FORÇA, ACTA!
O mínimo que se pedi era um pouco de respeito pela valiosa acção
desenvolvida e pela sularidade. Longe da capital, que continua a ser um nó
asfixiante para tudo e para todo, a ACTA (Companhia de Teatro do Algarve) foi
a última vítima assinalada dessa tutela ditatorial. Ao longo destes muitos anos
a descentralização cultural e a vivência da Arte, sobretudo, de Talma, têm
acontecido em esmagadora maioria e não só em Faro, mas por esse Algarve
em fora, pela dedicação, empenho e vivência que o grupo cénico que o Luís
Vicente dirige.
Foi com o sempre lembrado dr. José Louro, o professor bom, o homem
generoso e fraterno, o amante das artes e da democracia, que a «grande
aventura» começou, na década de setenta. Com o mestre, o ele, com o
pedagogo referido, aprendemos a ler toda a mensagem de Brecht e sobretudo
no «Á espera de Godot».
Depois veio o profissionalismo reconhecido e admirado do Luís, a sua
plena e total dedicação e o Algarve, na sua jóia teatral que é o Lethes, passou
a dispor de um elenco profissional. Era o completar de um polígono que já
dispunha do Conservatório Maria Campina, como escola de música; da CDA
(Companhia de Dança do Algarve), que o magnífico bailarino russo Eugnev
Balaiev teve a coragem de criar e da, hoje Orquestra Clássica do Sul, como
grande formação instrumental, para dotar a Região dos meios aptos a uma
política de cultura.
Agora e quando menos o seria de esperar foi este «partir as pernas» a
quem estava a andar e bem nas suas múltiplas valências.
Como cidadãos livres de um país livre não o permitiremos, nem
suportamos tal desmando. Que os responsáveis sejam chamados à pedra e
que a ACTA (Companhia de Teatro do Algarve) prossiga a sua meritória acção.
Como desde a hora primeira estamos convosco!
Sem comentários:
Enviar um comentário