segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FOTÓGRAFOS "A LA MINUTE"

Romualdo Cavaco




Trata-se de um tema quase inesgotável. Portimão também os tinha, e bons.

Certo dia o nosso Columbófilo Alex (Que Deus o Tenha em Bom Lugar) recentemente regressado de Lisboa, com o Sabino, onde já tinham feito currículo na CGD e BPSM, resolve tirar umas fotos para o B.I.

Depois de lhe indicarem o fotógrafo e a morada – Rua da Guarda – Portimão, dirige-se ao “artista”. Ao sentar-se, frente à máquina, o Sr.Santos, amavelmente, dizia ao Alex: “Agora olhe para aqui, para ali” “as costas direitas” até que, a certa altura, no intuito de dar mais arte à fotografia..., toca-lhe no queixo.

Foi o fim da cena. O Alex desmancha-se a rir e não parava. O Sr. Santos diz-lhe: “Então, assim, tem que vir noutra altura, porque hoje não é possível”. ..

Romualdo.
Cortelha, 2009.08.31.

Recebido no mail da Associação e colocado por Rogério Coelho

VIVA A MALTA

AQUI AÇORES,

De Ponta Delgada vos escrevo, para vos felicitar pela melhoria que o blogue tem sofrido, graças, penso eu, a mais costeletas virem aqui dar uma opinião, escrever um comentário ou um artigo.

Só hoje pude ler os posts e comentários, vejo que os temas do MINGAU têm a aceitação geral. Para isto funcionar o consenso geral é importante. Apesar de não ser essa a minha leitura inicial, digo Sim à temática.

Comoveu-me a atitude do Mingau, quando diz, num comentário, que esteve no lançamento do meu livro, que o leu e que gostou e que estará no próximo, se houver próximo. E manda-me um abraço de amigo.

É uma atitude nobre que eu registo com agrado porque, penso, espelha o perfil costeleta.

Obrigado Alfredo pelas tuas palavras. Havemos de nos encontrar um dia destes.
Voltarei sempre.
E deixo para todos os costeletas um abraço do

João BRITO SOUSA

A PRAIA DE FARO

A PRAIA DE FARO
Escreveu-se o tema “A Cidade de Faro” e, porque não a Praia de Faro?
Mas falemos naquele tempo em que a praia da nossa cidade tinha beleza, tinha nostalgia, principalmente à noite para quem lá passava as férias.
A estrada e a ponte dos carros quebraram-lhe essa beleza.
- Onde vais “moce”?
- Vou à praia e vou apanhar o “gasolina”.
Que me recorde eram 3 os “gasolinas” que faziam a carreira para a praia: o barco da camionagem EVA, e mais dois em que o Mestre de um deles era o “chora meninos” e do outro “o Cantiguinha”. Nunca tive conhecimento o porquê destes apelidos. E havia, tabém, o Mestre Chico. E a malta lá ia, barco cheio, em que os Cabos do Mar inspeccionavam se havia lotação a mais.
Depois do “Ramalhete”, durante a baixa mar, os barcos encalhavam
- Toda a gente para a proa! Gritava o Mestre, ou para a popa, conforme o caso, para que o peso ajudasse a desencalhar.
E o barco seguia o seu rumo para a praia.
Existiam três pontes para embarque e desembarque. O “moce” ficava sempre na segunda, na chamada ilha de baixo.
E dirigia-se para a Tasca (restaurante) da Tia Isabel.
- Menino, vá ao meu quarto vestir os calções e deixe ficar a roupa em cima da cama. E vá para a costa. Era assim a Tia Isabel, de uma grande simpatia.
E lá ia o “moce” para a costa ao encontro das moças conhecidas, muitas delas a morarem na praia durante as férias.
À sombra dos toldos e três dedos de conversa. Banho e mergulhos. Depois, juntava-se um grupo e todos iam passear até à barrinha.
O Tio Chico, marido da Tia Isabel, dedicava-se à pesca. Ele e o filho mais velho, ao cair da noite iam de barco lançar o aparelho e as murejonas para apanharem o peixe. Geralmente muxarras nas murejonas e robalos, sargos, safias e outra qualidade, nos aparelhos.
E a malta, para almoçar, escolhia o peixe grelhado pelo Tio Chico ou a caldeirada, deliciosa, naquele grande tacho que a Tia Isabel cozinhava.
E à tardinha, depois da companhia sempre agradável com o sexo oposto, regressávamos à cidade, satisfeitos com a companhia, o almoço, bronzeados e por um dia bem passado.
E, no dia seguinte, porque a malta estava de férias, lá íamos embarcar no gasolina. Outros viajavam nos seus barcos particulares, à vela ou a motor. e a remos. E faziam picniques.
A praia tinha um casino.
Todos os fins de semana havia festa, com corridas de barcos à vela, a remos, mergulhos por mergulhadores artísticos. Concursos, etc..
Era assim a praia de Faro, vista por esta faceta.
Inté!...
Alfredo Mingau
Recebido no mail da Associação e colocado por Rogério Coelho

domingo, 30 de agosto de 2009

A MIJADELA

“SE BEM ME LEMBRO” (1)

O “Moce”, segundo se lembra, vinha a correr para entrar na sala antes do segundo toque.
O professor não deixava entrar depois daquele toque. Não facilitava. Professor Urbano dos Santos.
A história é verídica e, passou-se nos anos 40, mais propriamente em 1942, se a memória está correcta.
Depois de uma renhida partida de futebol, no estádio do Largo da Sé, onde tinha sido seleccionado pelo dono da “trapeira”: Tú, Tú… “e estava feita a selecção”.
Os sapatos ficavam esfolados com os pontapés e, ao chegar a casa, era certo e sabido que a mãe o castigava à “chinelada”. Mas o vício vencia a “chinelada”.
Voltando à história, entrou na sala e sentou-se no seu lugar, na última fila junto da janela.
A sala era no 1º andar com as janelas para a rua. Não tenho a certeza do nº da sala mas, o Costeleta Romualdo fala da sala nº 1.
Passados uns minutos o “Moce” começou a sentir aquela dorzinha no “baixo ventre”, sinónimo de “bexiga cheia”. Não aguentando levantou-se e:
- “Sô Tor” preciso de ir à retrete.
O Professor, depois de mudar para os óculos de ver ao longe, e identificar quem fazia o pedido, respondeu:
- Não vais! Fizesses antes de entrar na sala.
- Não tive tempo “Sô Tor” e, se não for à retrete, faço nas calças.
- Não vais! Faz onde quiseres!
O “Moce” sentou-se mas ficou à ”rasca”. E pensou no que disse o professor “faz onde quiseres”. E se bem pensou melhor o fez. Rasgou uma página da sebenta, enrolou-a, fez um cartuxo; desabotoou a braguilha e mijou para dentro. Alívio confortável.
Como a janela estava ali ao seu lado e, porque, ninguém estava a observar, atirou o cartuxo mas, na trajectória o cartuxo abriu-se e, toda a mijadela, regou a sala junto da janela.
No dia seguinte era um pivete insuportável…
Pode-se considerar esta história como uma “trágico-comédia” que não fere a dignidade do professor.
“SE BEM ME LEMBRO”.
Inté!
Alfredo Mingau
(1) – Era o nome do programa, na RTP, pela voz do saudoso Vitorino Nemésio, e que eu via com muito agrado.
Recebido no mail da Associação e colocado por Rogério Coelho

ANIVERSÁRIO DE ASSOCIADOS COSTELETAS




Fazem anos na 1ª quinzena de Setembro


01 - José Guerreiro Gonçalves; Marco António do Nascimento Correia Bento; Maria Dália de Sousa Farias. 02 - Jorge Serrano Gonçalves Rosa; Maria Leonor dos Santos Malão Morenito. 03 – António Manuel da Conceição do Vale; Francisco Gomes Abreu Vivaldo; Maria Isabel Trindade Carvalho Monteiro; Maria José Correia Nunes da Cruz Seruca; Victor Manuel Pontes Paquete. 06 - Graciete Passos Pinto Bentes Estevinha; José Vítor de Jesus Silva. 07 - Lígia Conceição Gonçalves Correia Martins. 08 -;José Morgado Norte. 09 - Sérgio Fernando Pires Anica. 10 - Aníbal José Gonçalves Duarte; Adriano Belo de Carvalho. 11 – António Camilo Nascimento; Custódio D. Mendonça. 13 - Marília de Brito Barros. 14 - José Eusébio Sancho Pontes. 15 - Maria Célia Sousa Matoso Viegas Matias.


