BERNARDINO
MARTINS («QUEIXINHO»)
Franco,
alegre, jovial, foi das mais marcantes figuras, o meu tempo da Tomás Cabreira.
O «Queixinho», nome com que afectuosamente era por todos tratado, devido à sua
fisionomia facial, era talvez um dos melhores de todos nós. E assim foi até ao
final dos seus dias ao deixar-nos a todos esta sublime mensagem: «Parto com o
espírito leve no amor, deixo-vos para todos vós um abraço do tamanho do mundo».
Bernardino
Martins nasceu em Vila Real de Santo António há 85 anos e sempre conservou
pela vida em fora o sotaque, as expressões e a forma «vivendis das gentes
pombalinas».
Menino
e moço deixou a terra natal para ingressar na Casa dos Rapazes (Instituto D.
Francisco Gomes do Avelar), vivendo a maior parte da sua existência em Faro e
algum tempo, por razões profissionais em Évora (1962). Tinha expressões muito
suas como a que foi um verdadeiro ex-libris: «How very good, how very nice» e a
sua forma de comentar os desafios de futebol, a sua própria linguagem
radiofónica fizeram escola e marcaram um tempo, o tempo das rádios locais. Ao
serviço destas percorreu todo o País e regiões autónomas, não ou quase sempre
acompanhado pelo seu companheiro inseparável, o saudoso jornalista José Mealha,
filho desse lembrado professor de Língua Portuguesa no Ciclo Preparatório, o
devoto «sportinguista» Dr. José Formosinho Mealha.
O
«Queixinho» era casado com outra acérrima «costeleta», D. Maria Antonieta. Foi
desportista (futebol e basquetebol), jornalista desportivo, comentador de
futebol, árbitro da Associação de Futebol de Faro e fundador e director do
semanário «Desportivo do Algarve».
Faleceu
no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, em Faro, às 17h30m do dia 16
de Maio de 2018 e está sepultado no Cemitério da Esperança, na capital algarvia
aquele de quem o «costeleta» Humberto Gomes, um pedagogo em desporto disse:
«Uma lição de vida».
JOÃO
LEAL
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