segunda-feira, 19 de junho de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



NA MORTE DE ANÍBAL GUERREIRO («NABINHO»)


Ainda teve a grata alegria de ver o seu clube de sempre, o Sporting

Farense, que serviu com denodada dedicação, regressar à Divisão Maior.

Faleceu às primeiras horas do último Sábado, aos 90 anos de idade, pois

nascera em Faro (o que era um dos seus títulos de orgulho) a 15 de Novembro

de 1922. Com a sua morte desaparece um dos últimos ícones do Algarve e da

sua capital. Aníbal de Sousa Guerreiro, sócio nº 1 dos «Leões de Faro», tal

como de outras colectividades, foi um empresário de êxitos (grupo

Fiaal/Pontautos, que seu pai, o sempre lembrado Aníbal da Cruz Guerreiro fora

um dos fundadores). Medalha de Ouro da Cidade de Faro (2008) foi, anos

sucessivos), vice - presidente e responsável da Secção de Futebol do Farense,

cuja equipa fez subir à I Divisão, pela vez primeira, na temporada de 1969 / 70.

Destacado columbófilo, foi dos mais notáveis portugueses nesta modalidade,

deixando ainda o seu honrado e estimado nome ligado a outras modalidades.

Benemérito, presidiu, anos após anos, à Assembleia Geral do Instituto D.

Francisco Gomes (Casa dos Rapazes).

Homem de trato fácil e amigo, era um apaixonado pela Terra - Mãe, vivendo

com raro entusiasmo quanto se referisse a Faro. Nas comemorações do 111º

aniversário do seu Farense viu ser dado à bancada central do mítico Estádio de

São Luís, agora a assinalar o Centenário, ser chamada de Aníbal da Silva

Guerreiro, para todos, com respeito, carinho e admiração, conhecido apenas

pelo «Nabinho».

Faleceu, mais um amigo de peito, daqueles cujo deixar a vida, nos dói

profundamente, porque o «Nabinho» era mesmo um amigo de peito.

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