OS NOSSOS PARABÉNS


Pesquisa e colocação de Rogério Coelho

COMENTÁRIO AO POST SOBRE A FOTOGRAFIA DE BEJA






"No jogo disputado no Liceu de Beja em 10.05.1955 a equipa da nossa escola sagrou-se campeã da Zona Sul". A equipa era constituída por: Urbano, Dr. Américo, Pascoal, Figueiredo, Ribeiro, Hélio, J.Gonçalves e Célio. Quanto ao Ribeiro no S.L.Benfica foi campeão de Nacional de Juniores de futebol em 1958-59, na fotografia à esquerda, tendo-se posteriormente empregado na CUF- Barreiro e simultaneamente jogado no Luso do Barreiro durante cerca de 10 anos na 2a divisão Nacional. Vive actualmente no Barreiro"
Cumprimentos,


Miguel Ribeiro
Recebido e colocado por Rogério Coelho

sábado, 29 de agosto de 2009

PEDRA FILOSOFAL

“O Sonho Comanda a Vida”

Sonho e, quando acordo imediatamente, lembro-me daquilo que sonhei mas... passados cerca de 5 minutos já não consigo recordar, porque, o tema se desgravou da mente.
Escrevo, porque, sonhei que podia faze-lo no presente da minha existência.
Sinto-me bem com a minha consciência quando o faço, conquanto seja “pobre”(1) a minha escrita, recordando os meus tempos de escola, de Costeleta.
O Jorge Tavares, recorda os jogos da nossa infância. Havia mais um jogo que a malta da minha zona de residência jogava-mos à noite. Era o jogo da “Deserta”. Recordações Jorge!
Porque gosto de ler o que escrevo, da mesma forma sinto o que leio de quem escreve, sem comentar desfavoravelmente.
Não posso deixar de transcrever o que um aluno do Curso de Educação de Adultos escreveu numa redacção:
“.... A VACA
A vaca tem quatro partes: a dianteira, a trazeira e depois o rabo que ainda tem pêlos. Debaixo da vaca está a leitaria. Com o rabo enxota as moscas. O marido da vaca é o boi. Não dá leite por isso não é mamífero. Dos chifres preparam-se os botões de madrepérola. A vaca é muito útil. Come-se por dentro e bebe-se por fóra”
Porque não chamar a esta redacção um “sonho que comanda a vida”? Carlos do Carmo deveria gostar...
Porquê uma opinião desfavorável de quem escreveu a redacção com gosto e presunção?
Seria uma crítica destrutiva que cairia muito mal no âmago de quem escreveu. Outros, nem mal nem bem, não têm a presunção de o fazer.
No último texto que escrevi, deixei a ideia de que não escreveria mais, mas... “o sonho comanda a vida”
Inté
Alfredo Mingau
(1) Desculpa João Brito de Sousa, esta tua forma de expressão enquadrou-se bem aqui. Recebe um abraço.
Recebido no mail da Associação e colocado por Rogério Coelho

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

DEZ ANOS EM FARO

UMA ACHEGA PARA O TEMA

Esqueces o Hildefonso, que tinha um taxi, e que se dizia ser o melhor corredor mas que corria só para ganhar prémios.
Das figuras típicas, da cidade, lembro, entre outros, do TOQUIM.
Muita gente foi assistir às filmagens do filme, salvo erro, de nome UM GRITO NA NOITE, junto à Igreja de S. Luís, para ouvirem o TOQUIM dar o grito...
Dos fotógrafos lembro-me do JOÃO TORTO.
A malta, já crescida, reunia-se à porta do café Aliança para ver as moças que passavam à esquina da Caixa Geral de Depósitos e o vento levantava-lhes a saia...
Fico por aqui. Inté
Alfredo Mingau
Recebido na Associação e colocado por Rogério Coelho

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

EU, O JORGE,O ROCHA, O EMILIANO, O DIOGO, O ROMUALDO, O MAURÍCIO, E TÚ... JOÃO

Títalo: EU (sou eu)


Não sei se falta mais alguém que tenha feito comentários a minha pessoa, Alfredo Mingau.
Mas, referi todos estes, porque somos todos amigos e, de vez em quando, por vezes, encontramo-nos e damos "dois dedos de conversa".
E, nessas conversas, vem sempre ao de cima aquela saudade e unidade Costeleta. Mas João, como diz o Jorge, "tens falta de calma... tens o teclado". E ele tem razão. Tens que pensar duas vezes antes de "bateres" no teclado.
Eu sabia, porque te conheço, que a unidade Costeleta viria ao de cima.
Nesta pequena tempestade de água a razão foi como azeite, veio ao de cima. O Rocha contribuiu com o azeite... verdade Rocha?
O Jorge, o Maurício, o Emiliano o Diogo, o Gabadinho que não me lembro dele, foram a unidade Costeleta para contigo. Bem hajam!
Não saio desiludido. Penso que esta será a minha última crónica.
Um abraço para ti João e outro para todos.
Inté...
Alfredo Mingau
Recebido na Associação e colocado por Rogério Coelho

LANÇAMENTO DE LIVRO




Franklin Marques

Dia 5 de Setembro às 21.30

Biblioteca Municipal de Faro - Ramos Rosa

(No âmbito das Comemorações do dia da Cidade de Faro)

LANÇAMENTO D'o LIVRO

Apresentação por Mário Zambujal

Recitativos por:

Afonso Dias

Joaquim Teixeira

João Pires

terça-feira, 25 de agosto de 2009

LANÇAMENTO DE LIVRO

Casimiro de Brito


Presentación de

“En la Vía del Maestro” de Casimiro de Brito

Editorial Olifante
Interviene, además del autor, el poeta Ángel Guinda Martes 1 de septiembre de 2009 a las 19,30 h.

Librería Casa del Libro

Gran Vía, 29

28013 Madrid
Antes el mismo libro será presentado (29/8) en el

Festival de Moncayo, Zaragoza
Recebido no mail da Associação - colocado por Rogério Coelho

DIÁSPORA COSTELETA

Romualdo Cavaco


Crónica do século passado

Economia Aplicada
(aula prática - 2)

Negócio de Alcagoitas

Se uma empresa da arábia, tendo por objectivo o negócio de alcagoitas, é dona de um banco, de onde vêem os fundos?
Da empresa para o Banco ou dos depositantes do banco para a empresa comprar alcagoitas?
Esta relação banco/venda ambulante que vem de há alguns anos, sempre foi pacifica mas com a devida separação de actividades.

A offshore da Ti Marquinhas:

Esta senhora teve durante vários anos o seu estabelecimento de venda ambulante de tremoços da Serra, alcagoitas das Hortas de Vila Real e de Aljezur, pevides da Conceição, chupa-chupa caseiro, sombrinhas de caramelo e torrão de Alicante. O espaço comercial (qual secretária) tinha 1,20 m por 0.80 m. Estou a vê-la sob o seu xaile preto se fosse inverno e bata da mesma cor se fosse verão. Imprescindível o lenço e o chapéu. Se fazia frio sentava-se de quando em quando num banco de cruzeta de amieiro de Monchique, comprado do mercado local. Não sei onde morava, sempre a conheci na mesma esquina, frente à porta do Banco, na Avenida, em Loulé, fazendo o seu negócio. Teria ela conta bancária? Saberia ler? Passaria cheques? – Desconheço - . Quando encerrava a Banca às 16,30 ela abria a sua offshore, pontualmente à mesma hora. Era um acto tão solene e tranquilo que parecia religioso. Assim, aguardava pacificamente os seus clientes que lhe proporcionariam a oportunidade de adquirir uma sopinha diária, pois que a SS (leia-se Segurança Social) não a teria nos seus registos.

