domingo, 23 de julho de 2023

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



«CAPITAL MOTARD DA EUROPA»


A partir de 20 do corrente (5ªfeira) e até Domingo (24) Faro

é, uma vez mais, a capital europeia dos motards, com a

realização da 41ª edição da «Concentração Internacional de

Motos».

Ali, no Ludo, o dinâmico Moto Clube de Faro, a que preside

com dedicação e empenho, essa figura icónica que é o José

Amaro, vai receber cerca de 20 mil participantes na que é uma

das mais cotadas manifestações que, no seu género, se

realizam.

Provenientes de quase todos os países europeus, os

motociclistas vêm também de outras partes do Mundo,

conferindo a esta reunião, um cunho universal.

É um evento não só da maior importância para a capital

sulina, como para todo o Algarve até o País, pelo volume de

receitas envolvidas.

Ao após ano, não obstante as conhecidas dificuldades de

que as limitações do terreno figuram em lugar destacado, os

motards vêm até ao Sul da Europa, para participarem num

evento que, ao fim e ao cabo, a todos nos importa.

Aquele desfile de despedida, na manhã de Domingo,

proporciona uma imagem e lembrança e única e imperdível.

Daqui, desta coluna em que trazemos Faro nas suas

vertentes, há dezenas de anos, saudamos o Moto Clube e todos

os participantes nesta mediática «Concentração Internacional».

, ,CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


«FAMÍLIA ALGARVIA»


Foi um dos momentos de mais relevante sensibilidade e emotividade

aquele em que a Dra. Elsa Vaz (filha do artista e professor Isolino Vaz e

presidente da Associação que ostenta o nome deste mestre do neorealismo)

ofertou ao Município de Faro e, portanto, a todo o concelho farense, cujo

património, no que a obras de arte respeita, muito veio enriquecer, o óleo

intitulado «Família Algarvia».

Aconteceu durante a apresentação no Museu Municipal do catálogo

«Isolino Vaz, um homem diferente», que contou com diversos apoios e

parcerias e culmina as comemorações, de modo especial a exposição que ali

esteve patente, do 1º centenário do nascimento do artista, ocorrido em Vila

Nova de Gaia, em 1922.

Pedagogo (Porto, Lisboa, etc.), pintor, escultor, ceramista, medalhista,

vitralista e tudo o mesmo em que na Arte, que em si mesmo encarnava, criou

uma forte paixão pelos areais da Faro insular, quando em meados da década

de 60 do século passado «descobriu» esse paraíso natural que era a Ilha do

Faro . Ali fez longas temporadas, admirando desde a placidez das águas

oceânicas do Mar Atlântico ou da Ria Formosa, a toda a paisagem do lado

terrestre, com Olhão, Faro, o Serro de São Miguel e todo o mais, num cenário

de fundo de rara magia e suave encanto.

Apaixonou-se pela ponte meridional do continente português e pelas

suas gentes que pintou, divulgou e comungar neste «homem diferente». Foi até

à década de 90 (Isolino faleceu em Lisboa, no Hospital da Cruz Vermelha, a 21

de Julho de 1992) que este nortenho / farense viveu e fez-se «irmão» da Ilha

do Farol.

Uma paixão que deu telas, desenhos, promoção e querer por este

neorrealista inconformado que, por exemplo, num dos seus magníficos auto -

retratos nos aponta o dedo não é acusatório mas um convite a entrar no mundo

fraterno por ele criado e vivido.

Quando admiramos as obras pictóricas de Mestre Isolino ocorre-nos de

imediato, todas essas figuras criadas pelo nosso Assis Esperança, nos seus

romances, como «Servidão» ou «Fronteiras». É o mesmo homem que nos

saúda, interroga e nos penetra, como acontece nesta «Família Algarvia».

LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM

 LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM


«LETRAS ROLANTES»

CARMINDO DE CARVALHO

Na Biblioteca Municipal de Lagoa foi apresentado o livro «Letras Rolantes

da autoria do escritor Carmindo de Carvalho. O autor, que vive naquela cidade

algarvia, é autor de onze obras, desta feita numa compilação de poesia e

prosa. Carmindo de Carvalho nasceu em Moimenta da Beira (1955) e foi

emigrante na Suíça. A apresentação foi confiada a David Roque.


«A BATALHA DE ALJEZUR - FACTOS E HISTÓRIAS DA II

GUERRA MUNDIAL»

JOSÉ AUGUSTO RODRIGUES

Numa edição da Âncora Editores veio a lume a 5ª edição do livro

«A Batalha de Aljezur - Factos e Histórias da II Guerra Mundial», da autoria de

José Augusto Rodrigues. A obra assinala o 80º aniversário da histórica batalha

aérea travada entre a Alemanha e a Inglaterra na Costa Vicentina e durante a II

Grande Guerra (1939/45). Nela morreram onze aviadores alemães que estão

sepultados no Cemitério de Aljezur.


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



SERVIR: UM TESTEMUNHO DE VIDA!


Teresa de Ávila, cujo pensamento preenche todo um tempo e se projecta

pelos séculos disse: «Quem não vive para servir, não serve para viver».

A frase mediática da santa espanhola adapta-se, na íntegra à saudosa

amiga, que há dias nos deixou e que, por todos, era afectivamente tratada por

«Dona Clô». Estava a dois passos do centenário de vida, toda ela dedicada a

estar à disposição dos outros.

D. Clotilde Inácia, de seu nome autêntico, nascera em São Bartolomeu de

Messines há 99 anos, era viúva e estava de há muito aposentada como auxiliar

administrativa da Câmara Municipal de Faro. Aqui a sua amizade para todos e

com todos revelou-se de uma forma especial criando sucessivas e continuadas

gerações de amigos. Era no «bar da autarquia», a quando dos breves minutos

de descanso, que a D. Clô distribuía nos cafés, nos chás (de bela luísa) e

quejandos que praticava toda a sua fraterna estima.

Foi-o também no Clube Farense, a que prestou dedicadamente relevantes

serviços, mormente na cobrança das entradas e na Ordem Terceira de S.

Francisco, de que era devotada membro, sobretudo na recolha das esmolas

durante as celebrações eucarísticas

Havia sempre na Dona Clotilde um sorriso acolhedor e fraterno que nos

enchia a alma e nos enchia de amizade.

Partiu a D. Clô, uma vida preenchida a servir, num testemunho exemplar de

vida autêntica, sem protagonismos nem os encómios estridentes.

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



SERVIR: UM TESTEMUNHO DE VIDA!


Teresa de Ávila, cujo pensamento preenche todo um tempo e se projecta

pelos séculos disse: «Quem não vive para servir, não serve para viver».

A frase mediática da santa espanhola adapta-se, na íntegra à saudosa

amiga, que há dias nos deixou e que, por todos, era afectivamente tratada por

«Dona Clô». Estava a dois passos do centenário de vida, toda ela dedicada a

estar à disposição dos outros.

D. Clotilde Inácia, de seu nome autêntico, nascera em São Bartolomeu de

Messines há 99 anos, era viúva e estava de há muito aposentada como auxiliar

administrativa da Câmara Municipal de Faro. Aqui a sua amizade para todos e

com todos revelou-se de uma forma especial criando sucessivas e continuadas

gerações de amigos. Era no «bar da autarquia», a quando dos breves minutos

de descanso, que a D. Clô distribuía nos cafés, nos chás (de bela luísa) e

quejandos que praticava toda a sua fraterna estima.

Foi-o também no Clube Farense, a que prestou dedicadamente relevantes

serviços, mormente na cobrança das entradas e na Ordem Terceira de S.

Francisco, de que era devotada membro, sobretudo na recolha das esmolas

durante as celebrações eucarísticas

Havia sempre na Dona Clotilde um sorriso acolhedor e fraterno que nos

enchia a alma e nos enchia de amizade.

Partiu a D. Clô, uma vida preenchida a servir, num testemunho exemplar de

vida autêntica, sem protagonismos nem os encómios estridentes.

