sexta-feira, 2 de junho de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



VÍTOR SILVA, O CANTOR DA «DIÁSPORA», UM ARTISTA

FARENSE


Mais de 60 anos a contar em todo o Mundo, acreditando-se

mesmo que nenhum outro artista português haja actuado em

tantos países para as gentes da nossa diáspora. Aliás há alguns

anos um destacado órgão da comunicação social venezuelano

chamava-o de «A voz da Comunidade».

Nasceu e vive em Faro, terra que, não obstante ofensas

várias, lhe está sempre no coração, como «Terra Mãe». A

esporádica ida para Lisboa não lhe tocou e, segundo a nossa

opinião, o afectou sabido que estar na capital é caminho e meio

andado para a promoção. Os casos, em ambos os sentidos,

falam por si e comprovam a nossa opinião.

Conhecemo-lo desde sempre e quando morava ali na Rua

Brito Cabreira, dotado de um espírito criativo e empreendedor,

vencendo todos os obstáculos, á excepção daquele sempre

certo «Na sua terra ninguém pode ser profeta». «Um canto ao

Algarve, a minha terra» é um testemunho admirável de quanto

Vítor Silva, ama esta «terra do Sul e do Sol».

Desde cedo conheceu o êxito, vencendo, aos 16 anos, no

Pavilhão dos Desportos, em Lisboa o concurso promovido pela

RTP (a preto e branco) «Vedetas precisam-se», o que lhe valeu

ser então «O eleito da semana».

Quem não sabe entoar «A lagartixa», que conquistou o

público e o «Disco de Ouro»? Aliás várias são as distinções

alcançadas, merecidamente, pelo Vítor Silva - «Medalha da

Cidade de Faro (1991), «Caravela de Prata» (Estados Unidos da

América), «Medalha de Oiro» (Comodoro Rivadavia - Argentina),

etc. Mas mais que galardões e distinções o sempre acolhimento

fraterno das comunidades por esse mundo em fora (Argentina,

Brasil, Venezuela, Estados Unidos, Japão, Austrália, África do

Sul, França...).

E a vida da artista prossegue-se, dando-se a cada

instante, em todo o instante. Temos diante de nós o CD, editado

há poucos meses, «Infelizmente nada disto é ficção», com 18

poemas e músicas do artista farense onde este mundo, o nosso

mundo é passado, nas excepcionais temática de: Mandela,

Tarrafal, Anne Frank, Guernica, Deus não passou por aqui,


Chorando por Mariupol, As mães da Praça de Maio, Dançando no

Inferno....Sem apoios nem subsídios a edição deste «grito de

humanidade» dá-nos o retrato de Vítor Silva, o artista farense.


Frank

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