segunda-feira, 10 de abril de 2023

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



UMA «HUB» PARA POTENCIAR A ECONOMIA DO MAR


Olhão é estruturalmente uma terra ligada ao mar e dele dependente. Foi-o desde a hora primeira e sê-lo-á não obstante crises e modas. Mas o mar está sempre presente no ser e no estar dos olhanenses. O futuro aponta também nesse mesmo sentido, não obstante rejeitarmos o sistema ou a prática das monoculturas.

Prova evidente é a concretização desse objectivo com a aprovação da candidatura da Câmara Municipal de Olhão ao PRR (Plano de Recuperação e Resilência) de «um laboratório vivo, concentrado para o desenvolvimento de serviços e produtos nas áreas da tecnologia, alimentação e valorização dos recursos endógenos do mar».

A sua instalação decorrerá em 2025 num edifício já existente e situado no limite sul da área portuária de Olhão, com 836 m2, dispondo de laboratório de ensaios e cultivo de casais marinhos. O investimento neste «Pólo Azul Hub» dedicado á economia do mar importará em mais de 4,4 milhões de euros e representa um projecto cientificamente avançado.


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


JOSÉ MARIA, O ARTISTA EM PLENO


É-o a cada instante. Não lhe conhecemos nem concebemos um só instante

em que o «Zé Maria» não pense, não faça acontecer e não sonhe arte. O José

Maria Oliveira, pintor, músico, artista pleno, que um dia veio dos contrafortes

das serras durienses para se assumir como um das gentes que mais tem feito

germinar a arte em terra do «seu» Algarve.

Assumiu-se, desde menino e moço, como tal e este operário da cultura

tem-na feito acontecer seja em cada um dos seus trabalhos gráficos, seja-o no

dedilhar do instrumento em «Fados de Coimbra» ou, o que a vivência do

quotidiano nos tem presenteado a forma como se assume a viver, a crer e a

querer na Democracia.

Ora ofereceu-nos duas dezenas dos seus trabalhos, pinturas e desenhos,

que ali estiveram expostos no IPDJ, paredes meias com a bucólica Alameda /

Campo de Flores João de Deus. É um assomar daquilo que o José Maria

Oliveira, concebe na sua arte original, é o repetir da continuada mensagem

que, desde há muito nos reparte.

Corrente surrealista? Negativismo? Chamem-lhe o que quiserem, que

ninguém se ofende com isso, mas lá que é arte é ARTE, singular, própria,

vivente.

De permeio com a exibição dos quadros que nos interrogam, sempre e

sempre, a cultura a acontecer. Foi o Afonso Dias, poeta, cantor, deputado da

Constituição primeira, a trazer-nos os seus cantares. Foi o debate sobre a

saúde mental...foi a vivência admirável de quem teve o ensejo de «ver» o Zé

Maria nos excelentes trabalhos que desta vez nos mostrou. E apetece

interrogar: « para quando a próxima, Zé?CRÓNICA DE FARO

JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


«ECOS INACABADOS»

RUBEN SANTOS

«Ruben Santos, homem das ilhas e da diáspora («Nós/, gente da ilha/,

gentes do basalto, / na procura do mundo....») revela uma rara sensibilidade,

na vida como na poesia» - eis o retrato inteiro e íntegro, completo e pleno deste

açoriano, pelo nascer e viver e deste algarvio, pelos muitos serviços prestados

à região onde, em boa hora se fixou. O texto da autoria do também notável

«homem das ilhas», José Andrade. Escreve-o no completo Prefácio com que

abre a última obra publicada, «Ecos Inacabados», inserta na farense

colectânea poética e não só «Cadernos Santa Maria» e que o querer,

dedicação e labor de outro poeta e prosador, o Engenheiro Tito Olívio, vai

mantendo nos seus 164 títulos já publicados.

É um livro que se lê de seguida, como se um «gin» houvéssemos no Bar do

Peter, á borda beira do porto faialense, de tão gratas memórias por todos os

marinheiros de todo o mundo. Ruben Santos, que viveu em 3 continentes

(Europa, Africa e América), que foi o «Senhor Presidente do Conselho Mundial

das Casas dos Açores», é uma figura íntegra nas análises cívica, familiar e

moral

No Algarve deu um impulso único ao fomento das relações entre «as nova

ilhas do atlântico» e a «terra donde partiram as caravelas de Gonçalo Velho

Cabral...Foi a «Casa dos Açores» (cujo redinamização desejamos), o restauro

das «Festas do Espírito Santo», essa verdadeira Universidade Aberta

Açoriana, que o foram as «Semanas Culturais»...e tudo o mais.