No Banco a que nos referimos trabalharam vários Costeletas.

Parecendo irreconciliável, floresciam as duas empresas no mesmo local, com clientes e volume de negócio tão diferentes, mas em verdadeira simbiose, tendo contudo alguma empatia e afinidades tornando compatível as suas actividades.

Só que, nem o Banco vendia alcagoitas, nem a Senhora vendia fiado.

Por ironia do destino ambos os estabelecimentos encerraram quase em simultâneo.

Cortelha, 2009.07.31.
Recebido no mail da Associação - colocado por Rogério Coelho

EU, O ALBERTO ROCHA E ZÉ EMILIANO






















ENCONTRO DE AMIGOS; ALBERTO ROCHA, ZÉ EMILIANO E JOÃO BRITO.
Caros Amigos,

O Rocha e o Zé Emiliano, ambos apaixonados pelo futebol do Farense, são duas extraordinárias criaturas, que têm amor autentico à Escola que frequentaram e têm grande amor à família costeleta. Não há nada a fazer; é assim mesmo.

Como homens são grandes e como costeletas são dignos.

Já lhe chamaram gémeos, apesar de não serem nada parecidos fisionómicamente.

O Alberto liga-me pelo menos uma vez por semana, João, como é que vai isso. Dá-me conselhos e rimo-nos um bocado. Com o Zé falo menos mas é um óptimo rapaz.

O curioso, é que a grande amizade que nutrem um pelo outro foi consolidada na tropa em Tavira. Apoiaram-se um ao outro e desse apoio veio a amizade.

Juntámo-nos os três num café situado entre o Rio Seco e Santa Catarina.

Abraçamo-nos à chegada.

O Zé disse, compadre, quais são as novidades de hoje.

E o Alberto Rocha com o seu ar compenetrado, respondeu assim: As novidades, ou melhor, o que eu queria dizer, era fazer um pedido aqui ao nosso João, que tivesse mais calma naquilo que escreve, porque foi um bocado injusto para o Jorge Tavares e para o Alfredo. Porque as coisas são assim: O Jorge Tavares conheço eu bem, é da minha geração, foi um estudante aplicado e é um excelente profisssional. Agora, quando as coisas não vão bem, ele faz um apelo ao bom senso e à harmonia. O João desorienta-se e aí vai disto. O Alfredo é do tempo do meu compadre Albertino Bota e não me parece ser mau rapaz. Tens de ter mais calma João. Não achas Zé?

ZÉ EMILIANO - Bem, o João está praticamente sozinho a fazer o trabalho e às vezes estará cansado ou desiludido e face a isso lá vai disto. Mas João, vai com calma.

ALBERTO ROCHA- O que é que achas disto ó João?

JOÃO - Bem, aquilo que eu disse acerca das recordações das nesperas e do baile do Rio Seco e que chocou algumas pessoas, foi tão somente para agitar as águas e causar um bocado de discussão porque eu entendo que é importante sabermos falar uns com os outros. E pelos vistos não soubemos e se calhar não sabemos. Mas se têm estado atentos eu sou dos que mais tenho pugnado pela unidade costeleta.

E o Alberto e o Zé dissseram, mas vais ter mais calma.

OK disse eu.

E foi assim.

Deixo-vos a todos um abraço e este poema,

Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte...


Viva a unidade costeleta.

texto de
João Brito Sousa

PARA O ALFREDO MINGAU


UM ABRAÇO


De solidariedade costeleta, porque defendeu o seu ponto de vista.


Não façammos deste espaço um campo de batalha.


Em primeiro lugar defendamos a unidade costeleta.


Se o Alfredo disse o que disse temos que o entender, em primeiro lugar , como homem de honra.


É nessa condição que lhe estou a responder.


Saudações costeletas e cumprimentos do


João Brito Sousa

ANÁLISE DO TEXTO DO MINGAU

(Segundo a Lei assiste o direito de resposta)
O cantor Mário Branco numa das suas canções: "Não há machado que corte a raiz ao pensamento"
Se eu "penso" logo existo.
Posso escrever aquilo que "penso" desde que o faça sem ofender ninguém.
Foi lançado um "tema" para debate logo... não deverá haver "machado que corte" o meu pensamento escrito para esse debate.
Acho que, num debate, deve ser criticado construtivamente aquilo que cada um diz.
Neste caso, criticar que é "pobre" o que se escreve, leva-nos a supor que ainda é "mais pobre", para não dizer "paupérrimo" à critica feita.
Alfredo Mingau
Enviado para a Associação pelo escritor e colocado por Rogério Coelho

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DEZ ANOS EM FARO; 1953/63


FARO, ANOS 60

Eu andei por lá nesses tempos. O ponto de encontro da malta da Escola Comercial e Liceu era no Olímpico, onde se jogava bilhar. O melhor bilharista de FARO era o Máximo, que era lá empregado. Entre os jogadores do Liceu o melhor era o Matias e da Escola eram o Jacinto da cortiça e o Ernesto, que foi parceiro de carteira do Cavaco Silva, com quem jogava ping pong.

Quando se entrava na sala de bilhar na primeira mesa à esquerda realizava-se ao fim da tarde uma quadrada com o Leal da Câmara, um tipo magríssimo não sei de onde, um funcionário do BESCL de Olhão e um tipo do Porto que era doTribunal. Assisti aí a grandes jogatanas...

Quem aparecia por lá a jogar dominó era o Zé Luís o campeão mundial de luta livre. Desse tempo do Liceu e Escola Comercial os alunos que mais se salientaram que me lembre foi o Jaime Machado do Liceu, hoje Juíz e o Herlander Estrela, Economista que foi Secretário de Estado das Finanças e Administrador do Banco de Portugal e do Montepio.

O melhor ciclista de Faro desse tempo era o Inácio Ramos que correu no Ginásio de Tavira e Louletano. Nessa altura, chegaram ao FARENSE vindos do Corunchense o Remígio, ponta de lança e o Armando, ponta esquerda. Penso que o Catoira também é desse tempo. O guarda redes era o Soromenho lá Escola Comercial quefoi júnior com o Capitolino, o Zé Nanotas, o Carneirinho, o Zé Bento, o Zé Gonçalves, o Adanjo, o Larguito e outros.

Figuras típicas desse tempo eram o TECA que acompanhava muito com ofilho do Coronel Sampaio, o mais novo, já que o mais velho era o Sampaio guarda redes de andebol do LICEU, o melhor depois do JAIMINHO diziam, porque ainda houve outro bom que foi o Zézinho. Jogavam ainda o Virgílio, o Quaresma, o Rocha Pinto e outros.

Havia ainda o Caça Brava um tipo que vendia codornizes às quatro datarde na rua de Santo António. E havia o Cartaxo fotógrafo desportivo que tinha uma vitrine na Rua de Santo António. A Rua de Santo António era transitável no sentido do jardim da doca para o Liceu. O Diário Popular que trazia aos domingos os relatos de futebol dos jogos da segunda divisão chegavam a Faro às onze horas da noite e vinham no rápido que saía de Lisboa às cinco e um quarto. Gostava de ver publicadas outros artigos sobre Faro desse tempo.

texto de
JBS

domingo, 23 de agosto de 2009

A PUBLICAÇÃO DO TEXTO DO MINGAU


ANÁLISE DO TEXTO DO MINGAU

1 - É um texto pobre que vem para chatear. Não apresenta mais valia alguma.

2 - Como o meu nome consta nele, eu, na qualidade de administrador, devia ser ouvido quanto à publicação do texto ou não. Não fui e o texto foi publicado o que não me agrada.

3 - Peço ao senhor Mingau o favor de não referir mais o meu nome nas suas crónicas.


4 - Queremos aqui apenas unidade costeleta, o que havia até o senhor chegar.


5 - Cmprimentos costeletas do


JBS

sábado, 22 de agosto de 2009

TEMA FILOSOFIA


Não era minha intenção. “JAMAIS”


As formigas que encontram no seu caminho um filósofo morto podem utilizá-lo bem. Não é o caso!

Se o exemplo é chocante, é mimha intenção que o seja.

