segunda-feira, 22 de junho de 2020

POSTAL ILUSTRADO - DESPORTO 1933/34

Clica sobre a foto para aumentar
Uma lembrança de Roger (para continuar com a série guardada por Franklin Marques)



Aconteceu a 21 de Maio e eu estive a assistir a um webinar sobre o assunto, feito por uma pessoa na qual confio plenamente,

(Ahhhh, o que é isto? A Margarida agora fala de Astrologia? Confesso que não percebo nada do assunto, embora há muito tempo me interesse sobre o mesmo – e não, não estou a falar das “previsões” que vêm nas revistas... – porém, algumas circunstâncias à minha volta levaram-me a tomar a decisão de aprender a falar “astrologuês” ou “zodiaquês”, como preferirem.)

Voltando à Lua Nova!

Lua Nova!

webinar foi muito mais do que isso, foi, também uma verdadeira reflexão sobre o que se está a passar, neste momento, não só à nossa volta, como em todo o mundo. Refiro-me, obviamente, à pandemia provocada pelo Covid 19 e que está a deixar cidades vazias, silenciosamente pesadas e hospitais cheios à beira do abismo.

Esta imposição para ficar em casa é má. Por muitos motivos é! Não há como o negar. E irá ter consequências nefastas em diversas áreas da sociedade. Estou, agora a olhar para o copo meio vazio que tenho na minha frente, por isso, decido e vou buscar um copo mais pequeno, verter nele toda a água e passo a olhar para um copo totalmente cheio.

Ficar em casa pode ser visto como um convite do Universo a olharmos para dentro de nós: o que nos move, quem somos, que medos temos, que assuntos temos por resolver... é um ficar dentro da nossa própria casa, que é como quem diz, no nosso corpo e na nossa mente. É ir às raízes emocionais, cuidar delas e renascer. A vida lá fora corre tão depressa e a um ritmo tão alucinante, que a nossa realidade chega a ser alucinada, e não temos tempo para nada. Chegou a altura!

Pelo que percebi, há uma conjugação de planetas no céu, no signo de capricórnio, que desencadeou tudo o que estamos a vivenciar e que veio mexer com as estruturas externas – a sociedade tal como a conhecíamos não voltará a ser a mesma. Está a ser-nos dada a hipótese de criar uma realidade. Provavelmente haverá quem se queira manter no mesmo lugar, mas essa realidade, que ontem era uma verdade absoluta, amanhã estará noutra dimensão. Não há volta a dar.

Todas as estruturas, tudo aquilo que tínhamos como dado adquirido está a ser agitado e isso vai mexer com a nossa (sensação) de segurança e daí o tal convite à introspeção, à viagem às nossas raízes e a cuidar delas. Não é o que fazemos com uma planta quando ela está moribunda? Cortamos-lhe as folhas para que a vitalidade da raiz não se perca na totalidade, e passado algum tempo uma nova planta nascerá da terra. Como disse a Vera, há que construir a nossa casa, curar o que está doente para podermos sobreviver.

A nossa urgência será fazer renascer o coletivo, mas não nos podemos direcionar para ele sem que, em primeiro lugar, saibamos e conheçamos a nossa individualidade. A essência de cada um de nós. Cada um de nós tem algo de especial com o qual poderemos contribuir para o grupo, mas só depois de o conhecermos. O que está a ser pedido é que fiquemos connosco para curar os nossos medos, as nossas tristezas, as nossas angústias. Vamos descobrir o sol que temos dentro de cada um de nós.

(Calma, pessoal, eu “não vi a luz” nem me virei para o “espiritualinho” que usa a palavra “grata” e “gratidão” como se estivesse a pedir uma sande e um galão ao balcão de um qualquer café)

Vamos aprender a  lidar com a responsabilidade – primeiro comigo e depois com a sociedade. Pelos vistos este processo teve início em 2008 – lembram-se da infortunada crise que a todos nos tocou? – quando Plutão entrou em Capricórnio.

Como já foi dito anteriormente, estar fechado dentro de casa não é fácil e é com ligeireza que nos escapamos ao estar connosco – temos, para o bem e para o mal, muitas distrações: as redes sociais, as séries da moda e toda uma panóplia de coisas que nos afastam o pensamento de nós próprios. Não, isto não se trata de egoísmo, nem de egocentrismo – isso é totalmente diferente! Aproveitemos este tempo para nos “desligarmos” do exterior e nos “conectarmos” com o nosso eu para nos começarmos a curar – não fiquemos à espera que passe, como se estivéssemos distraídos numa estação de metro. É que logo de seguida não virá nenhum comboio... Se é isso que fizermos, as feridas – mais ou menos abertas – continuarão lá e nunca serão saradas. Posso dizer-vos que tenho algumas abertas, mas que por já as ter identificado, já iniciei o meu looonnnngo caminho de cura.

Tudo o que se passa fora de mim, passa-se dentro de mim. É o efeito espelho. Se algo ou alguém me irritam ou me desconcertam, o que é que está avariado dentro de mim? Olhem que isto não é fácil. Durante muito tempo neguei esta teoria, até que aos poucos fui descobrindo o porquê de algumas birras, dores, atos.

A chegada de uma Lua Nova representa uma nova energia, que ao longo do ano vai passando de signo em signo, cada qual com as suas características. E é nesta altura que devemos iniciar um processo de renascimento, colocando as nossas intenções – nunca esquecendo de agradecer por tudo o que já conquistámos e deitar fora o que já não nos faz falta.

Lua Nova em Carneiro – a tal que chegou a 21 de Maio – representa libertação: de raiva, de incapacidade de estabelecer fronteiras, de impulsividade; mas também representa constru-ção: pioneirismo, iniciativa, ação direta e concreta, coragem - que é como quem diz "ação" (agem) vinda do interior, do coração (cor).

E agora? O que faço com isto? Se fores audaz, faz o teu mapa (ou carta) natal, está atento às lunações, vê qual a casa que a Lua abre, pois é aí que terás de desbravar caminho. Usemos cada Lua Nova para nos concretizarmos.

Uma das frases que ontem mais me marcou, dita pela Vera foi: “Deixem que o mundo vos veja!” (que, de imediato me levou para uma canção que cantávamos na oração da manhã no Colégio e que dizia: "essa luz pequenina, vais deixá-la brilhar")

Isto tudo fez sentido ou estive a falar chinês? Bem, se isto é chinês, talvez o melhor – se quiserem saber mais sobre o assunto – é marcarem uma consulta com a Vera, que ela explica tudinho tim-tim por tim-tim.

PS - Este não é um post patrocinado. Ninguém me pediu para o escrever. Apenas senti vontade de partilhar isto convosco, porque foi algo que me tocou. E só vos digo que vou ter muito trabalhinho pela frente, pois a Casa que o Carneiro abre no meu mapa não é pera doce.

                        Margarida Vargues.