sábado, 22 de abril de 2023

 "Quando a poesia acontece"- dia 10 de Maio

Elos Faro elosfaro@jlcampos.net

sexta, 21/04, 22:20 (há 20 horas)
 para Elos
Data: Faro, 21-04-2023

De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Estimados Amigos e Companheiros,

No próximo dia 10 de Maio, quarta-feira, pelas 17,30h,
"Quando a poesia acontece", na Biblioteca Municipal de Faro,
sob o tema:

Homenagem a Joaquim Pessoa, recentemente falecido.

 " Nada como o teu abraço, esse sorriso que permanece brilhando nos
 meus músculos"

 - Joaquim Pessoa

 * Poesia embalada pela voz de Rosinda com música de Luciano Vargues

Espero por vós.

Cordiais saudações elistas.

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



O CORETO QUE URGE RESTAURAR


É um dos ex-libris da capital sulina e ícone desta cidade à beira - Ria plantada.

Desde centro este espaço citadino o foi de assinalada importância, havendo

testemunhos coevos que já o seria no princípio da ocupação cristã. Foi -o sempre pois

ainda antes do século XVII já ali se erguiam os importantes edifícios do Hospital e da

Capela da Misericórdia.

Na reunião da Câmara Municipal realizada e 13 de Julho de 1893 foi tomada a

deliberação de «consultar as duas fábricas mais acreditada do País solicitando

desenhos de coretos de ferro...». A única resposta veio da acreditada Companhia

Aliança, do Porto, iniciando-se, muito provavelmente a sua edificação no ano seguinte

(1 894), destinando-se o mesmo, como assinala o douto farense Prof. Doutor Francisco

Lameira («Edificações Notáveis de Faro», Câmara Municipal, 1997») «para

apresentação de bandas e concertos musicais)».

Co um estilo de arquitectura civil oitocentista, tem planta centralizada octogonal,

com parapeito gradeado e cobertura piramidal. Foi instalado na «Praça da Rainha», em

homenagem à soberana D. Amélia de Orleães, esposa do Rei D. Carlos, que então

visitavam o algarvio. Isto nos finais do século XIX, quando já ali se erguia o «Jardim do

Bacalhau», actual «Jardim Manuel Bivar», nome que lhe era dado pela semelhança

geométrica com o saboroso peixe do Atlântico Norte tão apreciado das nossas gentes.

O seu actual nome constitui uma homenagem ao ilustre farense que foi Manuel de

Bivar Gomes da Costa Weinholtz (político, engenheiro agrónomo, reitor do Liceu, vice -

presidente do Município e grande benemérito, nascido a 5 de Janeiro de 1860 no

ribeirinho Palácio Bivar). Tem sofrido alterações ao longo dos tempos entre as quais a

belíssima «calçada á portuguesa», com um desenho da autoria do artista farense

Roberto Nobre, referente aos Descobrimentos.

Mas o Coreto, voltando ao tema central desta «Crónica de Faro», necessita de há

anos de ser restaurado. Vedado para o efeito o está há muito, muito tempo...Mas as

obras tardam e impõem-se com evidente urgência, como o exigem o próprio Coreto e

a memória das gentes farenses, que ainda se lembram dos concertos pela Bandas

Regimentais, da Legião e do «Sport Lisboa» e de alguns maestros entre os quais

Herculano Rocha.

No espaço interior do futuro renovado Coreto deve aproveitar-se para nele serem

construídas instalações sanitárias, bem necessárias naquela movimentada zona da

baixa de Faro.