Sina poética
De Bocage a sátira ferina!
De Pessoa a alma lusitana!
De Augusto o fel, a dor, o drama!
E, de musa, a forma mais divina!
Assim está escrita a minha sina.
desde minha primeira poesia.
Assim hei de viver todos os dias.
até que venha a morte assassina.
cobrar-me o pedágio desta vida.
E, finalmente, à hora de partida,
quando Pessoa, Augusto e Bocage,
braços abertos derem boas vindas...
Nos seios nus de minha musa linda,
eu vou fazer a última viagem.
Herculano Alencar