sexta-feira, 25 de março de 2016

DESEJAMOS




PARA TODOS OS COSTELETAS

ISABEL COELHO
                                                        oooooooooOOOoooooooo

Semana Santa farense


Opinião de João Leal

Sem dúvida que a capital algarvia é o cenário de um dos mais relevantes atos litúrgicos quem durante a Semana Santa, ocorrem na região sulina. Trata-se da centenária “Procissão do Enterro do Senhor”, que saindo e recolhendo à Igreja da Misericórdia e promovida pela Irmandade desta benemérita Instituição, fundada no século XVI, atrai sempre muitos milhares de visitantes.
Certo é que, sem abdicar da referência às celebrações próprias da quadra quaresmal (vias sacras, renúncias, lava pés, visitação das igrejas, etc.), há décadas a Quaresma apresentava em Faro um vasto programa que atraía muita gente à cidade de Santa Maria.
Eram as enormes procissões com uma imaginária admirável, não só pela sua concepção como pelo seu volume, eram o Setenário de Nossa Senhora das Dores (S. Francisco), as procissões (Quarta-feira de Cinzas e Paixão, ambas tendo início e recolha no mesmo templo franciscano) Senhor dos Passos (Paroquial de São Pedro) com os vários “passos” ao longo da cidade, Domingo de Ramos (Igreja do Carmo), etc.
Em nossos dias e considerando a crescente importância do chamado “Turismo religioso” o ressuscitar destas tradições eram mais um apelativo a um crescente de visitantes a “ex-pharaon” e um crescente a ampliar os grandes acontecimentos turísticos que por aqui ocorrem com todas as vantagens daí advindas para a economia local, sem que com tal sugestão se pretenda, no mínimo beliscar a religiosidade intríseca de cada cidadão, incluindo nós mesmos.
Outras cidades o fazem com comprovados resultados (caso de Braga, Óbidos, etc) e valorizam, ano após ano a “Semana Santa”, com um crescente de gentes ávidas de presenciar os atos religiosos, aumentando a ocupação de alojamento e gerando receitas às bem carenciadas actividades das cidades.
São poucos os acontecimentos que ocorrem na capital da mais turística região portuguesa (Concentração Motard, festival de Folclore, Festival da Ria, Feira de Santa Iria… e bem pouco mais). O promover, numa acção conjunta da Diocese do Algarve, da Região de Turismo do Algarve e da Câmara Municipal de Faro, “a “Semana Santa”, com um bem delineado programa (Exposição de Arte Sacra, Concerto Musical alusivo à época, procissões, etc.) seriam uma mais valia para a urbe e para o Algarve.
João Leal