Verifica-se que a liberdade de expressão constitui por vezes uma maior ameaça para uma ideia, mesmo acriançada,.

Mas o que se pode fazer quando se escreve um facto que. aquele que o escreve, considera importante, mesmo sendo uma “crónica” de factos passados? Impropérios para abafar os factos transcritos, ou abafar a voz da verdade. Barulho impío?

Não tenho quaisquer ilusões. Receio que não me leiam, porque, não há autoridade universal que imponha o conhecimento pela leitura.

Não estudei filosofia, não sou filósofo, nem é minha intenção erguer-me acima daqueles que escrevem e criticam neste blogue. Principalmente os que criticam duma forma em que, quem escreve, não tem satisfação de continuar.

Digamos que o impropério sobre quem escreve algo não é lisongeiro para lhe dar continuidade e razão de satisfação. O problema não é moral é cognitivo.

A psicanálise ministra a verdade de uma maneira infantil ou seja, acriançada: dela aprendemos, rude e apressadamente, coisas que nos escandaliza e que dominam a nossa atenção.

Assim,. a psicanálise é, em meu entender, em primeiro lugar, pretenciosa e, todo o drama da existência se desenrola entre a sordidez e a sublimação em que o esforço civilizado a pode transformar.

Será isto filosofia barata? Enquadrar-se-á no tema proposto?

Os bons escribas deste blogue poderão dar a sua opinião e o Costeleta Sr. João Manuel Brito de Sousa, mediador deste tema, o dirá...

O que acabei de escrever não é um comentário.

Com o pedido de publicação


Alfredo Mingau


Publicado por Rogério Coelho


(NOTA: enviado por amingau@gmail.com)

GRANDE FIGURA DA CULTURA DO ALGARVE


MANUEL VIEGAS GUERREIRO

O Prof. Doutor Manuel Viegas Guerreiro nasceu em Querença, concelho de Loulé, em 1 de Novembro de 1912. Aprovado no Curso Geral dos Liceus, com dezasseis valores, e no Curso Complementar, com dezassete, veio a licenciar-se, em 1936, em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras de Lisboa, com dezasseis valores. Foi aprovado no Exame de Estado para professor do 1º. grupo de disciplinas liceais, com dezasseis valores. Foi professor agregado dos liceus em 1939, professor auxiliar em 1940, e professor efectivo no Liceu de Lamego, em 1940.

Entre 1940 e 1941, foi equiparado a bolseiro para auxiliar o Doutor Leite de Vasconcellos, na sua actividade literária. A ajuda prolongou-se por seis anos, tendo ajudado o Mestre Leite "em tudo o que pôde", para utilizar palavras do próprio. Entre 1941 e 1944, é professor efectivo do Colégio Militar e também do Colégio Infante de Sagres, em Lisboa. Foi sucessivamente professor efectivo no Liceu de Faro (1945-1953), com passagem pelo Liceu Diogo Cão, em Sá da Bandeira (1948-1950), e ainda no Liceu de Oeiras (1953-1970).

De 1955 a 1970, foi bolseiro no País, a fim de ordenar e publicar os manuscritos de Leite de Vasconcellos, sobretudo da Etnografia Portuguesa, em 10 volumes (1948-1989), a partir do 4º. volume.

Doutorou-se em Etnologia na Universidade de Lisboa, em 1969, com a classificação de 19 valores. Em Novembro de 1970, concluiu as provas do concurso para provimento de uma vaga de professor extraordinário de Etnologia e, em Outubro de 1971, de professor catedrático, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi também investigador do Centro de Estudos Geográficos a funcionar na mesma Faculdade de Letras de Lisboa. Aposentado em Setembro de 1982, faleceu em Carnaxide, em 1 de Maio de 1997.

Durante a sua vida de universitário, foi encarregado de várias missões no País e no Estrangeiro. Foi membro de várias instituições, entre as quais a Associação Brasileira de Folclore (desde 1967) e da Academia das Ciências de Lisboa (cadeira nº 27).

A vasta actividade do Prof. Viegas Guerreiro inclui inúmeras iniciativas, como, por exemplo, a criação dos Estudos Gerais Livres e do Centro de Tradições Populares Portuguesas, a Revista Lusitana - Nova Série, e ainda a organização de dois colóquios realizados com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian sobre "Literatura Popular / Oral / Tradicional" (Paris, 1986, e Lisboa, 1987).

Nas suas publicações, distinguem-se alguns importantes vectores. Em primeiro lugar, temos as obras com preocupação pedagógico-didáctica: Da Indispensabilidade do Latim na Leitura dos Nossos Clássicos, Lisboa, 1963; A Nossa Pátria, selecta de Português para o 1º. ciclo liceal (livro único entre 1961 e 1965); "Introdução" a Cultura e Anafalbetismo, de F. Adolfo Coelho, Lisboa, 1984; a comunicação "A educação de adultos em comunidades rurais. Actividades comunitárias", Braga, 1978.

Na área principal da sua formação, a Etnografia e a Antropologia, publicou - para além da Etnografia Portuguesa, que é, como atrás fica dito, em parte escrita por ele, a partir dos apontamentos de Leite de Vasconcellos, de quem também reeditou com uma apresentação desenvolvida Tradições Populares de Portugal - o volume Sabedoria, Linguagem, Literatura e Jogos, de 1966, que faz parte da obra colectiva Os Macondes de Moçambique, e ainda Bochimanes !khu de Angola, de 1968, e também Pitões das Júnias. Esboço de Monografia Etnográfica, de 1981, e, em colaboração com Diogo de Abreu e Francisco Melo Ferreira, Unhais da Serra. Notas Geográficas, Históricas e Etnográficas, de 1982. Saliente-se a edição póstuma da obra Povo, Povos e Culturas (Portugal, Angola e Moçambique), de 1997, na qual se coligem artigos e colaborações diversas.

Mencione-se, em terceiro lugar, o interesse por aspectos particulares da História, Literatura, Geografia perspectivados antropologicamente: artigos sobre "Judeus", "Mouros" e "José Leite de Vasconcellos" no Dicionário da História de Portgugal, dirigido por Joel Serrão; a "Introdução" à Carta de Achamento do Brasil de Pero Vaz de Caminha, de 1974; A Carta de Pero Vaz de Caminha lida por um Etnógrafo, de 1985; "Gil Vicente e os motivos populares: um conto na Farsa de Inês Pereira", RL-NS, nº. 2, 1981, pp. 31-60; Frei João de S. José e a sua Corografia do Reino do Algarve (1577), de 1980; Temas de Antropologia em Oliveira Martins, de 1986; Colombo e Portugal, de 1994.

Um domínio foi particularmente caro ao Prof. Viegas Guerreiro: a "Literatura Popular". Recolector incansável, enriqueceu, com as versões que recolheu por todo o Portugal e também no Brasil, volumes como os do Romanceiro Popular Português, de Maria Aliete Galhoz, de 1987 e 1988, e ainda as suas antologias Contos Populares Portugueses, de 1956, e Adivinhas Portuguesas, de 1957. Escreveu duas obras imprescindíveis de iniciação e história neste campo: Guia de Recolha da Literatura Popular, de 1976 (2ª. ed., 1982) e, sobretudo, Para a História da Literatura Popular Portuguesa, de 1978.

As qualidades de homem e académico tornaram Viegas Guerreiro uma personalidade singular que muito marcou os seus alunos e colaboradores.

Para informação mais completa: João David Pinto-Correia, "Evocação Afectiva de um Mestre e Amigo: o Prof. Doutor Manuel Viegas Guerreiro", Revista Lusitana - Nova Série, nº. 12, 1994, pp. 83-94; e Maria Lucinda Fonseca e Francisco Melo Ferreira, Manuel Viegas Guerreiro - Mestre da Sabedoria do Mundo, Centro de Tradições Populares Portuguesas e Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, Lisboa, 1997.

É uma figura marcante da cultura nacional.
Texto retirado da net
por JBS

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

RECORDAÇÕES ANOS 50







OS LIVROS DE LEITURA DA MINHA QUARTA CLASSE

Eram, três os livros de leitura da minha quarta classe: o FINALMENTE, o FARIA ARTUR e o PIRES DE LIMA.