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

  CRÓNICA DE FARO

JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


SERVIR: UM TESTEMUNHO DE VIDA!


Teresa de Ávila, cujo pensamento preenche todo um tempo e se projecta

pelos séculos disse: «Quem não vive para servir, não serve para viver».

se mediática da santa espanhola adapta-se, na íntegra à saudosa

amiga, que há dias nos deixou e que, por todos, era afectivamente tratada por

«Dona Clô». Estava a dois passos do centenário de vida, toda ela dedicada a

estar à disposição dos outros.

D. Clotilde Inácia, de seu nome autêntico, nascera em São Bartolomeu de

Messines há 99 anos, era viúva e estava de há muito aposentada como auxiliar

administrativa da Câmara Municipal de Faro. Aqui a sua amizade para todos e

com todos revelou-se de uma forma especial criando sucessivas e continuadas

gerações de amigos. Era no «bar da autarquia», a quando dos breves minutos

de descanso, que a D. Clô distribuía nos cafés, nos chás (de bela luísa) e

quejandos que praticava toda a sua fraterna estima.

Foi-o também no Clube Farense, a que prestou dedicadamente relevantes

serviços, mormente na cobrança das entradas e na Ordem Terceira de S.

Francisco, de que era devotada membro, sobretudo na recolha das esmolas

durante as celebrações eucarísticas

Havia sempre na Dona Clotilde um sorriso acolhedor e fraterno que nos

enchia a alma e nos enchia de amizade.

Partiu a D. Clô, uma vida preenchida a servir, num testemunho exemplar de

vida autêntica, sem protagonismos nem os encómios estridentes.

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



AQUELA «BANQUINHA»


Era-o mesmo uma «banquinha», recheada de bocas cava a terra,

camarões da ria, santolinhas, caranguejos, burriés, ovas secas de polvo e todo

um mundo de sabores que atraíam meio Algarve aquele bocado de Olhão,

porta de entrada na Barreta.

Situava-se na Praça Patrão Joaquim Lopes, frente ao ícónico edifício da

antiga Alfândega e da «Barra Nova», a típica taberna olhanense que meio País

conhecia.

Junto à «banquinha», uma espécie de caixa de transporte de peixe, em

madeira, um mariscador, cujos traços fisionómicos marcavam, uma vez mais, a

ascendência magrebina de grande parte das «nossas gentes» e que, nos

canais, sapais e águas da fronteiriça Ria Formosa, fizera a sua maré

apanhando estes produtos. A «Barra Nova», onde conhecemos o sempre

saudoso e acolhedor, mais tarde, prestigiado advogado, o dr. João Ladeira,

nunca devia ter desaparecido. Fazia parte da memória de Olhão, tal como os

vizinhos «Portas de Ferro» ou a «Casa Pires».

Depois, lá dentro, eram os reservados ou o balcão corrido e um chão

sempre coberto de serradura para absolver o que não era desejável. Petisco

haviam-no sempre, mas eram os adquiridos na tal «banquinha» que ganhavam

a preferência.

Recordações de uma Olhão, que saudosamente recordamos e já não

existe!

 TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA


Os CTT editaram dois selos alusivos à «Dieta Mediterrânica», nos valores de

0,80 («Arjamolho») e de 1,15 euros («Doces Algarvios») com uma toragem de 75 mil

exemplares.

Nuno Fazenda, Secretário de Estado do Turismo, presidiu em Monchique à

apresentação do Programa «Roteiro - + Turismo Interno».

A Câmara Municipal de Tavira promove o concurso fotográfico «Turismo

Verde», cujos trabalhos devem ser entregues até 30 de Agosto. A proclamação dos

vencedores (existe um prémio pecuniário de mil euros) será 27 de Setembro (Dia

Mundial do Turismo).

Foi criada pela Flexibus (transportadora alemã de expressos) uma ligação

nocturna entre o Algarve e Lisboa, Coimbra, Porto e Braga. Os 750 klms. serão

percorridos em 8 hora, havendo dois motoristas para garantir uma maior segurança.

