terça-feira, 15 de janeiro de 2019

CRONICA DE FARO De João Leal

Dr. Joaquim Romero de Magalhães
É, sem dúvida, das figuras marcantes da intelectualidade algarvia, com um percurso de vida e uma obra, que ficam para a posteridade e que honram a região Mãe. O professor Dr. Joaquim Romero de Magalhães, nascido em Loulé e que viveu em Faro, desde os primeiros tempos de existência e, initerruptamente até aos 17 ano, quando rumou a Coimbra, para encetar os estudos universitários, primeiro em Direito e depois em História, onde atingiu o mais alto grau académico, com o doutoramento na Universidade da Lusa Atenas e a plena e justa consagração que todo o Algarve lhe tributou através da sua universidade, que foi “Doutoramento Honoris Causa”.

Filho de um casal de professores, essa dedicada mestra de piano que foi a louletana D. Célia Romero e de seu esposo, o sempre lembrado servidor maior da cultura algarvia, que foi o Dr. Joaquim Magalhães, o aplaudido e considerado mestre por prestigiadas instituições universitárias de todo o mundo, trouxe à luz do dia, através de profundos estudos, o sabermos mais de um outro Algarve, mormente o económico a partir do século XVI. Para além da atividade de docente, de que se encontrava jubilado, o saudoso amigo, faleceu na sua residência em Coimbra, desenvolveu um vasto conjunto de acções ao serviço da Grei, entre as quais as de Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, presidente da Comissão Nacional das Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, deputado que assinou a Constituição em 1976, presidente, nos difíceis anos de 1962 e 63 da Associação Académica de Coimbra e do TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra), coordenador dos “Anais do Município de Faro” e autor de uma vasta bibliografia que ficam para a posteridade como o penhor de um homem que, conforme afirmou na jornada de consagração no doutoramento “Honoris Causa” (12 de Dezembro de 2018), fez o seu lema de ” Viver Algarve, Servir o Algarve”. 
O testemunho cívico de um verdadeiro cultor da cidadania e da investigação ficam como um legado para a lembrança homenageante à memória do professor Dr. Romero de Magalhães.

João Leal