terça-feira, 29 de junho de 2010



O MERCEEIRO E O CARVOEIRO

Ao meu amigo costeleta JORGE TAVARES


Não acredito nada, naquilo que dizes no teu comentário ao meu texto, porquanto a senhora professora D. Florinda ensinou-nos mais do que isso que tu citas. Além do mais, tu sempre foste um bom aluno, reconhecido por todos que te conhecem.

È por isso que aquela da lata e a outra do devia haver mas não há, não
cabem aqui.

Jorge, tu conheces as dificuldades que a Contabilidade teve para se impor e hoje é uma ferramenta indispensável à gestão, donde…

Ai vai Erasmo,

“No Elogio da Loucura publicado em 1511, Erasmo de Roterdão o mais célebre dos humanistas, criticava a sociedade nestes termos :- “os negociantesmentem,roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito importantes porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro. Os reis e os príncipes não escutam senão os que lhes dizem coisas agradáveis. Os cortesãos são pessoas do mais rasteiro, mais servil e do mais hipócrita. Dormem até ao meio dia e mal acabado o almoço logo os chamam para o jantar. depois são os dados, o xadrez, os torneios, os adivinhos, os bobos, as amantes, os divertimentos, as chalaças... e deste modo, sem receio do tédio da vida, passam as horas, os dias, os meses, os anos, os séculos.”...

Parece que está actual. Ou não?...

Já agora, vou à faca na quinta feira. Mas volto.

Espero isso, pelo menos.

Ab.

ENVIADA POR CORREIO ELECTRÓNICO

Do Poeta Costeleta Dr. Manuel Inocêncio da Costa
recebemos o poema que publicamos

Romance –Tempos de miséria

Tristes tempos estes vão sendo,
Mas que havemos de fazer?
Vai toda a gente gemendo,
É tempo para esquecer.

Já lá vem um cavaleiro,
Com aspecto de vingador,
Cavalgou o mês inteiro,
Mergulhado em grande dor!

Que novas trazes mensageiro,
Para correr a toda a brida,
São más notícias primeiro,
Daquelas que matam a vida!

Cavaleiro, oh cavaleiro,
Para que fazes tanto ruído,
Será porque não há dinheiro,
E está todo o mundo falido?

Ouvi novas que vão correndo,
O mundo está sendo devastado,
De todos os lados vão aparecendo,
Fogos –está quase tudo queimado!

Já todo o sistema está ruindo,
E por todos os cantos da terra
Olhai – é assim que isto vai indo
Vede –por todo o lado é a guerra!

Guerra que a todos aperta,
Aos pobres mais do que a ninguém
Estai portanto muito alerta,
Para não soçobrardes também!

Lá vem um segundo cavaleiro,
Bramindo com sua espada de fogo,
Tem ar tremendo de justiceiro,
Que olhando-o se vê logo.

Traz um olhar desvairado,
Há muito tempo não dorme,
Seu cavalo está cansado,
Há meses quase não come!

Cavaleiro, bom cavaleiro,
Que é que aqui vens fazer?
Não percebes que pouco é verdadeiro,
E que pouco é como deve ser?

Eu sei – poucos defendem os valores,
Que deviam defender e honrar,
Por isso castigarei os traidores,
Todos os oprimidos venho vingar!