quarta-feira, 16 de novembro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



O 5 DE OUTUBRO E O SR. COSTA PINTO

Era um republicano dos quatro costados e um

oposicionista «fichado» que em efeméride históricas lá

ia passar uns tempos levado pela polícia política. O sr.

Costa Pinto, sempre o conheci em avançada idade,

exercia o seu mister de carpinteiro numa pequena

oficina, na Avenida da República, que antes se chamou

de Rainha Dona Amélia, ali bem perto da estação

ferroviária.

Homem honesto e recto, foi pai exemplar, além de

outros filhos do Tenente General António da Costa

Pinto (último Governador de Damão), com referência

toponímica nesta cidade e do Renato da Costa Pinto,

uma alma de moço meu amigo, que chefiou a

Secretaria da Escola Secundária de Loulé.

Mal despontava a manhã o do 5 de Outubro

(Implantação da República), então sem qualquer

comemoração oficial era da tradição o Sr. Costa Pinto

fazê-lo de uma forma insólita e original. A miudagem

da Ribeira, hoje chamada de Bairro Ribeirinho, também

o sabia e ocorria de rente á oficina, atraída pelos

rebuçados que na véspera o referido senhor comprava

nas vizinhas mercearias do «Zé da Avó» ou da

«Senhora Ermelinda», ambas na Rua dita da Parreira

(oficialmente Rua Gil Eanes).

Perante a gaitagem perfilada e cantando «A

Portuguesa» o sr. Costa Pinto fazia içar a Bandeira

Nacional. Claro que, ainda antes da Bandeira subir ou

dos rebuçados serem distribuídos já a polícia política

estava a desmanchar a celebração, a fazer fugir a

malta e a levar consigo o lembrado republicano.

Histórias de outros tempos de Faro e do seu

«Bairro Ribeirinho (a Ribeira).

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEA

 


A CAMINHO DO CENTENÁRIO


Dentro de 4 anos (2026) completa o primeiro centenário da sua existência

a prestimosa MUTUALIDADE POPULAR, associação mutualista com sede

em Faro e uma das grandes referências entre as suas congéneres no nosso

País.

Com associados em todo o território nacional esta prestante instituição,

honra de sobremodo Faro e o Algarve, dignificando e sendo um

testemunho vivo e actuante da economia social, hoje um dos caminhos

preconizados pela Europa das Comunidades.

Efectivamente foi a 10 de Setembro de 1926 que, após de três anos de

intensa actividade do louletano Professor António Mendes Madeira foram

promulgados os Estatutos da Mutualidade dos Funcionários Públicos que

deu origem à actual instituição.

Recorda-se que naqueles tempos não existia qualquer forma de

assistência ou apoio quer no sector público, como privado, sendo mais

que notórias as extremas dificuldades na vida dos portugueses, face ao

actual contexto.

Decorrido um ano a Mutualidade Popular conhecia uma expansão enorme

e uma adesão que a levaram ao facto de «se ter mantido e desenvolvido

uma importante acção no âmbito da economia social».

Possuindo hoje um significativo parque habitacional e estendendo a sua

acção a outros variados campos (subsídio por falecimento, empréstimos,

apoios vários, etc.) a Mutualidade não obstante o desenvolvimento de

outros esquemas oficiais de acção social, continua a manter a actividade e

um significativo número de mutualistas associados.

A efeméride do 96º aniversário a Mutualidade Popular foi assinalada com

uma reunião convívio dos seus corpos gerentes - assembleia geral,


conselho fiscal e direcção, a que presidem, respectivamente, os dedicados

mentores do mutualismo - drs. Libertário Viegas, Ruy Noronha e

Carvalhinho Correia.

A caminho de concluir os seus primeiros cem anos de vida a Mutualidade

Popular é um significativo caso de associativismo mutualista que o Algarve

oferece ao País.

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL O «7 DE OUTUBRO»



O «7 DE OUTUBRO»


Não tem o significado de uma efeméride histórica ou mundana

notáveis, nem um sentido nacional ou universal, dignos de registo. Mas

faz parte importante do nosso universo de vida e de lembrança.

Sete de Outubro, era naqueles distantes tempos, o ingresso pela vez

primeira, como que o início de uma recruta no mundo do aprender, na

escola primária, então chamada «régia» (por haver sido criada no período

quase final do regime monárquico.

Uma ansiedade na espera de tal data, um estádio de interrogações e

o almejar de um mundo novo, de diversos tons e referências irreverentes.

