segunda-feira, 10 de abril de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


«ECOS INACABADOS»

RUBEN SANTOS

«Ruben Santos, homem das ilhas e da diáspora («Nós/, gente da ilha/,

gentes do basalto, / na procura do mundo....») revela uma rara sensibilidade,

na vida como na poesia» - eis o retrato inteiro e íntegro, completo e pleno deste

açoriano, pelo nascer e viver e deste algarvio, pelos muitos serviços prestados

à região onde, em boa hora se fixou. O texto da autoria do também notável

«homem das ilhas», José Andrade. Escreve-o no completo Prefácio com que

abre a última obra publicada, «Ecos Inacabados», inserta na farense

colectânea poética e não só «Cadernos Santa Maria» e que o querer,

dedicação e labor de outro poeta e prosador, o Engenheiro Tito Olívio, vai

mantendo nos seus 164 títulos já publicados.

É um livro que se lê de seguida, como se um «gin» houvéssemos no Bar do

Peter, á borda beira do porto faialense, de tão gratas memórias por todos os

marinheiros de todo o mundo. Ruben Santos, que viveu em 3 continentes

(Europa, Africa e América), que foi o «Senhor Presidente do Conselho Mundial

das Casas dos Açores», é uma figura íntegra nas análises cívica, familiar e

moral

No Algarve deu um impulso único ao fomento das relações entre «as nova

ilhas do atlântico» e a «terra donde partiram as caravelas de Gonçalo Velho

Cabral...Foi a «Casa dos Açores» (cujo redinamização desejamos), o restauro

das «Festas do Espírito Santo», essa verdadeira Universidade Aberta

Açoriana, que o foram as «Semanas Culturais»...e tudo o mais.

Em «Ecos Inacabados» ressurge o poeta em pleno seja-o no Brasil

(Gravati), em Monterey (Califórnia), como no Algarve (Faro e outros locais),

como acontece no derradeiro poema escrito em terras algarvias (2021): «O

passado está presente, / Num presente já passado. / É um flagelo premente /

Num caminho inacabado.»

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