segunda-feira, 8 de junho de 2020

«CRÓNICA DE FARO»





              UM SEXTETO DE GRANDES «MESTRES»

             Foi uma geração de jovens mestres de Trabalhos Manuais aqueles que coube-nos o privilégio de os ter nos anos primeiros do Ciclo Preparatório. Jovens que, ao longo dos anos e em várias escolas secundárias de diversas regiões do País (Faro, Vila Real de Santo António, Porto, Évora Caldas da Rainha, Espinho, Portimão, etc.), ascenderam profissionalmente ao topo mais elevado e se houveram «como gente nova numa Escola Nova». Corria o ano lectivo de 1947/48 quando entrámos para a recém - criada Escola Técnica Elementar de Serpa Pinto, nesta Cidade - Mãe, surgida no âmbito de uma nova reforma do ensino técnico - profissional. Era Diretor esse saudoso professor, que foi o artista - pintor Jorge Escalço Valadas (o «Valadinhas», no afectivo chamar da comunidade escolar). Surgiram a lecionar a cadeira de Trabalhos Manuais, então a funcionar num amplo espaço, onde hoje se situam duas zonas recreativas, os «jovens mestres», como se designavam os professores da disciplina, o acrisolado José de Brito (um dos mais antigos «costeletas» e pedra chave, juntamente com o Mateus Bolas, da Tertúlia do Café Margarida), o Mário Pereira Mateus (natural de Salir, ilustre violinista e dedicado rotário), o João Mateus (chefe escuteiro, que tinha com seu irmão Henrique, uma oficina de carpintaria na Rua Gil Eanes - Rua da Parreira), o António Nicolau (de há muito residente em Vila Real de santo António e viúvo dessa querida colega de curso, que foi a Professora «Luisinha» Queirós), o José Alfredo de Sousa (morador na típica Rua da Boavista, junto aos Capuchos) e o «doente de Faro e do Farense» Roseta, que outros nomes lhe não conhecemos.
                   Um grupo de «grandes mestres», a quem prestamos o tributo, que outro modo não temos de o fazer, da nossa gratidão! 

JOÃO LEAL

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