O ditado do exame da quarta classe foi um texto retirado do FINALMENTE que falava do ALENTEJO. O exame foi na ESCOLA DO CARMO, onde anos mais tarde vim a estagiar com o prof. Amável, uma ilustre personalidade da cidade, que dava aulas de música aos alunos com uma varinha na mão para afinar o compasso... HERÓIS DO MAR...

Aí, foi meu aluno um irmão do Alex.

Gostei razoavelmente da escola.

Creio que era no livro do FARIA ARTUR que constava a frase: "Um caçador tinha um cão e a mãe do caçador era também o pai do cão". Era o problema da pontuação. A vírgula dveria estara seguir à palavra mãe, como todos se lembrarão.

No PIRES de LIMA. havia lá um texto muito engraçado que era mais ou menos assim: - O cirurgião disse para o empregado. Manuel, tenho uma reunião daqui a duas horas e quero os sapatos engraxados, ouviu. Sim senhor Doutor, o serviço estará feito.

Entretanto começou a chover e o Manuel nicles.

O Cirurgião chega e pergunta: Manuel engraxaste os sapatos? e o Manuel, não senhor Doutor, então?... diz o médico, senhor Doutor veja bem, disse o empregado, está a chover e se engarxasse os sapatos agora, daqui a duas horas estariam tão sujos como agora, diz o cirurgião, então se é assim, o jantar que devias tomar logo à noite passa para daqui a quinze dias... (mais ou menos assim).

P.... diz o Manuel. Where are the shoes?
Texto de
JBS

TEMA INTERNET . (Computadores)

DICA: "O RATO"

Todos os ratos possuem em cima uma roda que é de grande utilidade.
Em geral, rodando a roda, salta de linha em linha.
Podemos configurar o rato para saltar de página em página. Será mais rápida a procura.
Faça assim:

- Aceda ao "Painel de Control";
- Abra o iten "Rato";
- No separador "Roda" altere a definição "Linhas" para "Um Ecrã de cada vez".

Facílimo. Experimentem. Divirtam-se.

Rogério Coelho

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

TEMA - INTERNET (Computador)

Se não vê bem... amplie

Parece que o nosso amigo Costeleta Gabadinho, apreciou o TEMA

Então aqui vai uma boa Dica.

Muitos de nós temos de utilizar óculos (o meu caso) para ler as "letras pequeninas"... acontece a muitos. É a PDI ou PDV.
No nosso computador pode acontecer o mesmo, abrir um documento ou página WEB, onde as letras são tão pequeninas que necessitamos de usar uma lupa.
O seu Windows possui uma lupa que amplia qualquer zona do ecrã. Faça assim:
- Prima as teclas (WIN) + (R) e no quadro que se abre digite MAGNIFY e confirme com o OK;
- De imediato se abre uma janela no topo do ecrã, onde se pode ver a posição do cursor, com o ecrã ampliado 2 vezes;
- Defina esta posição em baixo, no quadro de controlo, no qual deve fazer um clik sobre sair para voltar ao normal. O quadro pode ser deslocado por arrastamento, podendo ser ocultado clikando em ocultar. Neste caso, para voltar ao normal basta clikar em baixo na barra de ferramentas e depois clicar em sair;
Esta informação é para aqueles que desconheciam... para os que sabem, e têm outras ideias, tragam-nas, nós aproveitamos.
Rogério Coelho

TEMA INTERNET

Protecção anti-virus portátil

As pen ou canetas USB também podem ser contaminadas.
Existe uma solução anti-virus que pode ser instalada e utilizada numa caneta USB.
Trata-se do "clamWin Portable"
Pode-se fazer o download no seguinte programa:

http://portableapps.com/apps/utilities/clamwin_portable

Rogério Coelho

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

UM CASO INSÓLITO




Uma amiga, que diz não ser costeleta, mas é casada com um grande Costeleta, enviou-me uma mensagem dizendo que recebera uma comunicação, relacionada com o nosso Blogue, para que todos os comentários fossem dirigidos para o seu mail.


Chamo a atenção de quem quer que seja para o facto insólito e de mau gosto, para não dizer ridículo. Agradeço que a pessoa que o fez tenha consideração.


A mesma amiga, me informou, ser leitora do nosso blogue (àparte as polémicas desinteressantes)


Para bom entendedor...


Rogério Coelho

O ESTATUÁRIO

Romualdo Cavaco



Ainda ...
Dr. Furtado

(continuação)


Certa aula de História antes do Professor nos falar da “Confederação dos Tamoios” ocorreu-lhe o Pe.António Vieira, que ele admirava.
“Comprem os Sermões ... da Edit. Lello ... viveu mais de cem anos ... serviu três reinados... escreveu do melhor que há na literatura portuguesa ... e desatava ...”

“arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe, e depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem: primeiro membro a membro e, depois feição por feição, até à mais miúda. Ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, torneia-lhe o pescoço, estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos. Aqui desprega, ali arruga, acolá recama. E fica um homem perfeito e talvez um santo que se pode pôr no altar. “

Nota: Quando o Dr. Furtado citou o estatuário, apenas fixei as primeiras linhas. O resto fui procurar nos Sermões.

Um abraço.
Romualdo.
Cortelha, 2009.08.03


Recebido e colocado por Rogério Coelho

OS COMENTÁRIOS II


ACIMA DE TUDO O ESPÍRITO COSTELETA

COMENTARISTA: aquele que na imprensa escrita ou falada, se especializa em determinados assuntos e faz comentários acerca do desenrolar dos acontecimentos (do dicionário)

Como fui eu o provocador do que se está a passar, apenas peço um pouco de contenção e que seja preservado o espírito costeleta, esse estado de alma, de que falou o Professor Américo.

A minha intenção foi dar a possibilidade aos costeletas de dizer não, mas isso exige uma certa diplomacia, que, bem vistas a s coisas não é fácil obter e eu também não sei se sou possuidor dela.

A linha mantem-se e peço ao JORGE TAVARES e ao ALFREDO para não abandonarem o barco, apesar de eu pensar que esses temas estão esgotados e o blogue precisa de evoluir para outras temáticas.

O que disse o A. Gabadinho acerca de uma frase do Dr. Domingos Grilo revela uma respeitável opinião, nada mais do que isso. Já tenho saudades do futuro, disse o poeta Teixeira de Pascoaes.

Autores há que remetem a importância das coisas para o agora.


Mas quem gostar de recordar tem esse direito de o fazer o mesmo se passa com os outros. Mas...

tehamos um pouco de calma, ok.


Texto de
JBS

BONS DIAS




PELAS MANHÃS


Passo por aqui, na herdade
Para saber como vai isto
E apuro esta verdade
Eh pá... a malta gosta disto

Por isso Alfredo ... escreve
E tu Jorge, avança também
Quem não teme não deve
Por isso ó Tavares, vem

Maurício, o Rogerinho está a pau
Manda um texto já não é mau
E eu de manhã vou ver a produção

Rapaziada, dêm alma à fazenda
Façamos do blogue uma lenda
E que haja aqui a continuação.


Texto de
JBS

terça-feira, 18 de agosto de 2009

RECOMENDO


MIGUEL SOUSA TAVARES EM


"NO TEU DESERTO."

MST ao seu melhor estilo. Consegue fazer dum tema banal uma obra prima, uma obra de um humanismo profundo, com esta característica fantástica. É bruto com ternura, zanga-se com delicadeza, estrebucha com harmonia e princípios.

O livro começa com esta frase extraordinária "Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais já náo escreves, porque não te resta nada para dizer"

A escrita de MST é límpida, transparente, actual e elegante. Naquela cena da velha de oitenta anos, ele diz, vous etes la plus belle e a senhora retruca,oh jeune homme, belle est la jeunesse.

Ler MST, é estar perante a literatura arte, que faz pensar, que amacia o coração, que nos encosta à parede e o tempo passa.

As suas zangas com Claudia, são de morte. Ela amua e vai-se embora, vai andar de mota. Volta um dia depois, vai andar com os motards. Às tantas diz-lhe...ou pergunta-lhe... estás zangado....

