segunda-feira, 10 de abril de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


JOSÉ MARIA, O ARTISTA EM PLENO


É-o a cada instante. Não lhe conhecemos nem concebemos um só instante

em que o «Zé Maria» não pense, não faça acontecer e não sonhe arte. O José

Maria Oliveira, pintor, músico, artista pleno, que um dia veio dos contrafortes

das serras durienses para se assumir como um das gentes que mais tem feito

germinar a arte em terra do «seu» Algarve.

Assumiu-se, desde menino e moço, como tal e este operário da cultura

tem-na feito acontecer seja em cada um dos seus trabalhos gráficos, seja-o no

dedilhar do instrumento em «Fados de Coimbra» ou, o que a vivência do

quotidiano nos tem presenteado a forma como se assume a viver, a crer e a

querer na Democracia.

Ora ofereceu-nos duas dezenas dos seus trabalhos, pinturas e desenhos,

que ali estiveram expostos no IPDJ, paredes meias com a bucólica Alameda /

Campo de Flores João de Deus. É um assomar daquilo que o José Maria

Oliveira, concebe na sua arte original, é o repetir da continuada mensagem

que, desde há muito nos reparte.

Corrente surrealista? Negativismo? Chamem-lhe o que quiserem, que

ninguém se ofende com isso, mas lá que é arte é ARTE, singular, própria,

vivente.

De permeio com a exibição dos quadros que nos interrogam, sempre e

sempre, a cultura a acontecer. Foi o Afonso Dias, poeta, cantor, deputado da

Constituição primeira, a trazer-nos os seus cantares. Foi o debate sobre a

saúde mental...foi a vivência admirável de quem teve o ensejo de «ver» o Zé

Maria nos excelentes trabalhos que desta vez nos mostrou. E apetece

interrogar: « para quando a próxima, Zé?CRÓNICA DE FARO

JOÃO LEAL


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