Em «Ecos Inacabados» ressurge o poeta em pleno seja-o no Brasil

(Gravati), em Monterey (Califórnia), como no Algarve (Faro e outros locais),

como acontece no derradeiro poema escrito em terras algarvias (2021): «O

passado está presente, / Num presente já passado. / É um flagelo premente /

Num caminho inacabado.»

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»


«PORTUGAL - A HISTÓRIA DA EXPANSÃO MARÍTIMA»

PROF. MALEJAR NERVITT


Numa edição da «Alma dos Livros» veio a lume «Portugal - A História da

Expansão Marítima», uma minuciosa obra que relata as navegações dos

portugueses entre 1 400 e1 668 (séculos XV e XVI). É seu autos o historiador

inglês Prof. Malejar Nervitt, que foi professor do «King,s College de Londres» e

do qual se aposentou em 2 005. A obra descreve «a aventura épica de um

povo num relato único e motivador». O autor foi o primeiro titular da Cátedra

Charles Boxer ((Departamento de Estados Portugueses e Brasileiros do

«King,sCollege de Londres». havendo leccionado também nas Universidades

da Rodésia e de Execter.


«ACORDAR MEMÓRIAS - A TRADIÇÃO ORAL NO CONCELHO DE

ALJEZUR»

Numa iniciativa da Tertúlia Associação Cultural de Aljezur surgiu um

novo álbum da série «Acordar Memória - A tradição oral no Concelho de

Aljezur». O livro foi apresentado no «Meu do Mar e da Terra», na Praia da

Carrapateira naquele concelho da costa vicentina.


«101 MANEIRAS DIVERTIDAS DE POUPAR ÁGUA»

A empresa «Águas do Algarve» editou o livro virtual «101 maneiras

divertidas de poupar água», num tema de flagrante actualidade face à

escassez do líquido como ao custo elevado do mesmo. Como é assinalado

«são 101 dicas para uma gestão mais eficiente da água e um livro que oferece

101 acções para os heróis da poupança».


«A TELÚRIA»

POETA NERO

A partir de 13 de Abril encontra-se nas livrarias o livro de poesia «A

Telúria», obra do poeta algarvia Nero, pseudónimo do silvense Dr. Roberto

Simões. Nele «se viaja do bucólico ao esplendor citadino». É a primeira obra

da trilogia informal «A trilogia do Espírito». A edição é da Manufactura.

JOÃO LEAL

 NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO


A FORTALEZA DE SAGRES registou no ano passado 460 480 visitantes,

sendo o monumento público do Algarve mais visitado. Seguiu-se as RUÍNAS

DO MILREU (19 693 visitantes) e a ERMIDA DE GUADALUPE .

Reabriu, após importantes obras de restauro, o «DOMUS LAKE

ALGARVE», unidade de luxo situada em Vilamoura. É seu novo director geral o

dr. João Jesus (ex -Grupo Tivoli), com pós graduação em turismo e marketing

pela Universidade do Algarve.

O WTTC (World Travel & Tourism Council) quer acelerar as mulheres no

centro do sector do turismo, isto apesar do progresso (45%) dos empregos

gerados serem ocupados pelo sexo feminino, mas «ainda há muito trabalho a

fazer».

A CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA vai despender a verba de367 mil

euros na construção e beneficiação de estruturas sanitárias na Ilha de Tavira.

No dia 13 de Abril, pelas 20 horas, actuará em VALE DO LOBO a

Orquestra Nacional Juvenil de Harpa da Grã Bretanha, constituída pelos

melhores harpistas entre os 10 e os 22 anos.

A AHP (Associação dos Hotéis de Portugal defende que «hostels, guest

houses ou blocos de apartamentos com serviços deixem de ser considerados

AL (alojamento local), passando a empresas turísticas e cumprindo as regras a

que, como tal, estão sujeitos.

A «3ª SEMANA ID», iniciativa da Associação Rota Vicentina, decorre até 1

de Abril, com um total de 75 actividades propondo a descoberta do Sudoeste

de Portugal.

A 3 de Abril reabre o «SLIDE & SPLASH», em Lagos, apresentando como

novidades uma nova torre com 17 metros de altura e 3 tipos de escorrega.

O Dr. André Vargues, advogado e chefe da Divisão de Promoção e

Informação da RTA (Região de Turismo do Algarve) é candidato à presidência

deste Organismo, nas eleições a realizar em Junho.

AO MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA analisa, até 10 de Abril, o projecto de

transformação da Praça de Touros, que abriu em 1982 e fechou em 2019,

numa unidade hoteleira.


JOÃO LEAL