quarta-feira, 10 de junho de 2020

NOTÍCIAS DA NOSSA ESCOLA




EM TEMPOS IDOS
  O «AUTO DAS ROSAS DE SANTA MARIA»

  Corria, talvez, o ano lectivo de 1950/51 e era aluno do 1º ano do Curso Geral de Comércio (1º 4ª), quando me estreei no Grupo de Teatro da Escola Tomás Cabreira, desempenhando, pela minha frágil compleição física, o modesto papel de «Pagem Moço», na célebre peça do poeta algarvio   Dr. Cândido Guerreiro (Alte, 03.12.1871 / Lisboa, 11.04.1953) o «Auto das Rosas de Santa Maria». Esta, com música da autoria do olhanense Dr. Francisco Fernandes Lopes, fora escrita para ser representada em Sagres, aquando das Comemorações Centenárias, em 1940.
    Grandes estrelas da nossa representação escolar foram a saudosa Maria José (a «Zezinha do Registo Civil), interpretando com um dramatismo impressionante a «Mãe de Gil Eanes», quando ela chorando implorava «Filhas de Lagos, desoladas mães dos leais companheiros do meu Gil, chorai comigo a grande desventura...» e o Manuel Brito Vargas, de quem há muitos anos nada sei, na figura do Infante D. Henrique, com toda a firmeza e obstinação que são reconhecidas ao «Príncipe Navegador».
        A encenação e ensaios eram dirigidos pelo sempre lembrado mestre, que foi o Engenheiro José de Campos Coroa, coadjuvado por outro «homem do teatro», o Jaime Pires, pai da saudosa «costeleta» Maria Antónia Pires («Tota»). O Contínuo Sr. Victor Tavares foi o responsável pelas caracterizações.
        A representação decorreu, com a presença, entre outras entidades, do Dr. Cândido Guerreiro, com as suas barbas brancas e o seu mediático chapéu e o dedicado Diretor da Escola Dr. Moreira Ferreira, numa grande sala da Secção Industrial no Largo da Sé.
          EM TEMPOS DE HOJE
          A Câmara Municipal de Faro atribuiu o subsídio de 20 mil euros ao Agrupamento Escolar Tomás Cabreira, tal como aos restantes agrupamentos escolares farenses, destinada á aquisição de equipamento técnico - informático no âmbito do apoio ao processo de ensino e aprendizagem à distância, para os alunos mais carenciados.

                                                        JOÃO LEAL

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