sexta-feira, 25 de julho de 2008

OS 120 AN0S DA NOSSA ESCOLA (continuação)



PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (XII)

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o apontamento anterior deixou-nos no ano de 1930, aquele em que a Escola adquiriu a denominação por que tantos de nós a conhecemos: Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira.
Dispensamos, a partir de agora, as consultas de certo modo exaustivas a que temos vindo a proceder, já que a alteração mais significativa na vida da Escola apenas ocorrerá com a grande reforma de 1948, de que falaremos no próximo número.
Até lá, registamos apenas que, no quadro dos cursos ministrados na Tomás Cabreira, definido pelo Decreto nº 18 420, de Junho de 1930, a que anteriormente nos referimos, a alteração mais significativa foi a substituição do Curso de Costura Caseira pelo Curso de Costura e Bordados, ocorrida, a par de outras menos relevantes alterações (composição curricular e carga horária dos cursos), por força de uma nova (mais uma e tão pouco tempo após a anterior!) "organização do ensino técnico profissional' consignada no Decreto nº 20 420, de Outubro de 1931.
Realçamos este diploma legal por ter sido no seu enquadramento que tantos Costeletas, hoje nossos Associados, iniciaram e/ou concluíram os seus cursos. Referimo-nos, obviamente, àqueles que se matricularam na Escola entre 1931 e 1947, em qualquer dos cursos ali ministrados: Serralheiro (5 anos), Carpinteiro (novamente, 5 anos), Costura e Bordados (4 anos) e Comércio (3 anos). (1) ... "
Ora, quem nos lê, e conheça a exiguidade das instalações escolares de então - as do Largo da Sé e da Rua do Município - pensará, certamente, que o funcio-namento de cursos tão diversos apenas seria possível em função de um redu-zido índice de frequência. Nada demais errado.

Conforme pudemos apurar (e confessamos que com grande surpresa), no penúltimo ano de vigência do referido Decreto nº 20 420, (ano lectivo de 1946/47) a Escola era frequentada (pasme-se!!!) por quase ... um milhar de alunos!!! Para sermos mais precisos, exactamente por 954, repartidos pelos cursos diurnos (766) e nocturnos (188).


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Perguntar-se-á como era possível alojar tanta gente em tão reduzido espaço. Talvez por milagres do Dr. Fernando Carvalho Lima (e seus antecessores), talvez pela boa vontade dos professores, talvez pela grande capacidade de adaptação às mais difíceis situações dos alunos da época, habituados como estavam a outras com que se haviam já deparado na vida ...

(1) É de admitir que alguns destes cursos não tenham, de imediato, entrado em funcionamento nos moldes então definidos pois, ainda em 1934, um jornal/ocal inseria um anúncio de matrículas em que era oferecido aos candidatos o Curso de Costura Caseira" e não "Curso de Costura e Bordados". Porquê???
NAQUELE TEMPO
A Indústria fncionava no Largo da Sé – O Comércio na rua do Municipio

Franklin Marques

CORREIO COSTELETA

(algarvios a apanharem figues em SANTA BÁRBARA DE NEXE)

JB de Sousa, boa noite.
por ANTÓNIO BRITO AFONSO

Tenho seguido com prazer os teus escritos, produto dessa tua excepcinal memória, grande capacidade descritiva e enorme amor pela nossa terra.

Àcerca do Raúl de Matos, pai do nosso colega, devo dizer-te que sempe ouvi a minha avó referir que o Raúl nasceu em Bordeira e que foi muito novo para Faro.

O poeta, em jovem, aparecia muito na taberna-restaurante de uma bordeirense -Antonia Bexiga -situda na antiga rua do peixe frito.

A sua origem,tal como referi, é coisa que vou procurar confirmar junto dos mais velhos da minha terra.

Entretanto, seja como fôr, envio-te esta simples, romântica e muito bela quadra da autoria do Raúl, presumivelmente dedicada a uma donzela farense que, de algum modo, dá força à minha versão sobre o seu local de nascimento. Aí vai:

Se nasceste junto ao mar
E eu junto à fonte nasci
Não precisas perguntar
Porque corro para ti

Obrigado Antóno Brito Afonso.

PS- Falei com o filho do RAUL, o nosso colega MATOS, que me disse ser a Mãe de Bordeira e o Pai de FARO.

VAMOS À PROCURA DELES.

BERNARDINO MARTINS, O QUEIXINHO

Grande amigo, percorria o interior do pátio da Escola onde se jogava andebol a dar cabeçadas na bola. Bernadino, conatuma história... tu que sabes tantas .

Percorria o pátio da escola
a jogar à bola de cabeça
Onde hovesse uma bola
Corria para ela à pressa.


Engº ZÉ REIS ou o Zé MAGANÃO de TAVIRA

Foi do segundo quarta com o Bartolo e com o Mário PROENÇA de Olhão e do BPA. Foram alunos do Zeca AFONSO.

Uma vez o Zé, ainda aluno do INSTITUTO INDUSTRIAL DE LISBOA, na rua Buenos AIRES

à ESTRELA, o Zé estreou um pull over amarelo e foi almoçar á tasca do costume. E pediu sopa.
Cheguei eu ... Zé, estás bom... e a sopa derramou-se no pull over novinho

Fez-me lembrar aqueles verso do CLEMENTINO BAETA da minha terra, a quem o industrial da minha terra, lhe prometeu um fato que nunca lhe deu.

O FATO QUE TU ME OFERECESTE
QUANDO EU FUI TEU EMPREGADO
ESTÁ MAIS NOVO DO QUE ESTE
MUITO TEMPO TEM DURADO.

continua.

Um abraço para todos.

Publicação de
JOÃO BRITO SOUSA