quarta-feira, 15 de outubro de 2014

INFORMANDO



Do  Elos Clube de Faro, com pedido de publicação, transcrevemos:

Data: Faro, 15-10-2014

De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Prezados Companheiros e Amigos

ELOS CLUBE DE FARO PRESENTE NA FEIRA DE STA. IRIA 2014
======================================================

Pelo quarto ano consecutivo, participaremos na Feira

de Santa Iria, junto com outras instituições do
concelho, com pavilhão próprio, onde divulgaremos o
nosso clube e sua actividade.

Assim, entre os dia 17 e 26 de Outubro, no horário abaixo
indicado, estaremos à Vossa espera e lançamos o pedido de apoio a
todos os companheiros, à semelhança das edições anteriores, nos possam ajudar
nesta mostra com a sua presença nos horários indicados a fim de podermos
cumprir cabalmente a missão a que nos propusemos.

Horário de Funcionamento:

segunda a quinta-feira  das 16h às 24h
sexta-feira das 16h à 1h
sábado das 14h à 1h
domingo das 14h às 24h

Agradecemos desde já a todos os que nos puderem ajudar e esperamos
pela vossa visita.

Com as cordiais saudações elistas.


Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro



DA REVISTA DA NOSSA ESCOLA



Respigámos da Revista eTc. artes&design, de Dezembro de 2011, da nossa Escola

A COLUNA DO DOUTOR VIRIATO

PRAGMATISMO

Confesso que foi com alguma apreensão que acedi ao pedido que me foi formulado pela Redação desta revista, para ocupar um espaço de opinião. Receava que as minhas convicções pudessem ser escarnecidas por uma comunidade escolar com a qual já não me identifico. Mas a insistência da Redação, o estado da Educação e do país e o sentido do Dever falaram mais alto e aqui estou.
A Tomás Cabreira foi a minha alma mater nos idos anos 50. Aqui cresci, estudei e fiz grandes amigos - saúdo todos eles e também o Aníbal. Nesse tempo o Ensino era pragmático - utilizava saberes já adquiridos e acrescentava outros. Sabíamos fazer coisas. Hoje o Ensino nega os ensinamentos do passado e o saber adquirido  e, sem nada aproveitar e nada dar, pretende ocupar todo o espaço do conhecimento. Os alunos não sabem fazer nada. Mas chega de lamentações, falemos da grande remodelação em curso na Tomás Cabreira.
 Acompanhei pelos media o início do processo e alarmaram-me as ideias modernaças que então circulavam: arquitetura pós moderna, ecologias, integração na alameda, “reabilitação” urbana, abertura à comunidade e outros disparates. Como já é bastamente visível, o bom senso, graças a Deus, imperou: o edifício apresenta-se expurgado de aventureirismos arquitetónicos decadentes e impõe-se, sólido e viril, no seu traçado funcionalista e industrial da arquitetura dos meus tempos de aluno. Melhor, prescinde de qualquer ideia arquitetónica para cumprir cabalmente o seu verdadeiro objetivo: dar um teto a jovens, e professores, saudáveis que dispensam os belos pormenores arquitetónicos que apenas os distrairiam das suas nobres missões: aprender e ensinar. Apesar da enorme poupança que esta opção, seguramente, representou para o erário público, restaram alguns lamentáveis sinais de novo riquismo, como o ar condicionado. No entanto, pelo que julgo saber, estará desligado grande parte do tempo. A crise, há males que veem por bem, obriga a que o ar condicionado seja substituído pelo ar livre. E é disso que a juventude precisa - ar livre.
Queria, por fim, referir um assunto que, pela sua importância, tem monopolizado as conversas  acerca do novo edifício: o amarelo que reveste o topo. Concordo totalmente com a escolha da cor: o pigmento amarelo é o mais barato e, por isso, foi utilizado no Estado Novo (facto histórico) para revestir os edifícios públicos.
Em tempos difíceis a Economia prevalece sobre a Estética. Seguindo o louvável exemplo do projetista, pouparei na tinta terminando esta, já longa, dissertação, despedindo-me com amizade.

DOUTOR VIRIATO   -  IN Revista eTc.artes&design

Transcrito por

Rogério Coelho