terça-feira, 7 de junho de 2016


Grupo Folclórico de Faro faz 86 anos

O Grupo Folclórico de Faro sobe ao palco do Passeio da Doca, na capital algarvia, para comemorar 86 anos de existência, mostrando as diversas vertentes do mais antigo grupo de folclore do Algarve.
Na noite de 9 de Junho, a partir das 21h30, o Grupo Folclórico de Faro irá realizar um espetáculo comemorativo integralmente preenchido com a apresentação das suas quatro atuais secções: Escola de Acordeão, Cancioneiro, Grupo Infantil e Grupo Adulto.
A Escola de Acordeão do Grupo Folclórico de Faro, sob a orientação do professor Hermenegildo Guerreiro, irá apresentar alguns dos seus alunos e intérpretes convidados, num momento dedicado ao instrumento-rei do Algarve.
O Cancioneiro irá mostrar a diversidade da música tradicional e dos cantares populares do Algarve.
Os mais pequenos (Grupo Folclórico Infantil de Faro) recriarão as brincadeiras e danças dos tempos dos seus avós.
Finalmente, o grupo de dança adulto irá defender os seus pergaminhos através dos expressivos corridinhos, bailes de roda e baile mandado, tão característicos do nosso Algarve.

Sábado, dia 11 de Junho, as comemorações do aniversário continuam, com a realização de um jantar convívio, que contará com a participação de antigos e atuais elementos.

QUANDO A POESIA ACONTECE



De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"


Amanhã, dia 8 de Junho, pelas 17,30h , na Biblioteca
Municipal - "Quando a poesia acontece" sob o tema:



"Nas palavras, tão somente
Eu abro, verto meu coração
Das palavras, tão somente
Nasce esta minha ilusão".



- Maria José Afonso




*Poesia embalada pela música de
Rosinda e Luciano Vargues



Espero por vòs.



Cordiais saudações elistas.



Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

CRÓNICA DE FARO


“A nova agricultura do Algarve” palestra no rotary de Faro


 Opinião de João Leal

Promover uma interligação efetiva do Mundo Rural e do Mar Algarvio com outros sectores regionais, nomeadamente o Turismo, foi um dos caminhos apontados pelo Dr. Fernando Severino (Diretor Regional da Agricultura e Pescas do Algarve – DRAPALG), na palestra “A nova agricultura do Algarve”, promovida pelo Rotary Clube de Faro e que decorreu no Auditório do Museu Municipal na capital regional.
Apresentado pelo Dr. Ilídio Mestre, presidente dos rotários farenses, que referiu a importância do tema no contexto regional e traçou a biografia do palestrante, licenciado em Economia Agrária e Sociologia Rural, assistente convidado de várias universidades e que desempenhou as funções de subdiretor da DRAPALG, de que é ora o primeiro responsável.
O Dr. Fernando Severino, que ilustrou a sua completa e elucidativa exposição com a projeção de diapositivos referentes, afirmou que “a realidade da vida agrária algarvia é, hoje, completamente diferente da de há alguns anos, apontando como objetivos da Direção Regional que tutela: no regresso ao mundo rural, no rejuvenescimento e fortalecimento do tecido agrícola e na reconquista do mar, modernizando e inovando o sector das pescas”.
Tendo como fonte o INE (Instituto nacional de Estatística) citou que no espaço de uma década (1999-2019) a população agrícola algarvia conhecera uma quebra de 47 972 elementos para 29 207, analisando depois dois programas comunitários, citando que o PRODER conhecera, a partir de 2010, uma nova gestão com um investimento de 260 milhões de euros para um quinquénio em explorações agrícolas, com destaque para 50% deste valor se destinar aos jovens agricultores e o PROMAR com 100 milhões de euros, evidenciando-se a aquacultura offshore e que o aparecimento de 500 jovens agricultores fez com que o “Algarve fosse a região onde este crescimento se fez sentir”. Citou depois os investimentos realizados nos citrinos, frutos vermelhos, horticultura tradicional, floricultura e plantas ornamentais, fruticultura, pomar tradicional – alfarrobeira, figueira, olival, fruticultura de regadio, apicultura (nas vertentes produtivas de mel, pólen e geleia, com 325 postos de trabalho, 15 milhões de investimento e a falta de associativismo), agro-indústria (adegas de quinta, transformação de alfarroba, centrais citrícolas e hortícolas, etc). Noticiou que o maior número de projetos cinegéticos apresentados ao PRODER no país aconteceu no Algarve e referiu o dinamismo evidenciado por este programa da União Europeia no interior da região, citando o facto de, no concelho de Alcoutim, 42 jovens haverem tutelados 107 projectos com o valor de 7 milhões de euros e que o mesmo, ao atingir 100% das verbas afectas expressa bem “um novo empresário agrícola com elevado grau de formação académica”. Também no sector do associativismo apontou igualmente a falta de uma organização de produtores de tomate e da necessidade anual de mão de obra na agricultura que se expressa em mais de 6 mil e novecentos postos de trabalho. “Portugal pode atingir a auto-suficiência alimentar e reduzir as importações”, afirmou citando o contributo do Algarve, no que às produções toca: citrinos- 62,4 milhões de euros; frutos vermelhos – 30 milhões; meloa – 928 mil; tomates – 4,5 milhões; alfarroba – 15 milhões; apicultura – 15 milhões; dióspiros – 3,8 milhões e abacates – 3,2 milhões.



João Leal