Fizemo-lo em 7 de Outubro de 1944 (decorria então esse sangrento

conflito, de que os homens parece terem perdido o sentido trágico, que

foi a II Grande Guerra Mundial), ufano da bata branca que vestíamos

como uma bandeira de paz num mundo novo.

Fomos para o nobre edifício da Rua Serpa Pinto, no vulgo a Rua da

Cadeia, onde antes funcionara a Escola Normal (depois Magistério

Primário), que após a extinção da escola pelos novos estabelecimentos de

São Luís (Rua João de Deus) e do Carmo (Largo da Feira), se transformou

na sede da «Protecção ás Raparigas) e onde hoje é um qualificado

estabelecimento hoteleiro. Tina uma porta de saída para a Rua Baptista

Pinto, que era confinante com o recreio.

Tivemos como professora uma distinta e dedicada mestra, a D.

Maria Carrilho, três palmos de gente mas um gigante na difícil e nobre

arte de ensinar. Foi-o até á 4ª classe, com um empenho e uma dedicação

invulgares, que chegava ao ponto de levar, na parte da tarde, a turma para

sua casa, situada junto ao actual Palácio da Justiça e aí prosseguir a

instrução matinal. Fazia parte de uma geração de professores, a cuja

memória prestamos a mais saudosa homenagem e de que, entre outros,

agrupava os Professores «Sãobrazinhos - dois irmãos benquistos) e

Ferradeira (então já com uma só perna), as Professoras D. Júlia Moreno, D.


Felicidade, D. Francisca Guerreiro, D. Júlia Pessanha e outros «mestres»

cujos nomes já não nos ocorre. A «contínua», como era designada a

auxiliar educativa dos nossos dias, era a paciente Sra. Marta.

Ali na Escola da Rua Serpa Pinto fizemos grandes amizades,

algumas das quais foram esfriando ou desaparecendo ao longo da longeva

vida de mais de oito décadas.

Recordar o «7 de Outubro» é um passeio saudoso ao longo de

muitos anos, quando foram

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



«TECNOLOGIA, ARTE E TERRITÓRIO»

PROF. DR. ANTÓNIO COVAS

Em sessão realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de

Loulé e presidida pelo Eng. Vítor Aleixo (Presidente do Município)

foi prestada homenagem ao sempre saudoso Arquitecto Gonçalo

Ribeiro Telles, a propósito do centenário do seu nascimento. No

decurso da mesma foi apresentado o livro «Tecnologia, Arte e

Território» da autoria do douto Professor Dr. António Covas,

docente da Universidade do Algarve e cujo conteúdo constitui uma

merecida homenagem ao Grande Mestre. A sessão teve a

intervenção, para além daquele edil, dos Professores Guilherme de

Oliveira Martins (Fundação Calouste Gulbenkian), do Arq.

Paisagista Fernando Pessoa e dos Professores António Covas e

Desidério Baptista, da Universidade do Algarve.


«CRÓNICA DUM NAUFRÁGIO ANUNCIADO»

MARIA DO VALE CARTAXO

A escritora portimonense Maria do Vale Cartaxo, que perto

de Alvor, naquele concelho, é a autora do livro «Crónica de um

naufrágio anunciado», o qual foi apresentado na Biblioteca

Municipal Manuel Teixeira Gomes, na capital do Arade. A

apresentação da obra foi confiada a Daniel Cartaxo e á jornalista

Elisabete Rodrigues. A autora foi a primeira escritora a receber o

«Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes», instituído anualmente

pela Autarquia, em 1999, vitória que repetiu em 2002 e 2006.

Escreveu os livros «Diário de bordo em rota de naufrágio» (2003) e

«O dia não» (2008).


«DEVE HAVER MAIS QUALQUER COISA»

HELENA MALAQUIAS (PAGINAÇÃO)


Reúne um conjunto de textos, fotos, desenhos,

apontamentos e outros fragmentos o livro «De haver mais qualquer

coisa», com paginação de Helena Malaquias e edição da «Sul, Sol

e Sal». Refere-se ao processo de criação do espectáculo teatral

«Manuscrito do Corvo, de Max Hub pelo Grupo «Folha de

Medronho» e levado á cena no Cine Teatro Louletano.


«HELO FARMS - AGRICULTURA HALÓFITA»

RICARDO COELHO, MARCO HILÁRIO E HUGO MARIANO


Três investigadores e empresários agrícolas - Ricardo

Coelho, Marco Hilário e Hugo Mariano, escreveram, após

minuciosos estudos, o livro «Helo Farms - Agricultura Halófita», que

é o primeiro livro publicado no Algarve sobre a plantação da

salicórnia e de outra vegetação autóctone que tolera ou exige a

presença do sal para o seu desenvolvimento.