A AEHTA (Associação das Empresas de Hotelaria e Turismo do Algarve,

organiza na sua sede em Albufeira, no dia 27 de Julho, uma homenagem ao dr. João

Fernandes, presidente cessante da RTA.

A Região de Turismo do Algarve editou um catálogo relativo ao «Turismo

criativo». Foram definidos 20 locais para um contacto dos turistas com a culinária e

o artesanato algarvios.


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


OS «MUPIS» E SUA ACTUALIZAÇÃO


Constituem hoje uma valiosa e popular peça do mobiliário informativo

urbano. Vimo-los não apenas nas ruas e praças, como nos centros comerciais,

aeroportos, gares, etc., em locais onde é grande a concentração humana ou

constante a passagem de pessoas e veículos.

Tem como principais funções o informar ou a promoção comercial.

A palavra trata-se de um acrónimo do original francês significando «material

urbano para informação».

São dotados, em geral, de dupla face, constituídos por um painel urbano

vertical, mais alto do que largo, muitas vezes com iluminação interior, havendo-

os, para além dos estáticos clássicos, também interactivos, digitais, etc.

Os «mupis» foram registados, pela primeira vez em França (1977), por

Jean Claude Decaux, dirigente da conhecida empresa de publicidade, com

presença, um pouco por todo o Mundo, inclusive no Algarve, onde adquiriram a

Centeco, de há muito sem actividade.

Em Faro são vários os painéis existentes e cremos, de acordo com as

condições de autorização do Município, uma das faces (geralmente a virada

para o exterior) destinada a publicidade comercial e a outra utilizada ou cedida

a sua utilização pela Autarquia.

Até aqui tudo correcto e com visível interesse citadino. Só que a face dos

«mupis» utilizada pela Câmara Municipal ou por ela cedida a outros

(normalmente instituições culturais) não é actualizada, de acordo com tempos

desejáveis. Longos são os meses volvidos entre o evento promocionado e o

dia em que nos encontramos.

Um senão a pedir a intervenção de quem de direito, esta dos «atrasados»

neste mobiliário urbano existente na

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


UM PRÉDIO ICÓNICO

Trata-se de um imóvel, pela sua singular arquitectura, o existente no

gaveto das Ruas do Alportel e da Cruz das Mestras. Singular na verdade atrai

pelas suas linhas e multiplicidade usos que o vai da habitação (1º andar de

«quatro águas) à existência de uma unidade de panificação, a «Padaria do

Largo de São Pedro» e que outrora, quando havia o poço fronteiro, se chamou

de «Padaria Lisbonense». Recordo-me das letras que identificavam o negócio,

artisticamente pintadas, como era uso na época, por esse genial artista, que foi

o pintor Artur Costa. Era o popular e aplaudido «Charlot» que, no Carnaval,

alegrava as ruas de Faro, com a sua impecável imitação do Charles Chaplin.

O conjunto dispõe ainda de alta chaminé, por onde saem os fumos dos

fornos e à entrada um artístico painel de azulejos em honra de São Gonçalo de

Lagos, cujo culto teve um grande dinamizador na pessoa do saudoso Coronel

Eng. Sande Lemos, o benemérito farense, que foi proprietário do imóvel em

referência.

De há tempos a esta parte ostenta o letreiro «Vende-se», o que é um

direito pleno dos seus actuais proprietários, creio que a benemérita e

respeitada Família Aboim Ascensão / Sande Lemos. Até aqui tudo normal não

fora o pouco cuidado aspecto do imóvel, situação aceitável para a situação de

venda em que se encontra.

O nosso receio, apenas e só motivados pela defesa do património

farense, reside no futuro a que se reserva para o imóvel. Será para construir

mais betão, como aconteceu com o seu vizinho do lado.

Dadas as suas características e o que representa para a cidade,

sugere-se a sua aquisição pelo Município, dado que usos não lhe faltam e a

plena preservação da sua arquitectura.