quinta-feira, 7 de março de 2019

POSTAL ILUSTRADO DAQUELE TEMPO

EXCURSÃO DE FINALISTAS 1947/1948
Foto em Monchique
Viagem por Praia da Rocha, Portimão, Silves e Lagos onde apresentámos
o espectáculo de finalistas da Tomás Cabreira.
(Foto do saudoso Rosêta)
Roger

CRÓNICA DE JOÁO LEAL



«A SENTIR ... O VALOR DA IDADE»

    Maioritariamente, tal como o signatário, idosos, foi a pensar «costeletas» sócios da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, que entendi enquadrar na perfeição o texto inserto no excelente livro «O que aprendi com a minha Mãe», da autoria da economista e jornalista, conhecida figura da vida pública portuguesa Helena Sacadura Cabral, mãe de dois destacados políticos do nosso tempo, ainda que ideologicamente equidistantes, Miguel Portas (já falecido) e Paulo Portas. No capítulo «A sentir...» escreve esta autora de duas dezenas de livros: «... a consciência da idade desempenha um papel fundamental na nossa vida. O que se escreve, o que se diz, o que se pensa, a forma como nos olhamos, tudo depende de factores vários, cujo enquadramento específico é a nossa experiência vivida e, por isso, também a idade que então temos. Mas, se assim é, porque será que tanta gente sente necessidade de reduzir ou de a esconder? Alguma razão válida deve haver, que eu não descortino.
    Ao contrário, pugno para que cada um de nós tenha consciência dos anos que tem os enriqueça e os embeleze. Que saiba valorizar-se física e intelectualmente, sem jamais cair na tentação ridícula de fazer-se passar por quem já foi, vestindo-se e maquilhando-se em concorrência com as próprias filhas e submetendo-se ao vexame que tal situação sempre representa... A idade é um «posto» de que deve desfrutar-se!»

MAIS UM COSTELETA QUE PARTIU



FALECEU LUCIANO BAIÃO, UM DECANO «COSTELETA»
Na sequência de grave enfermidade faleceu, recentemente, em Faro, cidade onde nascera há 87 anos e onde sempre viveu, o bem conhecido Luciano dos Reis Baião, antigo aluno da Escola Tomás Cabreira, ao tempo nas instalações da Rua do Município e do Largo da Sé. Profissionalmente foi, até à aposentação, funcionário administrativo do Hospital da Santa Casa da Misericórdia e depois Hospital Distrital de Faro. Desenvolveu, desde jovem, intensa actividade desportiva, quer como praticante, alinhando nos clubes populares e na equipa da ETC e depois como dirigente, de modo assinalado no Clube dos Amadores de Pesca de Fato e na casa do Sporting na capital algarvia. O saudoso amigo e decano «costeleta» Luciano Baião era um fervoroso adepto do Sporting Clube Farense, seu colega de sempre. À família enlutada a expressão do profundo pesar.

JOÃO LEAL


Como Presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, venho por este meio apresentar os meus pêsames aos Familiares de Luciano dos Reis Baião e, que descanse na Paz do Senhor.
        
     Florêncio Vargues

FILOSOFANDO


Momentos....de um costeleta aposentado

No nosso quotidiano vivemos momentos em que, sem saber razões ou motivos concretos, somos invadidos por tristezas inexplicáveis.
Tentamos saber as razões para esse estado de espírito, sem resultados concretos.
Naturalmente, procuramos combatê-las com acções e pensamentos positivos, mas nem sempre é fácil.
O trabalho e a responsabilidade inerente, são sedativos muito bons. Outros se pode referir:
Encontrar amigos, ler, ver televisão, ouvir rádio, escrever,etc.
Escrever é um bom exercício. Que tema? Sobre quê? E a inspiração ?
Juntar-me com amigos no café e falar de quê? Ver televisão, que desastre! Ouvir rádio, depende da hora e do canal. Ler é muito bom, porque vivemos num momento de grandes escritores e temas muito interessantes.
Enquanto fui divagando, tentei encontrar o porquê deste meu estado de espírito.
Os milhões de crianças que morrem por desnutrição. A miséria que grassa em todo o mundo. A riqueza que detêm 70 ou 80 seres humanos, igualando  a “riqueza de 80% da população mundial. O desporto como actividade lúdica, substituída lentamente por elevados interesse económicos. As religiões e a sua participação nos graves problemas da humanidade. A política e o desencanto dos povos, para gáudio de regimes ditatoriais. A ganância, a inveja e o ciúme que ferem de morte as relações entre as pessoas. Assistir ao desaparecimento de tantos colegas e amigos.
Ouvir a meu respeito, a confidencia de um amigo costeleta, a propósito de um outro, por quem nutria muito respeito, consideração e de quem gostava muitíssimo – Não gosto daquele gajo –.
Penso que a razão não é uma, mas toda esta amálgama de questões, que sem querer invade o nosso dia a dia.
Que fazer? Continuar a ser costeleta e poder afirmar que  gosto muito daqueles gajos (os costeletas)?!...
Jorge Tavares
costeleta 1950/56