Entretanto MST fuma um puro. Engana-se na rota e engata o Chefe da Alfândega para entrar porque chegou atrasado ao barco.

Vale a pena.

JORGE AMADO disse, não sou crítico literário mas sei o que é bom e o que é mau. È isso aí. Este MST é mesmo bom.

texto de
JBS

CRÓNICAS DA SEMANA (9)


Ali, com início no Arco da Vila, fica a rua do Municipio. Era lá a nossa Escola!

“FAZER PAREDE”


Alguém, num comentário publicado, falava sobre “dignidade”. Não interessa quem.

A história que hoje vos trago inédita, passou-se nos anos 40. Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, da rua do Município. O “Chefe da Turma” era o saudoso Júlio Correia, que mais tarde viria a casar com a Costeleta Maria Isabel Leiria. A memória já vai falhando nestes cerca de 60 anos já passados. Mas recordo alguns colegas de turma Albertino Bota, Feliciano Guerreiro de Matos (o saudoso Chatinho), o Bastos, que mais tarde se fixaria no Banco Ultramarino, o César Nobre, creio que no banco Pinto e Soto Mayor, o Otílio Dourado (o “manda chuva” do Rancho Folclórico da Luz de Tavira, com o seu “baile mandado” e que era o Chefe dos Correios) e outros.
Tínhamos um Professor simpático, que não me recordo o nome. O Júlio dizia-lhe: - “Sô Tôr”. se precisar de tratar de algum assunto, a “malta” colabora. E um dia o Professor comunicou ao Júlio que, por motivos pessoais, faltaria a uma aula. Respondeu o Júlio - Não falta nada, porque a turma fará “parede”. E assim foi. Ordem para toda a turma ir para o Largo da Sé jogar com a trapeira. Mas, ficaram alguns de “piquete” no corredor para que a ordem do “Chefe” se cumprisse. Havia alguns “caloiros”, meninos da mamã, que queriam “furar a parede”. Umas caldaças e pontapés no rabo e todos para o largo da Sé. E o Professor, depois do segundo toque, lá foi tratar dos seus assuntos sem falta marcada, agradecendo ao Júlio, e à Turma, a ajuda.
Convém recordar que os Professores eram quase todos provisórios e quando faltavam era-lhes descontado no vencimento...
Naquele tempo fazia-se. Hoje, as faltas colectivas são punidas.
Pode considerar-se a história desta crónica como a antítese da outra do “caracol amarelo”. E, porque, não sendo uma transcrição, é ou não digna de se contar? Ou será que só as nossas “tropelias” é que têm valor como recordação histórica?
E, para terminar esta pequena crónica, deixo aqui uma chamada de atenção: - porque se utiliza Tomás Cabreira com s quando está registado com z?. Tomaz António da Guarda Cabreira.
Gostei de ter contribuído com estas 9 crónicas. Gostei imenso, aliás como todos gostam, dos comentários. Não sei se voltarei… penso colocar a “tampa na esferográfica”. A cidade, a praia, o campo e… chamam por mim. Faço "PAREDE" Um abraço para todos.

Alfredo Mingau - Costeleta dos anos 40
Recebido e colocado por Rogério Coelho

COMENTÁRIOS

Jorge Tavares


O nosso blogue....comentários!

Iniciei a minha colaboração no blogue da AAAETC desprovido de quaisquer idéias pré-concebidas sobre os conteúdos que deviam ou não ser escritos e transcritos.

Posteriormente, e conforme tive ocasião de me manifestar por escrito, sugeri algum cuidado na colocação de textos fracturantes, particularmente sobre política e religião, o que aliás, não é mais do que prevêm os estatutos da AAAETC.

Em face deste meu posicionamento, diversifiquei os meus textos com temas actuais ( economia, impostos ), retratos da vida quotidiana ( empresários de hotelaria), poesia ( transcrição de poemas ), anedotas com algum picante, lembranças da "nossa escola" ( histórias verdadeiras com alunos e professores), lembrei pela primeira vez TODOS os contínuos do nosso tempo, escrevi sobre Faro, recordei a nossa juventude, sempre com uma mensagem para os nossos jovens, comentei textos de outros, quando julguei interessante fazê-lo, enfim, "entreguei-me" ao blogue de coração aberto.

Estes últimos dias foram férteis em comentários diversos: Legítimos e que me dispenso de comentar!

A todos os costeletas e leitores deste blogue quero apenas afirmar que continuarei a escrever, e em cada momento o que minha inspiração ditar, sem constrangimentos, nem preocupações sobre se vão ter comentários ou não.

A propósito do meu último escrito, resta-me acrescentar com tristeza que, no decorrer duma mudança de casa, se extraviou a minha colecção de livros do CAVALEIRO ANDANTE e que, se tal não tem acontecido, já teria por certo voltado a relê-los. Não uma, mas variadas vezes! Sabem? Às vezes gosto de voltar a ser criança!


JORGE TAVARES

costeleta 1950/56
Recebido e colocado por Rogério Coelho

NO FUNDO ... BEM LÁ NO FUNDO


NOTEI...

Afinal ninguém desistiu...
Estão todos cá
E falaram
E ficaram ...

E se alguma lágrima caiu
ninguém viu...

Mas notei
que há uma vontade
de união

os costeletas são assim
são o que são ...

Creio não haver condições
para descrever
a alegria de viver
nas palavras trocadas

entre o Jorge Tavares e o Maurício

A sensibilidade que nós os da 3ª ou da 4ª ...
e o mundo
a quem deveríamos estar atentos

Ó meu caro JORGE , estou feliz por ti
por ver no teu coração
a emoção
de um comentário
de reconhecimento
que vale por mil
ou por um milhão

no fundo

o que interessa é a participação
sim
mas... havendo algém que saiba reconhecer
o nosso trabalho
é bem melhor...
Jorge,
tu tens sido dos melhores
e dos maiores
a defender e a atacar
e a indicar
como é e como se faz

Jorge obrigado
Maurício obrigado
A. Gabadinho obrigado
Romualdo obrigado
Rogerinho Coelho obrigado
Diogo Costa Sousa obrigado
Alfredo Mingau obrigado

A todos obrigado

por parecerem que estão zangados

mas não, estamos enganados

mas...deixem-me retribuir
o abraço que o Mingau me enviou
Mingau aceita o meu abraço
porque eu conheço a vida
sofri
amei e perdi...

honradamente, sim
mas foi assim

a vida
não tem contemplações
é alheia às situações

segue o seu caminho

E a mim apenas me resta
enviar-vos
um grande abraço
que peço que o aceitem
por favor
enquanto eu vos envio
um texto de amor.


O AMOR

É um sentimento nobre que nos auxilia ou nos derrota. O amor é uma atitude expressa numa vontade surgida de um conjunto de circunstâncias que nos fazem obedecer, que nos fazem dizer, que nos fazem comunicar, que nos fazem olhar para dentro e fora de nós. O amor é o resultado de um encantamento pessoal que nos afecta e seduz.

O amor é posse.