O prefácio da obra é do jornalista Tony Melo e a edição da Arandis.

Foi apresentado em Lagos, Portimão e Faro.


JOÃO LEAL

 TURISMO EM NOTÍCIA


Na sede da Reserva Natural do Sapal, em Castro Marim,

decorreu um seminário organizado pelos Municípios local e de Vila Real de Santo António e pela Universidade do Algarve, sob o tema

«Inovação Azul - sustentabilidade do Rio Guadiana».

«AMARES» é o nome do novo restaurante que funciona na sede

do Ginásio Clube Naval, na doca de Faro, constituindo «um barco

sobre a Ria Formosa».

O loteamento «Alagoas Brancas», no concelho de Lagoa, a

despeito da oposição dos ambientalistas prossegue, já que a

Câmara Municipal daquele Concelho considera que o alvará é

«legítimo e legal».

O Hotel Nau Salgados Palace, em Albufeira, venceu no

«Publituris Portugal Travel Awards» o prémio de «melhor hotel

CIME (Congressos, eventos, reuniões e conferências).

O WAlgarve juntou-se á colecção do que melhor há em turismo

no mundo, que dispõe de 20 mil consultores no programa

«Virtuoso».


JOÃO LEAL

 TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA


O algarvio «Chef» Leonel Pereira, natural de Alcoutim e proprietário

do restaurante «Check In», em Faro, foi eleito em Dijon (França), a

quando do congresso anual do Conselho Europeu das Conferências

Etnogastronómicas, «Chef Europa 2022».

Dois navios de cruzeiro atracaram, simultaneamente, no porto de

Portimão. Foram o «Corinthians», com turistas americanos, vindo

de Sevilha, onde retornou e o «Hanseatic», que veio com viajantes

alemães, de Leixões seguindo para o Funchal.

No Salão Náutico Internacional de Barcelona esteve presente, por

iniciativa da Associação Odiana, uma delegação sotaventina, na

vivência do turismo e da náutica e sob o lema «Choose Guadiana».

O Tribunal de Contas autorizou a Câmara Municipal de Lagoa, a

contrair um empréstimo de 2,5 milhões de euros, para aquisição do

Pavilhão do Arade, no Parchal e que se encontra em estado de

degradação. Tem capacidade para mil pessoas.

A companhia aérea «Sevenair», que efectua os voos entre Portimão

e Bragança projecta realizar em 2030 a primeira carreira com

aviões a 100% eléctricos, para o que encomendou três aeronaves.

O hotel de luxo «Domus Lake Algarve», em Vilamoura foi indigitado

para o «Prémio Excelência», cuja entre ocorrerá em Londres (7 de

Novembro).


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



MODERNISMO ARQUITECTÓNICO


A capital sulina marca um papel de acentuada relevância no

mundo edificado sob o signo da arquitectura moderna. É-o, de

modo próprio, graças à obra produzida pelo arquitecto Manuel

Gomes da Costa, nascido em Vila Real de Santo António e que, a

partir de 1953, se fixou em Faro.

Daqui que se revista de um significado muito próprio a

realização da «The Modernist Week» (Semana do Modernismo),

uma iniciativa dos cidadãos britânicos Christophe e Angélique, com

a colaboração do também inglês Richard Walker, vai decorrer na

«Cidade do Sul, do Sol e da Ria», entre 11 e 13 de Novembro.

É assim como que o arrancar, a par da manutenção e

valorização da «Faro Histórica», do «Faro, Cidade do Modernismo

Arquitectónico», que já o fora no início do século transacto a do

Literalismo Poético Modernista».

Esta «Semana» comporta visitas a casas privadas,

passeios, jantar turístico, e todo um vasto programa que tendo

Faro por cenário, evolui em torno do lembrado Arquitecto

Gomes da Costa, cuja obra se estende por mais de quatro

centenas de projectos erguidos por todo o Algarve, desde

moradias a unidades hoteleiras, de igrejas a estabelecimentos

escolares., entre os quais a famosa «Casa Gago», na Praceta

Coronel Pires Viegas (imediações do Mercado Municipal),

mandado edificar pelo Comendador Gago, um farense com

assinalado êxito empresarial na Venezuela e então (1950) era

conhecido por «Palácio de Vidro».

