quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MARCA COSTELETA

(café petersport)











PETER CAFÉSPORT

Estive no mês de Agosto na cidade da Horta na ilha do Faial, onde fica situado o famoso CAFÉSPORT propriedade do senhor JOSÉ HENRIQUE AZEVEDO.

Entrei lá, porque toda a gente entra para comer uma sopa, uma bifalhada e coisas assim e, estando sentado numa das muitas mesas que o estabelecimento dispõe, chamei o proprietário, delicada e educadamente, claro e, porque nas paredes havia muitas bandeiras e acessórios de outros países e dos costeletas nada, disse-lhe: vou fazer um soneto ao seu estabelecimento e o senhor coloca-o aí na parede, pode ser? E o senhor disse, faça.


E o trabalho é este que aí vai.

PETER CAFESPORT


Toda a gente que foi ao Faial conhece
O estabelecimento do Peter e a Lojinha
A minha namorada que nunca o esquece
Disse-me quando soube que eu cá vinha

JOÃO, vai ao Peters não te esqueças
É a catedral onde vão os que chegam
E onde Deus os abençoa sem pressas
Todos …. mesmo os que não prestam.

O Peters é um lugar sagrado onde vão
Muitas pessoas, talvez mais de um milhão
Gente de todos os lugares e de toda a sorte

E quando você volta você vem feliz
Porque você afinal viu o que quis
Ou seja a casa PETER CAFESPORT



João Brito Sousa/ COSTELETA / Faro/ 1952 a 59

Obs- mail recebido do senhor José Henrique Azevedo




Caro Sr. João Brito Sousa,

Lembro-me de si e do seu poema. Agradeço este novo soneto. Gostei muito!

Até a uma próxima visita,

José Henrique Azevedo

Colocação
JBS

PLACA TOPONÍMICA




Placa Toponímica


Sábado

19 de Setembro

Pelas 11 horas

Na zona da Horta do Ferregial


Vai ser descerrada uma placa toponímica

em memória do saudoso Prfofessor


Franklin da Ascenção Rodrigues Marques

TEMA LIVRE

INSPIRAÇÃO

De Alfredo Mingau


23.00 horas.
Ligo a TV, corro todos os canais e não encontro programa que me satisfaça. Desligo o aparelho.
23.30. horas
Pego na esferográfica, no papel e… fico suspenso pensando no tema que possa abordar. Irrito-me!
Não consigo inspiração…!
Não me costuma suceder. Agarro na esferográfica, olho-a e penso: “odeio este objecto”. Não me dá uma ajuda… Caramba! Maldita esferográfica. Descarrego nela a minha irritação, torço-a, dobro-a, insisto com mais força… estilhaça-se. Fico suspenso; abro a gaveta da secretária e agarro noutra. “Isto nunca aconteceu. Que se passa comigo?” “Sinto necessidade de escrever e não consigo”. Saio para a rua. As horas passaram a correr.
O2.00 horas.
A noite já ia longa. Não sentia sono. A noite estava fresca, fazia uma brisa suave; sentia-se um cheiro a maresia. Peguei na chave do carro e arranquei; As ruas estavam desertas, não se via vivalma; sai da cidade sem rumo certo e arrumei o carro no estacionamento de uma discoteca. Uma música moderna, do agrado da juventude, fazia-se ouvir. A porta estava fechada, bati. O postigo abriu-se e entrevi um rosto que disse “estamos quase a fechar”, “ficarei até fechar” respondi. A porta abriu-se, entrei. O som era bastante alto, do agrado da juventude; o recinto estava cheio, dançava-se.
Encostei-me ao balcão do bar. Pedi um whisky com duas pedras de gelo. Agarrei no copo e deambulei por entre a multidão; olhando de lado dei um encontrão noutra pessoa. O copo caiu ao chão, estilhaçou-se..
- Está a dormir de pé?
- Desculpe, olhava para o lado, não a vi.
- É o que dizem todos!
- Acabei de entrar, é a primeira vez que aqui venho, e está um pouco escuro…
- Entrou?, eu estou de saída!
- Porquê, não está satisfeita? Perguntei, notando que a minha interlocutora era uma mulher jeitosa e com uma certa beleza.
- Sem companhia isto torna-se insípido.
- Estou condenado a passar pelo mesmo? Também estou só, podíamos dançar, até fechar, que acha?
- Não era má ideia mas…, tire o cavalinho da chuva se pretende avançar com outras ideias…
- Pode estar descansada, não pertenço a essa categoria.
Dançamos; a música era lenta, um slow que convidava a relaxar. Ela era boa dançarina. Dançamos até à hora de fechar. Olhámo-nos, sorrimos.
- Gostei da companhia, disse ela.
- Estou de acordo consigo, adorei, acho-a uma mulher simpática para esquecer o encontrão, meu nome é Alfredo, sou gestor de uma empresa e sou viúvo, apresentei-me...
- Muito prazer, sou Ana Maria, trabalho no turismo e, sou uma mulher divorciada.
- Em vez de virmos sozinhos, poderíamos combinar um encontro neste mesmo sítio, o que acha? Perguntei...
- Acho bem, respondeu Ana Maria, com um sorriso aberto.
E despedimo-nos, com um beijinho, depois de apontarmos o número dos telemóveis.
04.00 horas
Regressei a casa.
Faltou-me a inspiração para escrever, não me tinha acontecido. Porque não substituir a escrita pelo convívio, fazendo a vontade a quem não gosta de me ler? É fácil substituir a inspiração pela disposição…
Passem bem.
Recebido no mail da Associação e colocado por Rogério Coelho

COSTELETAS PRESTIGIAM A NOSSA GERAÇÃO

Jorge Tavares - noticiou














Aníbal Cavaco Silva * Mário Zambujal


Como é meu hábito matinal, dedico alguns minutos lendo os títulos do Diário de Notícias, uma ou outra notícia que de imediato me desperte interesse, e mesmo algum comentário, reservando o final do dia em casa para aprofundar a leitura.

Este passar de olhos, deixou-me profundamente feliz, por constatar que do nosso pequeníssimo mundo costeleta, dois dos nossos estiveram juntos num acto público bastante relevante: - 25ª edição do Prémio Gazeta.

- Um, Aníbal Cavaco Silva, na qualidade de primeiro magistrado da Nação;

- Outro, Mário Zambujal, como anfitrião do Clube de Jornalistas.

Todos nós, que partilhámos os bancos da nossa Escola, oriundos na sua grande maioria duma classe social caracterizada pelas dificuldades económicas da altura, devemos orgulhar-nos por alguns dos nossos ocuparem cargos de enorme prestígio na vida colectiva.

Em face desta realidade, termino reafirmando que fomos uma geração de ouro.


Jorge Tavares1950/56


Recebido e colocado por Rogério Coelho