VÍTOR SILVA, O CANTOR DA «DIÁSPORA», UM ARTISTA
FARENSE
Mais de 60 anos a contar em todo o Mundo, acreditando-se
mesmo que nenhum outro artista português haja actuado em
tantos países para as gentes da nossa diáspora. Aliás há alguns
anos um destacado órgão da comunicação social venezuelano
chamava-o de «A voz da Comunidade».
Nasceu e vive em Faro, terra que, não obstante ofensas
várias, lhe está sempre no coração, como «Terra Mãe». A
esporádica ida para Lisboa não lhe tocou e, segundo a nossa
opinião, o afectou sabido que estar na capital é caminho e meio
andado para a promoção. Os casos, em ambos os sentidos,
falam por si e comprovam a nossa opinião.
Conhecemo-lo desde sempre e quando morava ali na Rua
Brito Cabreira, dotado de um espírito criativo e empreendedor,
vencendo todos os obstáculos, á excepção daquele sempre
certo «Na sua terra ninguém pode ser profeta». «Um canto ao
Algarve, a minha terra» é um testemunho admirável de quanto
Vítor Silva, ama esta «terra do Sul e do Sol».
Desde cedo conheceu o êxito, vencendo, aos 16 anos, no
Pavilhão dos Desportos, em Lisboa o concurso promovido pela
RTP (a preto e branco) «Vedetas precisam-se», o que lhe valeu
ser então «O eleito da semana».
Quem não sabe entoar «A lagartixa», que conquistou o
público e o «Disco de Ouro»? Aliás várias são as distinções
alcançadas, merecidamente, pelo Vítor Silva - «Medalha da
Cidade de Faro (1991), «Caravela de Prata» (Estados Unidos da
América), «Medalha de Oiro» (Comodoro Rivadavia - Argentina),
etc. Mas mais que galardões e distinções o sempre acolhimento
fraterno das comunidades por esse mundo em fora (Argentina,
Brasil, Venezuela, Estados Unidos, Japão, Austrália, África do
Sul, França...).
E a vida da artista prossegue-se, dando-se a cada
instante, em todo o instante. Temos diante de nós o CD, editado
há poucos meses, «Infelizmente nada disto é ficção», com 18
poemas e músicas do artista farense onde este mundo, o nosso
mundo é passado, nas excepcionais temática de: Mandela,
Tarrafal, Anne Frank, Guernica, Deus não passou por aqui,
Chorando por Mariupol, As mães da Praça de Maio, Dançando no
Inferno....Sem apoios nem subsídios a edição deste «grito de
humanidade» dá-nos o retrato de Vítor Silva, o artista farense.
Frank