EM TEMPOS IDOS
O «AUTO DAS
ROSAS DE SANTA MARIA»
Corria,
talvez, o ano lectivo de 1950/51 e era aluno do 1º ano do Curso Geral de
Comércio (1º 4ª), quando me estreei no Grupo de Teatro da Escola Tomás
Cabreira, desempenhando, pela minha frágil compleição física, o modesto papel
de «Pagem Moço», na célebre peça do poeta algarvio Dr. Cândido Guerreiro
(Alte, 03.12.1871 / Lisboa, 11.04.1953) o «Auto das Rosas de Santa Maria».
Esta, com música da autoria do olhanense Dr. Francisco Fernandes Lopes, fora
escrita para ser representada em Sagres, aquando das Comemorações Centenárias,
em 1940.
Grandes
estrelas da nossa representação escolar foram a saudosa Maria José (a «Zezinha
do Registo Civil), interpretando com um dramatismo impressionante a «Mãe de
Gil Eanes», quando ela chorando implorava «Filhas de Lagos, desoladas mães dos
leais companheiros do meu Gil, chorai comigo a grande desventura...» e o Manuel
Brito Vargas, de quem há muitos anos nada sei, na figura do Infante D.
Henrique, com toda a firmeza e obstinação que são reconhecidas ao «Príncipe Navegador».
A
encenação e ensaios eram dirigidos pelo sempre lembrado mestre, que foi o
Engenheiro José de Campos Coroa, coadjuvado por outro «homem do teatro», o
Jaime Pires, pai da saudosa «costeleta» Maria Antónia Pires («Tota»). O
Contínuo Sr. Victor Tavares foi o responsável pelas caracterizações.
A
representação decorreu, com a presença, entre outras entidades, do Dr. Cândido
Guerreiro, com as suas barbas brancas e o seu mediático chapéu e o dedicado Diretor
da Escola Dr. Moreira Ferreira, numa grande sala da Secção Industrial no Largo
da Sé.
EM
TEMPOS DE HOJE
A
Câmara Municipal de Faro atribuiu o subsídio de 20 mil euros ao Agrupamento
Escolar Tomás Cabreira, tal como aos restantes agrupamentos escolares farenses,
destinada á aquisição de equipamento técnico - informático no âmbito do apoio
ao processo de ensino e aprendizagem à distância, para os alunos mais
carenciados.
JOÃO
LEAL
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