JOSÉ MARIA, O ARTISTA EM PLENO
É-o a cada instante. Não lhe conhecemos nem concebemos um só instante
em que o «Zé Maria» não pense, não faça acontecer e não sonhe arte. O José
Maria Oliveira, pintor, músico, artista pleno, que um dia veio dos contrafortes
das serras durienses para se assumir como um das gentes que mais tem feito
germinar a arte em terra do «seu» Algarve.
Assumiu-se, desde menino e moço, como tal e este operário da cultura
tem-na feito acontecer seja em cada um dos seus trabalhos gráficos, seja-o no
dedilhar do instrumento em «Fados de Coimbra» ou, o que a vivência do
quotidiano nos tem presenteado a forma como se assume a viver, a crer e a
querer na Democracia.
Ora ofereceu-nos duas dezenas dos seus trabalhos, pinturas e desenhos,
que ali estiveram expostos no IPDJ, paredes meias com a bucólica Alameda /
Campo de Flores João de Deus. É um assomar daquilo que o José Maria
Oliveira, concebe na sua arte original, é o repetir da continuada mensagem
que, desde há muito nos reparte.
Corrente surrealista? Negativismo? Chamem-lhe o que quiserem, que
ninguém se ofende com isso, mas lá que é arte é ARTE, singular, própria,
vivente.
De permeio com a exibição dos quadros que nos interrogam, sempre e
sempre, a cultura a acontecer. Foi o Afonso Dias, poeta, cantor, deputado da
Constituição primeira, a trazer-nos os seus cantares. Foi o debate sobre a
saúde mental...foi a vivência admirável de quem teve o ensejo de «ver» o Zé
Maria nos excelentes trabalhos que desta vez nos mostrou. E apetece
interrogar: « para quando a próxima, Zé?CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL
Sem comentários:
Enviar um comentário