Texto de
JBS

A LIBERDADE


LIBERDADE -POEMA DE PAUL ÉLUARD

Nos meus cadernos de aluno
Na minha carteira e nas árvores
Nos areais e na neve
Escrevo o teu nome
Em todas as páginas lidas
Em todas as páginas brancas
Pedra sangue papel cinza
Escrevo o teu nome
Sobre as imagens douradas
Nos estandartes guerreiros
Tal como na coroa dos reis
Escrevo o teu nome
Nas selvas e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No eco da minha infância
Escrevo o teu nome
Nas maravilhas das noites
No pão branco dos dias
Nas estações enlaçadas
Escrevo o teu nome
Nos meus farrapos de azul
No pântano sol alterado
No lago luar vivente
Escrevo o teu nome
Nos campos do horizonte
Sobre umas asas de pássaro
Sobre o moinho das sombras
Escrevo o teu nome


Em cada sopro de aurora
Na água do mar e nos barcos
Na serrania demente
Escrevo o teu nome
Na clara espuma das nuvens
Nos suores da tempestade
Na chuva insípida e espessa
Escrevo o teu nome
Nas formas resplandecentes
Nos sinos de muitas cores
Sobre a verdade da física
Escrevo o teu nome
Nas veredas bem despertas
Nos caminhos descerrados
Nas praças que se extravasam
Escrevo o teu nome
Na lâmpada que se alumia
Na lâmpada que se apaga
Nas minhas casas unidas
Escrevo o teu nome
No fruto partido em dois
do meu espelho e do meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo o teu nome
No meu cão guloso e meigo
Nas suas orelhas erguidas
Na sua pata sem jeito
Escrevo o teu nome
Na soleira desta porta
Nas coisas familiares
Na língua de puro fogo
Escrevo o teu nome


Em toda a carne que tive
Na fronte dos meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo o teu nome
Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Muito acima do silêncio
Escrevo o teu nome
Nos meus refúgios desfeitos
Nos meus faróis aluídos
Nas paredes do meu tédio
Escrevo o teu nome
Na ausência sem desejo
Na solidão despojada
Na escadaria da morte
Escrevo o teu nome
Sobre a saúde refeita
Sobre o perigo dissipado
Sobre a esperança esquecida
Escrevo o teu nome
E pelo poder da palavra
Recomeço a minha vida
Nasci para te conhecer
Nasci para te nomear
Liberdade


Texto colocado por

JBS

POSTAL ILUSTRADO



Romualdo Cavaco






FOTOGRAFIA E LEGENDA ENVIADAS PELO ROMUALDO CAVACO




Profs. Desenho Américo Marinho e Celestino (este transferido para Santarém, onde se tornou muito conhecido pelas suas pinturas.


Alunos: 1º. plano: 2 olhanenses cujos nomes não recordo, Celestino Coelho (transferido pª. a Esc.de Silves;


atraz: Fontainhas, um olhannense (o de boina), Ludovico e Romualdo.Pede-se ajuda para o reconhecimento dos restantes.


Recebido e colocado por Rogério Coelho

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PONTO DE VISTA




UM COMENTÁRIO COM DIREITO A POST


O Gabadinho, costeleta que não conheço mas por quem nutro especial simpatia e consideração, comentou, como se pode ver no texto a seguir, de sua autoria, o facto de alguém ter classificado alguns artigos publicados no blogue como artigos “choradinho” e .... tal e tal.

Fui eu que coloquei os dois textos por me parecerem justos e correctos. De qualquer maneira o autor parece que já explicou isso também num comentário. E senão explicou ele vai abordar o assunto certamente porque o conheço bem.

A razão dos textos serem ou não “choradinho” tem que possuir uma objectividade real, não é porque o senhor Adm. Rogério Coelho e outros gostarem que os artigos deixam de ser choradinho ou não.

A verdade é esta: os artigos do Mingau e do Jorge Tavares, muito bem escritos e que versam recordações, têm até agora zero comentários. Não sei se são choradinho ou não mas até agora não têm comentários o que desmotiva bastante quem escreve, que gosta sempre de saber como o seu trabalho caiu no seio dos outros.

Tenho receio que esta minha conversa vá cair mal em alguns sectores da vida costeleta, “lá está o gajo....”, mas nós que vivemos em democracia temos que saber utilizá-la. Este espaço que, modéstia à parte tenho aguentado, é o local onde nós poderemos aprender a dizer não e a dizer sim, sem arranjar inimizades.

O ª Gabadinho, por mim, sai mais reconhecidamente homem ético do que antes, porque não gostou do que leu e votou aparentemente contra.

Há costeletas que começaram a colaborar e que depois desapareceram, talvez dizendo um “Vão-se lixar”. O problema aqui é o da tolerância e ninguém se deve colocar acima do outro. E depois penso que todos nós somos inexperientes nisto e o “jornal” tem de sair todos os dias.

Não quero deixar de referir que tive aqui divergências com o Jorge Tavares e o Alfredo Mingau mas que forçosamente tinham de terminar num aperto de mão que já dei ao Jorge darei ao Alfredo quando o encontrar.

O blogue precisa de energia e neste momento tem alguns constrangimentos que o impedem de andar para a frente. Penso sinceramente que o modelo deveria ser repensado, porque culturalmente me parece menor, dando prioridades às velhas recordações.

Queria que estes meus comentários fossem vistos à luz dos princípios éticos do direito de emitir uma opinião, deixando eu desde já, a quem não concordar, o direito de o fazer.

Segue-se o comentário do Gabadinho.


“Boa Tarde a Todos,
Faz-se aqui em consciência, creio, uma crítica ao Blogue onde constam alguns artigos classificados com adjectivos tais como: “choradinho”; “historietas de miúdos” e ainda "acriançado". Não concordo que os autores destas críticas sejam “Anónimos devidamente identificados”. Dêem-se opiniões, dando igualmente o nome de quem as propõe. É mais bonito assim!Respeito muito, quem aqui tem procurado dar o seu melhor para alegria de todos, ou pelo menos para aqueles que gostam de recordar tempos passados. Diversifique-se, portanto.Assim, e não esquecendo a narração das nossas histórias enquanto Costeletas, será igualmente benéfica a inclusão de outros temas de diferentes matérias, mas apenas e só versando assuntos de carácter cultural.Cumprimentos para todosAgabadinho”

Texto de
JBS

NOVOS TEMAS

Por se falar em novos temas, porque não o tema "INTERNET"?
Seria uma boa troca de ideias e esclarecimentos. Há muito para aprender. Seria uma boa troca de perguntas com as respostas de quem poderia esclarecer.
Há muito para aprender com este tema.

E, abrindo este tema, para os curiosos, e não só:

- graças a uma parceria entre a NASA e o governo japonês, estão disponíveis na internet mais de um milhão de fotos capturadas por satélites, constituindo o maior mapa topográfico da Terra. Aqui encontramos vulcões, glaciares, etc...
Muito interessante!
Basta escrever http://asterweb.jpl.nasa.gov

Rogério Coelho

O MAURÍCIO, O DCS E EU






ALÓ COMPANHEIRO MAURÍCIO


O que disseste, o DCS e eu dissemos
È mais ou menos o mesmo, penso
Somos filhos da escola e queremos
Que para a honrarmos haja consenso

E não é difícil porque civilização há.
E havendo, está o assunto facilitado
Por isso aí vai um ALABI, ALABÁ
Extensivo aos que tem participado

E para os Maurício Severo e Diogo
É importante referir que o jogo
É bem aberto, sério e pertinente
O que nós queríamos tentar
Era mudar a alma deste lugar
Torná-lo talvez mais eloquente

JBS

domingo, 16 de agosto de 2009

CRÓNICAS DA SEMANA (8)

Igreja da Sé


O Baile de Finalistas


Se tu, “Costeleta e outros” se convencessem da utilidade de colaborar e escrever neste “Blogue”, e trabalhassem no complemento deste “Edifício”, sentiríamos o palpitar nos vossos corações, o mesmo amor à Escola com as histórias que fazem palpitar os nossos.
As histórias que aqui contamos ou transcrevemos, não atestam contra a dignidade de quem quer que seja, pelo contrário, elas poderão servir para os que, presentemente no ensino, tirem as ilações para uma melhor formação do carácter.
Nas histórias “Naquele Tempo” existem casos e patranhas notáveis, verídicas, que julgamos dever publicar, por serem curiosas e atestarem uma certa antiguidade na nossa recordação. Recordar é viver!
E, para complemento desta crónica, fomos escolher o texto escrito pelo saudoso Professor Franklin Marques, no ano da graça de 1995. Reza assim:

