívios, etc.) e para a cultura (cita-se o caso da excelente Biblioteca, de que o último mentor foi o sabedor ferroviário Sr. Caniço, pai do saudoso Vereador Professor Fernando Caniço), os Jogos Florais da Primavera, o Grupo de Teatro, etc.

                 A sua actividade tem sido nos últimos tempos algo perturbada por via do complexo processo das obras de reabilitação do imóvel, mas acreditamos que o querer de Pedro Bartilotti e seus pares, tantas vezes expresso em realizações múltiplas, onde vencer mais este desafio.


CRÓNICA DE FARO



                      O "20 DE JANEIRO»


         No dia 20 de Janeiro completaria mais um aniversário, quantos não o sabemos, mas que eram largas dezenas, isso eram-no, o há muitos anos desaparecido Clube Recreativo 20 de Janeiro.

        Foi uma dinâmica sociedade recreativa, coeva talvez da também desaparecida «Musical Farense», que teve a sua sede na Rua de Portugal, onde hoje, em prédio reconstruído se encontra um complexo bancário.

         O «20 de Janeiro» sempre teve o seu nicho na Rua do Alportel, em imóvel de há aguardando a prometida construção de um outro prédio, por cima do que foi, durante décadas o conhecido Restaurante Belchior. A quando da sua extinção funcionaram ali, temporariamente o Grupo de Teatro Lethes (quando saiu do Círculo Cultural do Algarve e que esse Poeta Maior que foi o Dr. Emílio Campos Coroa, seu fundador, apelidou nessa fase de «Teatro da Serrapilheira») e uma delegação «cultural/ jogo do bingo» do Sporting Farense.

            Une-nos ao extinto «20 de Janeiro» toda uma afectiva saudade não só porque nos seus maples dormimos alguns dos nossos sonos primeiros dada a condição de dirigente de meu pai. Como mais tarde, já adolescente e homem, o frequentava pelos animados bailes do Carnaval, encenações teatrais (com o lembrado actor / pintor César, que morava na Rua da Barqueta e outros), o enterro do Entrudo (protagonizado pelo inesquecível Paquito «Rabinete», falecido na Argentina e que fora exímio «balhador» do Rancho de Faro e, como ora se diz, «auxiliar educativo» no Liceu. Lembranças ainda das celebrizadas «iscas à Belchior» cujo cheiro subia até ao salão de dança e eram uma tentação...

                Teve períodos brilhantes, que era frequentado pela classe pobre / média, alguns dos quais quando se criou a 2ª esquadra da PSP, na Rua do Alportel e muitos dos agentes foram sócios e dirigentes.

                      Extinta o «20 de Janeiro», cujo estandarte esteve muito tempo em minha casa paterna, fica-nos a lembrança de um período citadino em que as colectividades de cultura e recreio desempenharam um papel de relevante importância no contexto do burgo.

                        Daqui que nos ocorram três pensamentos: 

                       1º) da extrema urgência em ser publicado o livro sobre o tema escrito pelo dr. Marco Sousa Santos                                                           , dos nomes mais sonantes dos modernos historiadores e investigadores algarvios. Concorrente que o foi ao «Orçamento Participativo da União de Freguesias de Faro (Sé / São Pedro) foi preterido em favor de outras acções, na clara demonstração dos «benefícios / malefícios da democracia». Mas importa que este plebiscito seja corrigido com uma deliberada edição da obra que é parte importante do historial de Faro no século XX.

                         2º) que no imóvel futuro a construir onde foi a sede do «20 de Janeiro» seja colocada uma lápide descritiva com a gravura coeva, tal como as existentes em vários edifícios farenses e que esta atitude seja ampliada às desaparecidas sedes da Sociedade Recreativa Musical Farense e do Clube Popular de Faro («Grémio», no Largo do Terreiro do Bispo). 

                           Há que relembrar a história feita e vivida em cada dia dos dias passados.

JOÃO LEAL


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



      «DA MINHA JANELA AFORA PELA JANELA DO CÉU ADENTRO»


                                                              SÉRGIO MATOS


       Na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, em Faro, foi apresentado livro intitulado «Da minha janela afora pela janela do céu adentro», da autoria do escritor farense Sérgio Matos, antigo aluno da Escola Tomás Cabreira.


    «AÇORES NO MUNDO»


                                                     JOSÉ ANDRADE

                Através do querido Amigo o escritor Ruben Santos, uma presença activa da terra açoriana no Mundo e dilecto «filho adoptivo do Algarve», recebemos, oferecido pela Direcção Regional das Comunidades da Região Autónoma dos Açores o excelente livro - álbum «Açores no Mundo», das melhores obras que hemos contactado nos últimos anos. É seu Autor essa notável figura da intelectualidade insular, o escritor José Andrade, que há anos realizou uma notável conferência em Faro. A obra assinalou o 90º aniversário da Casa dos Açores em Lisboa e doo 20º aniversário do Conselho Mundial das Casas dos Açores. Estas iniciaram-se em 1927 (Lisboa) e hoje estendem-se por: Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Florianópolis e Gravatal), Estados Unidos da América (Califórnia e Fall River), Canadá (Montreal, Ontário e Manitoba), Uruguai (San Carlos), Bermuda (Hamilton) e Portugal (Lisboa, Porto e Faro). Melhor que qualquer nosso comentário este excerto do Prefácio escrito pelo Presidente da República, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, sobre «os três méritos inquestionáveis da mesma»: «O primeiro é ajudar a conhecer melhor a projecção no mundo desse verdadeiro paraíso terreno que são os Açores; o segundo é homenagear a saga dos Açorianos por todo o mundo, embaixadores notáveis que são da sua terra amada e de Portugal; o terceiro é a própria personalidade do Autor, reconhecida, pelos mais variado quadrantes açorianos, como um homem probo, dedicado à causa pública, servidor dedicado do interesse colectivo».

