sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O QUINTO IMPÉRIO de PESSOA
E A NOSSA REALIDADE

Como é belo o Portugal ideal do Quinto Império, como é tristre o Portugal real da choldra,( de D.Carlos) da piolheira dos Portugueses que mal sabem ler e escrever (Fernando Pessoa). Pessoa, messiânico na sua relação com Salazar, é tão diferente do homem de Santa Comba, mas.... faces da mesma moeda.
Portugal, nos últimos cinquenta anos tornou-se um país cada vez mais alheio a si próprio.Um país virado para o exterior, saído de uma origem rural,obrigado a olhar de novo para si próprio e fingindo que ainda tinha um Império. Um país que fez as guerra com soldados saídos na sua maíoria, da terra. Um país que se viu reduzido à sua dimensão territorial mais simples que não correspondia aos sonhos de grandeza de uma formação imperial tão falsa como sonhadora. Os politicos, em vez de mudarem as agulhas nas suas prioridades , não, continuaram a ver e a julgar o país como se nada se tivesse passado à sua volta, como se nada tivesse mudado.
A depressão colectiva que atinge o país hoje deriva do desconhecimento dos seus politicos e da falta de raízes. Os Portugueses de hoje, filhos e netos de
camponeses, renegaram as suas origens, envergonhados das suas origens honradas mas pobres dos seus avós, deslumbram-se com automóveis, com ecrans “plasma”, com riquezas que pareciam faceis.
É pois esta vergonha das origens humildes, este novo riquismo que nos levou ao endividamento, que tem afastado Portugal da terra, é esta vergonha que tem ditado a estratégia dos governos. Todos eles.
Criou-se o mito de que há pouca terra de cultivo. E, é isso mesmo, um mito.
Não existem terras inferteis. Israel cultiva o deserto. A água é abundante em Portugal. Tem é que ser melhor aproveitada. A barragem do Alqueva, por exemplo, foi deixada nas gavetas por dezenas de anos mesmo durante a ditadura porque a agricultura embaraçava as suas (deles governos) prioridades.
A agricultura tal como as pescas podiam ou poderiam ter sido as apostas estratégicas dos dirigentes pós ultramar mas, foi sempre esquecida em favor do “aconselhamento” de Bruxelas para não lhes chamar “ negociatas de Bruxelas”. Ao contrário de Espanha que se tornou a horta da Europa. Eu pergunto, o que terá melhor a árida região de Valencia que não tem o Alentejo ou o Algarve?
Há quem ainda não satisfeito se proponha desmantelar o Ministério da Agricultura seguindo a politica destrutiva iniciada há decadas. Realmente é mais fácil acabar com tudo do que reformular e investir em empresas modernas de agricultura que daria a Portugal sustentabilidade e rendimentos quase imediatos de exportações vigorosas de produtos escassos e caros para os países do Norte Europeu.
Nasci em Mar e Guerra,cresci na Senhora da Saúde, esgueirei-me para a cidade, conheci mundo, sei o que afirmo mas não quero falar na primeira pessoa embora o esteja fazendo para me situar.
Abraço
Diogo
Algarve!... Um Paraíso


Algarve ... é singular idolatria,
Que envolve o amplo mar, inspirador
E embala o seu berço sonhador
As ondas rendilhadas de magia!

Algarve ... sublimado p'la poesia,
Da pureza de Inverno - "a neve em flor"-
Fragrância que perfuma com vigor
A mais bela aguarela da harmonia!

Algarve ... Região linda do sul, .
Tem praias sol dourado e céu azul;
A serra... o barrocal... as tradições!...

Espaços de lazer tão repousantes
E as noites de luar tão fascinantes,
- Algarve... santuário de emoções!

Maria Romana