Aconteceu a 21 de Maio e eu estive a
assistir a um webinar sobre o assunto, feito por uma pessoa na
qual confio plenamente,
(Ahhhh, o que é isto? A Margarida agora
fala de Astrologia? Confesso que não percebo nada do assunto, embora há muito
tempo me interesse sobre o mesmo – e não, não estou a falar das “previsões” que
vêm nas revistas... – porém, algumas circunstâncias à minha volta levaram-me a
tomar a decisão de aprender a falar “astrologuês” ou “zodiaquês”, como
preferirem.)
Voltando à Lua Nova!
Lua Nova!
O webinar foi muito
mais do que isso, foi, também uma verdadeira reflexão sobre o que se está a
passar, neste momento, não só à nossa volta, como em todo o mundo. Refiro-me,
obviamente, à pandemia provocada pelo Covid 19 e que está
a deixar cidades vazias, silenciosamente pesadas e hospitais cheios à beira do
abismo.
Esta imposição para ficar em casa é má.
Por muitos motivos é! Não há como o negar. E irá ter consequências nefastas em
diversas áreas da sociedade. Estou, agora a olhar para o copo meio vazio que
tenho na minha frente, por isso, decido e vou buscar um copo mais pequeno,
verter nele toda a água e passo a olhar para um copo totalmente cheio.
Ficar em casa pode ser visto como um
convite do Universo a olharmos para dentro de nós: o que nos move, quem somos,
que medos temos, que assuntos temos por resolver... é um ficar dentro da nossa
própria casa, que é como quem diz, no nosso corpo e na nossa mente. É ir às
raízes emocionais, cuidar delas e renascer. A vida lá fora corre tão depressa e
a um ritmo tão alucinante, que a nossa realidade chega a ser alucinada, e não
temos tempo para nada. Chegou a altura!
Pelo que percebi, há uma conjugação de
planetas no céu, no signo de capricórnio, que desencadeou tudo o que estamos a
vivenciar e que veio mexer com as estruturas externas – a sociedade tal como a
conhecíamos não voltará a ser a mesma. Está a ser-nos dada a hipótese de criar
uma realidade. Provavelmente haverá quem se queira manter no mesmo lugar, mas
essa realidade, que ontem era uma verdade absoluta, amanhã estará noutra
dimensão. Não há volta a dar.
Todas as estruturas, tudo aquilo que
tínhamos como dado adquirido está a ser agitado e isso vai mexer com a nossa
(sensação) de segurança e daí o tal convite à introspeção, à viagem às nossas
raízes e a cuidar delas. Não é o que fazemos com uma planta quando ela está
moribunda? Cortamos-lhe as folhas para que a vitalidade da raiz não se perca na
totalidade, e passado algum tempo uma nova planta nascerá da terra. Como disse
a Vera, há que construir a
nossa casa, curar o que está doente para podermos sobreviver.
A nossa urgência será fazer renascer o
coletivo, mas não nos podemos direcionar para ele sem que, em primeiro lugar,
saibamos e conheçamos a nossa individualidade. A essência de cada um de nós.
Cada um de nós tem algo de especial com o qual poderemos contribuir para o
grupo, mas só depois de o conhecermos. O que está a ser pedido é que fiquemos
connosco para curar os nossos medos, as nossas tristezas, as nossas angústias.
Vamos descobrir o sol que temos dentro de cada um de nós.
(Calma, pessoal, eu “não vi a luz” nem
me virei para o “espiritualinho” que usa a palavra “grata” e “gratidão” como se
estivesse a pedir uma sande e um galão ao balcão de um qualquer café)
Vamos aprender a lidar com a responsabilidade – primeiro
comigo e depois com a sociedade. Pelos vistos este processo teve início em 2008
– lembram-se da infortunada crise que a todos nos tocou? – quando Plutão entrou
em Capricórnio.
Como já foi dito anteriormente, estar
fechado dentro de casa não é fácil e é com ligeireza que nos escapamos ao estar
connosco – temos, para o bem e para o mal, muitas distrações: as redes sociais,
as séries da moda e toda uma panóplia de coisas que nos afastam o pensamento de
nós próprios. Não, isto não se trata de egoísmo, nem de egocentrismo – isso é
totalmente diferente! Aproveitemos este tempo para nos “desligarmos” do
exterior e nos “conectarmos” com o nosso eu para nos começarmos a curar – não
fiquemos à espera que passe, como se estivéssemos distraídos numa estação de
metro. É que logo de seguida não virá nenhum comboio... Se é isso que fizermos,
as feridas – mais ou menos abertas – continuarão lá e nunca serão saradas.
Posso dizer-vos que tenho algumas abertas, mas que por já as ter identificado,
já iniciei o meu looonnnngo caminho de cura.
Tudo o que se passa fora de mim,
passa-se dentro de mim. É o efeito espelho. Se algo ou alguém me irritam ou me
desconcertam, o que é que está avariado dentro de mim? Olhem que isto não é
fácil. Durante muito tempo neguei esta teoria, até que aos poucos fui
descobrindo o porquê de algumas birras, dores, atos.
A chegada de uma Lua Nova representa uma
nova energia, que ao longo do ano vai passando de signo em signo, cada qual com
as suas características. E é nesta altura que devemos iniciar um processo de
renascimento, colocando as nossas intenções – nunca esquecendo de agradecer por
tudo o que já conquistámos e deitar fora o que já não nos faz falta.
A Lua Nova em Carneiro – a tal que chegou a 21 de Maio –
representa libertação: de raiva, de incapacidade de estabelecer fronteiras, de
impulsividade; mas também representa constru-ção: pioneirismo, iniciativa, ação
direta e concreta, coragem - que é como quem diz "ação" (agem) vinda
do interior, do coração (cor).
E agora? O que faço com isto? Se fores
audaz, faz o teu mapa (ou
carta) natal, está atento às lunações, vê qual a casa que a Lua
abre, pois é aí que terás de desbravar caminho. Usemos cada Lua Nova para nos
concretizarmos.
Uma das frases que ontem mais me marcou,
dita pela Vera foi: “Deixem que o mundo vos veja!” (que, de imediato me levou
para uma canção que cantávamos na oração da manhã no Colégio e que dizia:
"essa luz pequenina, vais deixá-la brilhar")
Isto tudo fez sentido ou estive a falar
chinês? Bem, se isto é chinês, talvez o melhor – se quiserem saber mais sobre o
assunto – é marcarem uma consulta com a Vera, que ela explica
tudinho tim-tim por tim-tim.
PS - Este não é um post patrocinado.
Ninguém me pediu para o escrever. Apenas senti vontade de partilhar isto
convosco, porque foi algo que me tocou. E só vos digo que vou ter muito
trabalhinho pela frente, pois a Casa que o Carneiro abre no meu mapa não é pera
doce.
Margarida Vargues.
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