«Momento alto da vida escolar, cúmulo não só de um ano lectivo, mas igualmente de um processo de preparação para a vida, era a festa de despedida. Ser finalista significava ter adquirido um estatuto de maturidade e de “sabedoria” que os mais putos respeitavam e invejavam.
Mas a festa dos finalistas não constituía, propriamente, a oportunidade para alívio de um fardo. Era gratificante terminar um curso, sem duvida.
Mas a saudade da escola começava, já ,nesse mesmo dia.
1953 foi o nosso ano de finalista. Fizemos parte do primeiro “contingente” de moços (e moças) diplomados com os Cursos Gerais criados pela reforma de 1948.
Descrever o alvoroço desse dia é tarefa quase impossível. Afinal, a gente contentava-se com tão pouco... Mas a verdade é que o nosso entusiasmo e expectativa eram despropositadamente enormes em relação à simplicidade da festa.
Tudo decorreu, um pouco à semelhança de outras “festas de finalistas”.
Ão fim da tarde, um jantar de confraternização na cantina da Escola. Coisa simples e... “muito em conta”, que a época não era para luxos. Depois, um “Acto de variedades”, no ginásio, com cantigas, música e poesia, tudo ensaiado por esse professor artista que é o Dr. Jorge Ferreira Matias.
E a noite conclui-se com um animado baile, no salão nobre da Câmara Municipal, até então apenas cedida aos moços do Liceu para o seu tradicional baile do 10 de Dezembro. (Onde a malta da Escola não tinha entrada,,,)
O baile dos finalistas!!! Quem o não evoca, hoje, como um dos momentos mais saudosos da passagem pela Escola? E a forma elegante como ele decorria!...
Abria-o uma moça, finalista, já se vê, que para o efeito convidava o Director. E, lá mais para diante, era a “valsa dos finalistas”. Rodopiavam pares. Todos, eles e elas ostentando, na lapela do casaco ou pregada no peito, a fita bi color – azul e vermelha – com a gravação em dourado “FINALISTA”.
Terminava a festa quando a manhã já se fazia anunciar. Era preciso descansar e refazer energias para o outro “baile” que se aproximava – o “baile” dos exames.
Mas, se ser finalista era tão bom, tão bom, que havia sempre quem o quisesse voltar a ser no próximo ano...
Eles lá sabiam porquê...»

Se há quem goste e desgoste daquilo que escrevo, esta transcrição irá, com toda a certeza, ao encontro do quem goste.
Como escrevia o Dr. Domingos Grilo, presentemente Director da Tomás Cabreira, «... se há coisa que não se perde são as recordações e mal de nós quando nem de nós soubermos fazer história.»
Voltarei pela semana. Até lá!

Alfredo Mingau
Recebido e colocado por Rogério Coelho

UM TEXTO... DIÁRIO, SEMANAL, MENSAL... OU DE VEZ EM QUANDO

Jorge Tavares


AS NOSSAS FÉRIAS GRANDES...(capítulo III)


As chamadas férias grandes - que se iniciavam em regra na segunda quinzena de Junho e terminavam com o início das aulas no dia 1 de Outubro - serviam para todos as usufruimos em função das possibilidades de cada família e consequentemente, da escolha do local para as gozarmos. A baixíssima economia doméstica, obrigava a grande maioria dos jovens do nosso tempo a "ficar em casa", e dando largas à imaginação, gozar as melhores férias possíveis.
Para o pessoal do Largo de São Sebastião, o entertenimento passava pelos banhos no Moinho da Terrinha ou na Cava, sendo que para isso, tínhamos de atravessar a linha férrea, à ida e à vinda, e sujeitarmo-nos à fiscalização familiar aos pés, que normalmente evidenciavam a lama da ria e o preto da terra existente entre os rails, e ao posterior raspanate, pelos perigos da zona. O nosso tempo de férias era também repartido pela ajuda aos artífices e comerciantes locais, no seu ofício, almejando uns cobres - bem escasso ao tempo!

Mestre Armando e a sua carpintaria, mestre Bento José Prado e a sua latoaria, mestre Alberto e a sua oficina de reparações de bicicletas, o tanoeiro, cujo nome não recordo, mestre Jaime e a sua oficina de sapateiro, equipada com a "pedra das sedas", o Viegas e o seu armazém de palma, A. Neves Pires e as suas adegas, Bernardino e a sua mercearia e taberna (Jop.Jopinhal), Joaquim Lopes e o seu forno e padaria, José Lopes e o seu armazém de cereais, os Cabeleiras e a sua fabricação de cordas para a armação do atum, etc.

Esta " colaboração", providenciava o ganho duns "cobres", que amealhávamos e eram sempre benvindos.

Igualmente, recolhíamos nos diversos lares, tudo o que fosse de cobre, em especial, cabeças de fogão a petróleo, que vendíamos aos sucateiros, situados na hoje denominada "rua do crime" e que nos valiam mais uns dinheiritos extra.As fábricas de cortiça existentes na Rua e Estrada da Senhora da Saúde - José Bárbara, José Alexandre da Fonseca, Jacinto e Pinto, Lopes - exportavam os fardos de cortiça, via marítima. Para isso, os carros de mula (veículos semoventes), carregavam a cortiça, e transportavam-na até à doca, para serem colocados nas barcaças que aí estavam atracadas. Estas, movidas à vara e à vela, transportavam os fardos à saída da barra de Faro/Olhão, onde um cargueiro fundeado ao largo, recebia a mercadoria. Este trajecto das carros de mula carregados de cortiça, eram também uma fonte de receita para os jovens: As ruas empedradas provocavam trepidação na cortiça fazendo cair bocados, que nós, munidos duma alcofa, recolhíamos subindo as ruas até à fábrica. O produto dessa recolha era "vendido" ao dono, que voltava a enfardá-la e metê-la em redes próprias. Para nós, os tão almejados tostões extra! Voltando ao lazer.... Na hora do calor, após o almoço, lá vinha a obrigação de dormir a folga...por vezes não cumprida, com a discreta fuga pela porta do quintal. A malta reunia-se à sombra das casas, sentados no chão ou na soleira das portas, e cada um contava a melhor história, aprendida com os pais, os avós, ou mesmo inventada.Ao sábado o programa alterava-se a partir das 13.30h. Tínhamos um compromisso com o comboio rápido que chegava à estação de caminho de ferro de Faro às 14.05, vindo de Lisboa, e trazia os jornais e revistas. Com eles vinha o Cavaleiro Andante, o Mosquito, e a almejada leitura do Cisco Kid, do MandraKe, do SittingBull (famoso chefe dos indios Sioux), etc.

É curioso recordar que em meados de Setembro, já evidenciávamos um secreto desejo de que as férias acabassem para voltarmos às aulas e ao convívio dos "nossos".

Os jovens de hoje (nossos netos) que têm, felizmente, muitas outras possibilidades, podem contudo enriquecer os seus conhecimentos ouvindo os mais velhos falar da sua juventude, em particular da enorme capacidade criativa e de tolerância, perante as dificuldades dos seus pais e avós.


JORGE TAVARES

costeleta 1950/56


Recebido e colocado por Rogério Coelho

OPINIÕES







“Vamos ter que falar sobre o "costeletas"...basicamente e' isto:- Ou passa a haver mais consistência, quer dizer, temas mais actuais em vez daquele "choradinho" de historietas de miúdos ou o blogue perde o interesse que já teve!...”

Costeleta devidamente identificado

Sobre o blogue vamos ter que arranjar temas mais actuais de consciência social, temas que despertem interesse se bem que se note uma tendência esquerda na malta da escola o que a' partida corta cerce qualquer outra hipótese de argumento!Temas de historia nacional ou mundial a meu ver seriam bons temas... Depois existem também os colegas que acham que no blog só se deveriam tratar de memórias da escola ......enfim, e' difícil satisfazer a todos....como esta' agora, parece-me muito "acriançado"....
Costeleta devidamente identificado

REFLECTIR


Os assuntos colocados aqui no blogue, nos primeiros tempos, foram de recordações da juventude com o acordo de toda a gente.

Foi giro e aconteceram textos engraçados que entusiasmaram a rapaziada. Por mim foi assim.

Hoje, acho que deveríamos tratar de outros assuntos, que motivassem até um pouco de discussão, para gerar uma certa dinâmica..

Um assunto a tratar poderia ser o centenário da República que se avizinha.

REPUBLICA OU MONARQUIA

Do ponto de vista de liberdade social, eu que não sou especialista, não vejo grandes diferenças entre os dois regimes. A Monarquia tem mais custos, a Casa Real é um adicional ao orçamento.

Este pode ser um tema e temos vários especialistas.

Que tal?

João Brito Sousa