NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO

O Ministro da Economia inaugurou em Portimão o novo edifício da Escola de

Hotelaria e Turismo. Tratou-se da adaptação do antigo edifício prisional,

havendo as obras importado em 2,3 milhões de euros. Fica a dispor de oito salas, todas dotadas da mais avançada tecnologia.

O Presidente do Banco de Portugal e ex - Ministro das Finanças, o olhanense Mário Centeno reuniu na agência em Faro daquele banco com representantes do sector turístico para avaliar as preocupações do sector.

Houve acordo, expresso num aumento salarial de 14% / mês, nas negociações entre o SITE (Sindicato dos Serviços) e a AEHTA (Associação das Empresas de Hotelaria e Turismo do Algarve).

O Autódromo Internacional do Algarve, na Penina (Portimão) criou um parque para autocaravanas a funcionar nos dias 24, 25 e 26 de Março, a quando do Grande Prémio de Motos.

Entre os 14 jovens que vão participar no «Campeonato Nacional de Profissões», a decorrer na Arena, em Portimão (7 a 12 de Março) figuram os alunos da EHTA - João Pedro dos Santos, Luís dos Santos Guerreiro e Filipa Tavares dos Santos.

Nuno Pereira, aluno da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve - Portimão (Restauração e Bebidas) foi o 1º prémio do Festival de Coctails do Oeste, que decorreu nas Caldas da Rainha.

Um nono empreendimento turístico destinado ao escalão «séniores» vai ser erguido em Vilamoura, num investimento de 47 milhões de euros e que motivará criação de mais 50 postos de trabalho. O «Domaine» entrará em funções em 2025.

JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

FORÇA, ACTA!

O mínimo que se pedi era um pouco de respeito pela valiosa acção

desenvolvida e pela sularidade. Longe da capital, que continua a ser um nó

asfixiante para tudo e para todo, a ACTA (Companhia de Teatro do Algarve) foi

a última vítima assinalada dessa tutela ditatorial. Ao longo destes muitos anos

a descentralização cultural e a vivência da Arte, sobretudo, de Talma, têm

acontecido em esmagadora maioria e não só em Faro, mas por esse Algarve

em fora, pela dedicação, empenho e vivência que o grupo cénico que o Luís

Vicente dirige.

Foi com o sempre lembrado dr. José Louro, o professor bom, o homem

generoso e fraterno, o amante das artes e da democracia, que a «grande

aventura» começou, na década de setenta. Com o mestre, o ele, com o

pedagogo referido, aprendemos a ler toda a mensagem de Brecht e sobretudo

no «Á espera de Godot».

Depois veio o profissionalismo reconhecido e admirado do Luís, a sua

plena e total dedicação e o Algarve, na sua jóia teatral que é o Lethes, passou

a dispor de um elenco profissional. Era o completar de um polígono que já

dispunha do Conservatório Maria Campina, como escola de música; da CDA

(Companhia de Dança do Algarve), que o magnífico bailarino russo Eugnev

Balaiev teve a coragem de criar e da, hoje Orquestra Clássica do Sul, como

grande formação instrumental, para dotar a Região dos meios aptos a uma

política de cultura.

Agora e quando menos o seria de esperar foi este «partir as pernas» a

quem estava a andar e bem nas suas múltiplas valências.

Como cidadãos livres de um país livre não o permitiremos, nem

suportamos tal desmando. Que os responsáveis sejam chamados à pedra e

que a ACTA (Companhia de Teatro do Algarve) prossiga a sua meritória acção.

Como desde a hora primeira estamos convosco!

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

«HÁ LODO NO LAGO»

Vem-nos á memória a excelência desse filme estreado, em Portugal em

Janeiro de 1955, realizado por Elia Kazan e tendo como protagonista principal

esse «monstro da sétima arte» que foi Marlon Brado.

Estamos num dos mais aprazíveis locais citadinos, na Praça António

Sérgio, assim denominada em homenagem ao grande filósofo, republicano e

cooperativista. Ao café, propriedade da ATAF (Associação dos Trabalhadores

Autárquicos de Faro) e explorado, com excelência, por gente vinda da mártir

Ucrânia. Nem a proximidade do Cemitério da Esperança bule no ambiente

tranquilizador de recreio e convívio - «O Seara Nova».

É na zona da antiga Carreira de Tiro, no Espaldão como se dizia em

tempos idos, que se situa a magnificência deste bocado farense.

Só que o lago central, com os jactos dos seus repuxos, esse espelho de

água que o devia ser está com o fundo completamente tapado por sucessivas

camadas de lodo e nas plácidas águas o lixo exibe-se despudoradamente.

Faz-nos pena e causa-nos repulsa ver tão belo espaço citadino nesta

desagradável visão. Impõe se que os Serviços competentes da Câmara

Municipal de Faro actuem com a celeridade desejada e necessária.

A este pedido juntamos um outro. também dirigido ao Município.

É que, devido, felizmente, ás abundantes chuvas caídas, as ervas

despontam junto ás paredes e lancis, por toda a cidade, conferindo-lhe um

aspecto de abandono. Talvez que as funcionárias da FAGAR quando

procedem às varreduras pudessem dar um jeito á exclusão deste verde não

desejado-