Manuel Gomes da Costa, nascido em Vila Real de Santo António

(1921) e falecido em Faro (2016), concluiu o curso de arquitectura

na Escola Superior de Belas Ares no Porto e viveu toda a influência

do modernismo através dos «Mestres» Óscar Niemayer, Courbusier

e Frank Wright. O jantar desta oportuna iniciativa terá lugar na


«Estalagem Aeromar», junto à ponte, na Praia de Faro, que é uma

das obras icónicas deste notável algarvio.

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



PROF. SAÚL DE JESUS, UM NOME QUE HONRA A TERRA - MÃE

Foi reeleito para um novo triénio como

Coordenador do Fórum Nacional de Psicologia o

notável olhanense Professor Doutor Saúl das Neves de

Jesus, «o que significa a confiança e o

reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Fórum

durante estes três anos».

Se a notícia empolga todos os «filhos de

Olhão» e aqueles que não o sendo dedicam efectiva

admiração pela «Cidade Cubista» ela representa o

pleno reconhecimento pela figura do cientista e

mestre.

Nascido em Olhão a 27 de Fevereiro de 1925,

aqui viveu e aqui sonhou. Um sonho que o levou ao

Doutoramento pela histórica e prestigiada

Universidade de Coimbra e a ver o seu honrado e

prestigiado noma a figurar, desde 2012, como

Representante em Portugal da icónica STAR (Stress

and Anxiety International Research Society) e a

figurar, desde 2011 no famoso livro dos mais famosos -

«Who Who the World».

Autor de mais de duas dezenas de livros

editados em 7 línguas o Prof. Dr. Saúl de Jesus,

catedrático da Universidade do Algarve, é um homem

da ciência e do saber, que a todos nos honra.

JOÃO LEAL

LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM



«ENCONTREI O AMOR ONDE MENOS ESPERAVA»

FÁTIMA LOPES

Conhecido nome da televisão portuguesa, onde é um elemento

de vanguarda na SIC, Fátima Lopes é também uma escritora de

assinalados méritos. Prova desta afirmação é o romance «Encontrei

o amor onde menos esperava», que já conheceu sete edições.

Trata-se de um regresso ao romance, na história de «uma

mulher em busca de um novo sentido de vida».

A obra de Fátima Lopes teve apresentação pública em Castro

Marim, em sessão promovida pelo Município Castromarinense e

pela Associação «Odiana».


«OS BALÕES QUE ME ENSINARAM A VER»

NUNO GARCIA LOPES


Na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, em Faro, foi

apresentado o livro do escritor Nuno Garcia Lopes, intitulado «Os

balões que me ensinaram a ver». Comportou o acto duas

apresentações, uma das quais dedicada aos mais novos e outra ao

público em geral.

O livro aborda a morte e a perda de familiares,

constituindo uma homenagem a sua falecida mulher. Com ela

(Helena Marques, «Lena», animadora num ATL de Tomar havia

escrito, em 1999, a quando do casamento a obra «O sonolento

hábito das coisas).

«Os balões que me ensinaram a ver» tem ilustrações de

Sara Brito e de Sylvie Lopes.


JOÃO LEAL

COSTELETAS QUE EU CONHECI



EDUARDO CONCEIÇÃO PIRES

Foi sempre igual a si mesmo até que as sequelas

de grave enfermidade o alteraram. Eduardo Conceição

Pires, o Pires como era por todos tratado, foi meu

colega na Escola Tomás Cabreira desde o 1º ano do

Curso Geral de Comércio até, incluindo às Secções

Preparatórias para os Institutos Comerciais. Mas pela

vida fora ficámos sempre muito amigos e confidentes.

O Eduardo nasceu em Olhão (8 de Dezembro de193,

Dia festivo de Nossa Senhora da Conceição, razão do

seu sobrenome), sendo ao longo da vida uma

referência da Cidade Cubista como desportista,

empresário, familiar e autarca. Foi eleito Presidente da

Assembleia Municipal de Olhão, nas primeiras eleições

livres e resistiu sempre a convites para prosseguir na

vida política. Recorda-nos o Eduardo, vindo para Faro

na automotora e sendo guarda redes de andebol e de

futebol da equipa escolar. Seria mais tarde um

valoroso basquetebolista e guardião da equipa

principal do seu clube de sempre, o Sporting Clube

Olhanense. Terminados os estudos ei-lo de ingresso ou

de regresso à Casa Pires, prestigiada loja de vestuário,

tecidos e outros produtos do ramo, fundada por seu

saudoso e benquisto pai, o sr. Pires. Sem qualquer

prurido era ver o Eduardo ao balcão, lado a lado com

os restantes e prestantes empregados ou, lá dentro,

nos escritórios desta referenciada casa comercial. Em

moço, como muitos outros olhanenses, passou pelo

histórico Grupo nº 6 de AEP (Associação dos

Escoteiros de Portugal). Fez parte dos corpos gerentes

de numerosas instituições recreativas, desportivas e

sociais, sempre com uma disponibilidade contagiante.

