sexta-feira, 11 de julho de 2008

A ESCOLA E A CIDADE (II )


A ESCOLA E A CIDADE

Penso que andaram de braço dado. Pelo menos não dei por elas se terem zangado. A cidade oferecia-nos a doca e o jardim Manuel Bívar, o Vieguinhas e o Pardal, o Actor Pavão, o explicador Sr Santos, o Sargento Vitorino e o Teca entre muitas figuras populares.

A Escola oferecia-nos a cultura e o ensino e aqueles pares românticos constituído pelo Engº Coroa e a Drª Irene Jacinto mais a D. Maria e o Mestre Guerreiro, o médico Dr. Coroa das récitas que nos falou de prática sexual pela primeira vez e a gente ria-se ...

Tenho saudades da Escola, de quando era puto, oriundo do campesinato, botas cardadas e recordo com saudade aquele dia de Fevereiro, quando nevou e fomos ao quartel ver os canhões com a Drª Conceição Sintra e recordo quando eu me coloquei no outro lado do canhão, espreitei pelo cano e chamei paneleiro a um colega sem saber o que estava a dizer ..

Lembro-me do dia em que chegou a Faro o Catoira, para jogar no Farense a ponta de lança, da chegada do Remígio e do Armando que vieram do Coruchense. E lembro-me mais tarde do dia em que chegou a Faro o GENERAL SEM MEDO...

E lembro-me do Mestre Mário recitar a Toada de Portalegre e o Cântico Negro do José Régio e o fado falado do JoãoVilarett. E lembro-me que era amigo desse actor de teatro maravilhoso que foi o Aurélio Madeira.

E lembro-me dos concertos dados pelo Menino Chico com as tabuinhas como já contou a Lina Vedes. Menino Chico, esse talento que tocava com ambas as mãos, tocava com uma mão de cada vez ou com as duas ao mesmo tempo....

Mas a melhor de todas foi aquela do Zaralho que já contei aqui, que, no Largo de S. Francisco, deu uma sticada na cesta do polícia e lá se foram os pratos..

Zaralho amigo a malta está contigo. Aparece.

Até agora tivemos 1304 visitantes. Isto não dá para o pitrol...

Até amanhã camaradas....

Texto de
JOÃO BRITO SOUSA