UM SEXTETO DE
GRANDES «MESTRES»
Foi uma
geração de jovens mestres de Trabalhos Manuais aqueles que coube-nos o
privilégio de os ter nos anos primeiros do Ciclo Preparatório. Jovens que, ao
longo dos anos e em várias escolas secundárias de diversas regiões do País
(Faro, Vila Real de Santo António, Porto, Évora Caldas da Rainha, Espinho,
Portimão, etc.), ascenderam profissionalmente ao topo mais elevado e se
houveram «como gente nova numa Escola Nova». Corria o ano lectivo de 1947/48
quando entrámos para a recém - criada Escola Técnica Elementar de Serpa Pinto,
nesta Cidade - Mãe, surgida no âmbito de uma nova reforma do ensino técnico -
profissional. Era Diretor esse saudoso professor, que foi o artista - pintor
Jorge Escalço Valadas (o «Valadinhas», no afectivo chamar da comunidade
escolar). Surgiram a lecionar a cadeira de Trabalhos Manuais, então a funcionar
num amplo espaço, onde hoje se situam duas zonas recreativas, os «jovens
mestres», como se designavam os professores da disciplina, o acrisolado José de
Brito (um dos mais antigos «costeletas» e pedra chave, juntamente com o Mateus
Bolas, da Tertúlia do Café Margarida), o Mário Pereira Mateus (natural de
Salir, ilustre violinista e dedicado rotário), o João Mateus (chefe escuteiro,
que tinha com seu irmão Henrique, uma oficina de carpintaria na Rua Gil Eanes -
Rua da Parreira), o António Nicolau (de há muito residente em Vila Real de
santo António e viúvo dessa querida colega de curso, que foi a Professora
«Luisinha» Queirós), o José Alfredo de Sousa (morador na típica Rua da
Boavista, junto aos Capuchos) e o «doente de Faro e do Farense» Roseta, que
outros nomes lhe não conhecemos.
Um
grupo de «grandes mestres», a quem prestamos o tributo, que outro modo não
temos de o fazer, da nossa gratidão!
JOÃO LEAL
Sem comentários:
Enviar um comentário