Faleceu na sua terra natal aos 80 anos (11 de

Fevereiro de 2014) e a sua morte causou uma onda de

verdadeiro pesar em Olhão.


Eduardo Conceição Pires, um amigo, um costeleta,

um cidadão, que recordamos com profunda saudade.


JOÃO LEAL

FALECIMENTO

 FALECEU A COSTELETA PROF. 

 MARIA MANUELA MANJUA AMARO NUNES


FALECEU NO BARREIRO, ONDE HÁ MUITOS ANOS RESIDIA,

A «COSTELETA» PROF. MARIA MANUELA MANJUA AMARO NUNES, DE 67 ANOS DE IDADE, PROFESSORA DO ENSINO BÁSICO, VIÚVA, QUE FREQUENTOU AS ESCOLAS TOMÁS CABREIRA E DO MAGISTÉRIO PRIMÁRIO DE FARO. NATURALDE FARO ERA MUITO ESTIMADA PELAS SUAS QUALIDADES E TESTEMUNHO DE VIDA.

À FAMÍLIA ENLUTADA AS NOSSAS CONDOLÊNCIAS.

          DESCANSA EM PAZ MANUELA

 NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO


Mais de mil milhões de euros foram gerados no alojamento turístico

algarvio de Janeiro a Agosto deste ano e mais de 3 milhões e 100

mil dormidas.

Portimão registou a presença de dois navios de cruzeiros. O

«gigante» «Carnival Pride», devido ao seu tamanho ficou ao largo

da Praia da Rocha. Veio de Gibraltar e seguiu para Lisboa. Ao cais

do Arade atracou o veleiro «Santa Maria Manuela vindo de Cádis e

seguindo para a capital. Naquele mesmo porto esteve o «Sirena«,

vindo com turistas americanos de Gijón e viajando para Lisboa.

Foi elaborado um protocolo entre a Escola Superior de Gestão

Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve e a EC Travel,

operador turístico sediado em Olhão de que é CEO o conhecido

«homem bom e do turismo» Eliseu Correia, visando a criação de

uma Bolsa de Estudo para 5 estudantes do Curso de Turismo que

tenham concluído o ensino secundário no Algarve.

Considerado o melhor projecto de turismo pelo «Expresso / SIC

Notícias» o «White Shell Beach Villas», investimento da Vanguard

Properties no valor de 24 milhões de euro, comportando 55 villas e

apartamentos.

A RTA e a AMAL realizaram na Escola de Hotelaria e Turismo, em

Faro, um seminário para apresentação do estudo «O Algarve

enquanto sustentabulity & smarts destinations».

Abrirá ainda antes do Natal o conhecido Café Calcinha, em Loulé,

tendo o concessionário que apresentar um programa de eventos

culturais.


JOÃO LEAL

v«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



«O ALGARVE EM FIOS DE HISTÓRIA»

RAMIRO SANTOS

O conhecido jornalista, Ramiro Santos, há muitas décadas

residente em Faro, ele que nasceu no Baixo Alentejo e viveu em

África, escreveu o magnífico livro «O Algarve em fios de História -

descobertas, encantos, amores e conquistas». Compõem o mesmo

um valioso conjunto de crónicas semanais insertas no semanário

tavirense «Postal do Algarve» e foi editado pela «Guerra & Paz».

Redactor da RDP Sul durante muitos anos Ramiro Santos foi

co-fundador da TSF e trabalhou na Lusa, sendo apontada «a rádio

como a sua casa primordial».

Trata-se de uma obra de grande valor literário e plena

actualidade, de há muito a pedir a sua edição em livro e

indispensável em qualquer «algarviana».


«DIREITO GUINEENSE DOS RECURSOS NATURAIS»

DR. DOMINGOS QUINDÉ

Na Biblioteca Municipal de Loulé foi apresentada a obra

«Direito Guineense dos Recursos Naturais», da autoria do Dr.