                                                                                     JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                               O MEU AMIGO MAESTRO FILIPE DE BRITO


           Unia-me uma profunda, antiga e afectiva amizade ao falecido Maestro Filipe de Brito, um dos mais cotados acordeonistas de sempre. Recebeu de seu pai, o «Brito do Arieiro», o gosto pelo acordeão e bem jovem, ainda não havia completado a dezena de anos, estreou-se, com assinalado êxito, na «Feira Popular», que então se realizava em Loulé, no dobrar da meia metade do século XX. 

          Uma amizade que se fomentou nesse histórico e sempre lembrado Café «A Brasileira». há anos desaparecido e com ele um dos mais vivos centros de convívio farense, onde o Filipe se havia, mesmo quando já em Lisboa, se deslocava a esta terra que considerava como sua.

          Por ali se juntava outros nomes da música - os falecidos locutores Rafael Correia e Elísio Lacerda, os cantores Rui Costa, Luís Guilherme (pai da estrela de televisão Teresa Guilherme) e José António da Luz, o músico folclorista Mário da Encarnação e dos jornais, que a Delegação do «Jornal do Algarve» era vizinha - fronteira na Travessa de ao Pé da Cruz.

         Filipe Luís Graça Brito tinha a sua origem no Arieiro, depois de passarmos a célebre «Ladeira da Cabana Queimada» e já a cheirar a Loulé. Nasceu em 1941 e faleceu, inesperadamente a 11 de Janeiro de 2022, quando nada o fazia prever, pois era uma presença de viva actualidade nos blogues informáticos.  Pelo telefone ficou por cumprir um almoço por ele marcado a quando de uma próxima deslocação a Faro, esta terra que tanto amava para «pormos a escrita em dia».

           Virtuoso de acordeão tocava desde temas folclóricos a clássicos, sem desprezar o super rock ou a introdução das teclas no fado. Fez o ensino secundário no Liceu, então dito de Nacional de Faro e que o será sempre de João de Deus, havendo assinalada presença das actuações do Filipe de Brito nas récitas anuais. Estudou mais e mais (Escola Superior da Educação pela Arte e Conservatório Nacional. Actuou pode dizer-se em todo o Portugal, havendo realizado diversas tournées (Brasil, Estados Unidos da América, Venezuela, França, etc).

            Mais tarde enveredou pelo mundo dos negócios, sendo o principal responsável pela fama e expansão adquiridas pela algarvia «Amarguinha» quer no País como além-fronteiras.

             Este Amigo devotado e sempre presente em momentos especiais da nossa vida deixou uma vasta colecção de discos gravados, que principiaram em 1961 com o selo da Rapsódia (empresa discográfica do Porto) - «Arraial algarvio», «Olés e Castanholas» e «Viajando com o Acordeão», seguindo-se depois os contractos com a «Valentim de Carvalho», a «Tecla» e a «Orfeu - Arnaldo Trindade».

               Um algarvio que amava esta Terra Mãe. Um artista de excepcional virtuosismo. Um Amigo que o foi dos maiores que a Vida nos deu.   


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



  «LEVANTAMENTO ENCICLOPÉDICO DAS FAMÍLIAS DO BARÃO DE SÃO MIGUEL - 1540/1918»

                                                DR. NUNO CAMPOS INÁCIO

     É um dos mais conceituados genealogistas e investigadores algarvios o portimonense Dr. Nuno Campos Inácio, autor de uma vasta obra literária. O último dos seus livros, em apresentação virtual e, posteriormente, sê-lo-á com público presente é «Levantamento Enciclopédico das Famílias do Barão de São Miguel - 1540/1918». Publicado com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Bispo, a cujo concelho aquela freguesia pertence, tem 650 páginas de texto inédito, trata-se «do maior estudo alguma vez efectuado sobre esta povoação barlaventina, com 4343 fotolitos e mais de 18 mil registos e 2756 notas biográficas.

      Ainda no âmbito deste estudo daquele advogado e homem da cultura será apresentado este ano o levantamento de Sagres e, em Janeiro de 2023, a que se refere a Raposeira, também no concelho bispense.


               «UALGZINE» 

                                              UNIVERSIDADE DO ALGARVE

              Veio a público a edição nº 14 da revista anual «Ualgzine», órgão institucional da Universidade do Algarve, desta feita dedicada à temática dos doutoramentos, com referência minuciosa ao perfil dos 233 doutores / doutorandos. Estes estendem-se pelas áreas das Ciências da Saúde, Económicas e Empresariais, Exactas e Engenharia, Ciências Naturais e do Ambiente e Ciências Sociais e Humanidades.


                      «PEGADAS NA AREIA»

                                                                   GRAÇA DE SOUSA


            Natural de Sá da Bandeira (Angola) e há muitos anos residente em Portimão a escritora luso-angolana Graça de Sousa, apresentou na Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, naquela cidade algarvia, o novo romance «Pegadas na Areia». Publicado pela Editora Chiado é o terceiro livro de Graça de Sousa.


                                                                    JOÃO LEAL