domingo, 30 de novembro de 2014

INFORMAÇÃO



Da União de Freguesias Sé e S. Pedro de Faro
recebemos o seguinte comunicado:

XIV SÉVIDEO

Exmos Srs

Vimos com o presente informar V/ Exas, que por não se terem reunido as condições para a  realização do  XIV Sévideo na data que estava prevista, foi alargado o prazo de  entrega de trabalhos até ao próximo  dia 4 de março de 2015. Mais informamos que a sessão publica realizar-se-á no dia 13 de março de 2015, no auditório da Biblioteca Municipal de Faro, pelas 21h00.
Com os nossos melhores cumprimentos, somos com consideração,

Atentamente

O Presidente


Joaquim Eduardo Gonçalves Teixeira

INFORMAÇÃO JA




A melhor sardinha do mundo pode acabar!?



A pesca da sardinha está parada no Algarve e assim vai manter-se até ao próximo dia 31 de dezembro. O defeso da espécie foi decidido pelo Governo, depois de estudos terem revelado que há menos sardinha no mar. Os pescadores e comerciantes contestam esta avaliação e queixam-se da perda de rendimento. O impacto desta “medida radical” será “devastador”, alertam…

Impacto

CRÓNICA DE FARO



Na lembrança dos “São Martinhos”J-Leal-net


Era na sempre desejada noite de 10 para 11 de Novembro, sendo este o dia da liturgia da Igreja Católica dedicado ao santo bispo Martinho de Tours, que a memória ora recordada acontecia com o frenesi próprio da infância/adolescência que então se vivia com os, hoje infelizmente desaparecidos, “São Martinhos”.
Uma tradição que nos interrogamos, dada a quase inexistência de custos, o Município e a União de Freguesias da Sé/São Pedro, não incentivam a que volte a acontecer, o que muito iria revalorizar o empobrecido calendário de manifestações populares (marchas, procissões, mastros, fogueiras, etc.) desta dita capital sulina.
Os “São Martinhos” saíam ao princípio daquela noite, preparados durante os dias que a antecediam, com o recurso da imaginação, do querer e do entusiasmo e a sempre pródiga colaboração de pais (sobretudo na pintura dos bigodes do “santo” feitos com rolha queimada).
E o que eram? Um caixote, usualmente os que condicionavam o então muito utilizado sabão azul e branco e que se arranjava numa das mercearias do bairro (no nosso caso, a Ribeira – a sra. Ermelinda – no cruzamento das ruas Gil Eanes ou da Parreira e Miguel Bombarda ou do “Zé da Avó”, de que era proprietário um valoroso jogador dos anos primeiros do Farense, ali no canto da Rua da Barqueta com a já referida da Parreira, era convertido em improvisado andor, todo ornamentado com folhas de palmeira, que então existiam com abundância e algumas com grandes e saborosos frutos, a que chamávamos de “datlas” e a que se juntavam alguns coutos ou velas. Entronado no mesmo seguia um moço, por questões de suporte, sempre um “peso pluma”, com uma capa, como o santo festejado e uma garrafa de vinho ou similar.
Depois e ao canto de “São Martinho Lapa vamos ao larapa” e “São Martinho vinho vamos ao copinho” e outras quadras quejandas um grupo de moços (o meu grupo era constituído para além de outros, pelo signatário, o “Nita” (Joaquim Pedro dos Santos “Rainha”, conhecido empresário da restauração e os meus primos Manjua e António José da Rocha, com andor aos ombros corria algumas zonas da cidade – cafés – o Aliança, o cabrita, O Coelho, tabernas – Estica, Floresta, Maruja, Maria de Almodôvar, Adega dos Arcos, etc. e por vezes até as “casas das meninas” (Hermínia, Jardineira, Lózinha e outras, recolhendo óbulos (dinheiro e artigos – castanha, laranjas, tangerina, figos, etc.) que no final era distribuídos equitativamente pelos participantes no “São Martinho”.
Uma lágrima rebelde corre-nos pela face na lembrança dessas saudosas noites de 10 para 11 de Novembro, feito “São Martinho” ou levando-o aos ombros…

João Leal