Domingos Quindé , ex-candidato à presidência da Guiné - Bissau

(2014) e Bastonário da Ordem dos Advogados. Trata-se de uma

obra em que as principais dimensões abordadas são a fauna, a

flora e o ambiente. O autor, licenciado em Direito pela Universidade

de Coimbra e Doutorado Honoris Causa pela Universidade

Internacional do Chipre, nasceu em Tande (Cacheu, 1961).


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



«FARENSES» QUE NÃO NASCERAM EM FARO

CANDEIAS NETO, 40 ANOS À FRENTE DA SANTA CASA


Nascido na «nobre vila» de Moncarapacho, reside em Faro, há mais

de meio século, o dedicado cidadão José Ricardo Candeias Neto, que

durante quatro décadas consecutivas, tem dirigido a maior obra assistencial

deste Concelho. Com efeito decorridos vão quarenta anos que este

«assumido moncarapachense» dirige com dedicação, empenho e diligência

a multi - secular Santa Casa da Misericórdia de Faro. Concluída a instrução

primária na Terra - Mãe, ei-lo a caminho do Seminário de São José, por

comprovada falta de inclinação vocacional e de «alergia» às restritas

normas que a preparação sacerdotal impunham. Fez-se á vida e pela

grandeza dos seus ideais e recordamos o que foi a sua presença no

Congresso Mundial da JOC (Juventude Operária Católica), com os

restantes membros da Delegação do Algarve - o Lopes Martins, o Espanha,

o Vitorino e o Sequeira, ouvindo as palavras do Pontífice de então, Pio XII.

Funcionário do Ministério do Trabalho e do Serviço Nacional de

Emprego, fez parte, em 1979, da Comissão Instaladora do Centro Regional

de Segurança Social. Desempenhou as elevadas funções de Director do

Centro de Emprego de Faro e de Coordenador Regional no Algarve do FSE

(Fundo Social Europeu).

O sempre lembrado Cónego Joaquim Jorge de Sousa foi o responsável

pela sua ida para a Misericórdia de Faro, vivendo quarenta anos já volvidos

esta «jornada marcante» para o Concelho. A Santa Casa é, para além da

maior organização assistencial na terra farense, com uma acção que se

estende a todos os escalões etários, desde a infância (creches, infantários), à

juventude (formação profissional) à Terceira Idade com vários lares na

cidade e na Torre Natal, para além da prestimosa e necessária Unidade de

Cuidados Intensivos, um dos maiores empregadores concelhio (duas

centenas de trabalhadores).

Candeias Neto, um «farense» não nascido em Faro que a Faro tem

prestado os mais relevantes serviços.

 NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO


Atingiu o dobro do previsto o produto da taxa turística cobrada pela Câmara

Municipal de Faro entre Outubro e Março, alcançando 1,5 milhões de euros. A

referida taxa é de 1,5 euros por cada noite.

Abriu ao público o Centro de Exposições da Fortaleza de Sagres e que mostra a

importância deste histórico local na História Mundial. O 1º andar do edifício é

destinado a exposições temporárias, havendo sido inaugurada com obras do pintor

farense Manuel Baptista.

Com a colaboração de vários voluntários o Zoo Marine (Guia / Albufeira)

promoveu a edição de 2022 da operação «Montanha Verde», no Campus das

Gambelas da Universidade do Algarve. Foram plantadas, desde 2016, mais de 126

mil árvores.

Foram seleccionadas para a edição de «Construir 22» que terá lugar no Teatro

Capitólio (Lisboa), no dia 21 de Novembro, as construções hoteleiras algarvias

White Shell e WAlgarve.

O complexo turístico Domus Lake Algarve (Vilamoura) venceu o «Prémio

Excelência», como o «melhor hotel europeu à beira de água», promovido pela

Condé Nast Joansons.

Estiveram atracados ao cais de Portimão os navios de cruzeiro «Europa» e

«Vasco da Gama», ambos alemães e com turistas desta nacionalidade. O primeiro

vinha de Sevilha e seguiu para Lisboa. O outro veio da capital portuguesa e rumou

a Cádis.

O Tribunal de Loulé deferiu a providência cautelar do PAN e travou a

construção das obras do empreendimento «Alagoas Brancas», no litoral de Lagoa.

Ainda que menor que a registada em 2019 a taxa de ocupação hoteleira no

Algarve e no mês de Outubro foi de 69,5%. As maiores subidas verificaram-se no

mercado irlandês (mais 1,2%) e português (mais 0,5%). Ao invés as descidas mais

acentuadas ocorreram com turistas da Alemanha (-3,7%) e da Grã Bretanha (-

0,8%).


JOÃO LEAL