quarta-feira, 15 de março de 2023

«CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE»



«DIA DE LUTO»


Assumimos como nossas, com inteira responsabilização as palavras certas

e objectivas, ditas pelo dedicado Presidente do Sporting Clube Olhanense,

Isidoro de Sousa. Foi no final do encontro jogado em Marvila, contra o

«Oriental Dragon», com derrota dos algarvios por um tento solitário. A quatro

jornadas do final da sua participação os «negro-rubros» viram-se relegados

para os Campeonatos Regionais na próxima época, o que nunca acontecera

ao mais representativo clube algarvio (Campeão de Portugal em 1923 / 24) ao

longo do seu brilhante historial desportivo e social de 111 anos. Sucedera

ocasionalmente e por via do regulamento então em vigor, que a tal obrigava, na

década de 40do século passado.

Já decorreram semanas desde que aqui publicámos o texto «Quo vadis,

Olhanense?» chamando a atenção para a comprometedora posição

classificativa. O «não desejado» aconteceu e eis o «glorioso» Olhanense

relegado para o derradeiro escalão, se bem que o primeiro a nível regional - o

Campeonato Distrital da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Algarve.

Não é inédito no futebol algarvio pois o mesmo já aconteceu a outros dos

«históricos clubes que passaram pela Divisão Maior (Farense, Lusitano de Vila

Real de Santo António, etc.). Mas trata-se, como dizia o Presidente de um «Dia

de Luto» não apenas para o Olhanense mas para o Algarve Desportivo em

geral. A todos nos toca esta indesejada descida!

Preciso é agora, como o foi sempre ADN das gentes de Olhão não enterrar

«a cabeça na areia». Encarar o, infelizmente, acontecido. Resolver e tomar as

mais convenientes opções e vamos lutar para colocar o Sporting Clube

Olhanense no lugar a que o seu historial faz jus.


JOÃO LEAL

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»


«FÉRIAS DE AGOSTO»


DR. EURICO GOMES

«Esta gente que me rodeia é igual a mim», escreveu recentemente, em

«Jornal do Algarve», no seu pedagógico e sempre desejado espaço «Simples»,

o conceituado médico dr. Eurico Dias Gomes, um dos nomes maiores em

diabetologia Europa em fora.

E foi essa mesma gente, «igual a mim» que, afectivamente o rodeou ali no

acolhedor «David», paredes meias com o Mercado Municipal, para a

apresentação do seu novo livro «Férias de Agosto». É o Minho (Minho, verde

Minho, como diz o poema), sua sempre saudosa região onde nasceu, que vem

até nós, em cada crónica acontecida.

O Neiva, Fão, as suas neblinas com um vasto sentido evocativo, a

colarem-se a nós, como se lá estívessemos naquelas manhãs nevoentes,

mesmo em pleno Agosto. É extraordinário o poder descritivo deste médico -

escritor, na senda de outros clínicos que esmaltam a literatura portuguesa -

Adolfo Rocha (Miguel Torga), Fernando Namora, o algarvio Emiliano da

Costa e tantos mais.

Com preciosas gravuras ilustrativas do artista José Maria Oliveira

(outro nortenho, que em boa hora veio até ao Sul), um criador de

imagens apropriadas que mostra, uma vez mais manejar o lápis ou o

pincel com a mesma facilidade e a mesma maestria com que dedilha os

«fados de Coimbra»,

O livro «Férias de Agosto» é autenticamente o ter o inolvidável

prazer de entrar em conversa com o dr. Eurico Gomes, cuja simplicidade

e partilha nos emocionam. Lê-se página após página e quando

chegamos à derradeira frase («E partiu».), partimos também trazendo-

nos agarrada «Cada ser, cada forma, cada nuvem, eram apenas esse

mesma ser, essa mesma forma, essa mesma nuvem...).

Durante a apresentação da obra entoou algumas canções coevas

com estas «Férias de Agosto» e com a maestria e poder de

comunicabilidade como ele é mestre, o Afonso Dias, um «peregrino

romeiro da arte de cantar em toda a parte».


«ESTAR PRESENTE»

CARLOS BRITO

Foi no Clube Farense, em plena «calle mayor» da capital sulina, que o

escritor, político («deputado honorário» e secretário geral do PC, candidato à

Presidência da República havendo desistido a favor do Gen. Ramalho Eanes) e

uma das mais destacadas figuras cívicas da vida algarvia, Carlos Brito

apresentou o seu último livro - «Estar Presente».

A apresentação esteve confiada ao escritor «Prémio Leya» Arq. José

Carlos Brito, que dissertou sobre o autor e a obra editada pela «Lápis de

Memórias».

Natural de Lourença Marques (hoje Maputo), viveu desde criança em

Moçambique, sua casa após deixar a vida política.

A apresentação decorreu no «Dia Mundial da Poesia» (21 de Março).


«PRINCESAS MÁGICAS»

BEA CABRITA

Oito anos, poucos mais do que os dedos de uma mão Beatriz Silvestre

Cabrita («BEA CABRITA»), natural de São Bartolomeu de Messines

apresentou o seu primeiro livro, tal como a autora um livro infantil.

«Princesas mágicas» se chama e teve apresentação pública na Biblioteca

Municipal Lídia Jorge, em Albufeira.

Longa vida e muitos sucessos literários e outros para a moça escritora

messinense.


JOÃO LEAL