terça-feira, 22 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)


PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (IX)

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Quando, em 1914, com a criação do curso de comércio, a Escola adquiriu a desig­nação oficial de Escola Industrial e Comercial de Pedro Nunes, pensámos que esta­ria definido um estatuto institucional que o futuro pouco poderia alterar.
E esta suposição viria a consolidar-se quando, dois anos mais tarde, um novo "regulamento da organização do ensino elementar industrial e comercial'. então publicado, em nada alterou as valências atribuídas à Escola, mantendo-lhe a deno­minação e definindo os cursos a ministrar e o respectivo quadro docente.
Eis senão quando, já em 1918, a Secretaria de Estado do Comércio, que entretanto passara a tutelar este tipo de ensino, faz publicar um novo diploma que altera radicalmente o anterior. (*)
E a Escola desagrega-se. Separam-se os cursos de natureza industrial dos orien­tados para a actividade comercial e, em vez de um único, são criados 3 (três!!!) estabelecimentos de ensino, a saber:
- Escola de Artes e Ofícios, de Pedra Nunes;
- Aula Comercial;
- Escola Elementar de Comércio.
Porém, urna rectificação a este diploma, saída cerca de um mês após a sua publi­cação, viria alterar a designação deste último estabelecimento para Escola Comer­cial de Faro mas mantendo, em paralelo, a Aula Comercial.
Interrogamo-nos sobre o efectivo funcionamento desta Aula Comercial, pois não lhe encontrámos qualquer referência em legislação posterior, designadamente no decreto que fixa os quadros de pessoal da "Escola de Artes e Ofícios" (ali referida corno "Escola de Carpintaria e Trabalhos Femininos de Pedro Nunes, de Faro') e da "Escola Comercia! de Faro".

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Pensamos que, com esta "organização", o nível do ensino industrial ministrado em Faro terá sofrido um considerável retrocesso, pois os cursos das escolas de


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artes e ofícios eram de natureza tão elementar que poderiam, até, admitir a matrícula de indivíduos analfabetos.
O próprio quadro docente fixado não permite, aliás, outra inferência, pois era exclu­sivamente composto por um professor de Desenho, um mestre de carpintaria e uma mestra de trabalhos femininos.
Temos, no entanto uma opinião muito favorável quanto ao ensino comercial, a partir daí implementado. O curso das escolas comerciais, com a duração de três anos, comportava já um elenco de disciplinas de indiscutível valia. Se não, vejamos:
1. língua pátria; 2. Língua francesa; 3. Língua inglesa; 4. Aritmética comercial; 5. Elementos de teoria do comércio, de direito comercial e de economia política; 6. Geografia comercial, vias de comunicação e transportes; 7. Escrituração e conta­bilidade comercial; 8. Noções de tecnologia de mercadorias; 9. Trabalhos práticos de Caligrafia, Estenografia e Dactilografia.
Ficamo-nos por este ano de 1919. Como evoluirá a Escola daqui em diante? Procu­raremos responder a esta questão em futuros apontamentos.
(*) Os que se interessam por questões relacionadas com o ensino em Portugal encontrarão, no "RELATÓRIO" que faz parte deste diploma (Decreto nº 5:029) D.G. n" 263 (I Série), de 5 de Dezembro de 1918, um extenso historial da evolução do ensino industrial e comercial.


Franklin Marques

A ESCOLA E OS COSTELETAS


A ESCOLA E OS COSTELETAS

Hoje, aos 65 anos, quando olho para trás, recordo com saudade, os tempos da escola e da tropa, se bem que a minha tropa, fosse mais ir à inspecção militar ao JARDIM da ESTRELA, que foi o suficiente para me roubarem uma balalaika que a minha mãe me tinha comprado e conseguir ficar livre do serviço militar obrigatório.
Da escola, sim, lembro-me alguma coisa. Uma vez fui ao BNU em Faro, estava lá o Mestre Carolino, senhor Mestre como está, terei dado uma guinada com o corpo, de tal ordem, que o Mestre disse... olhe , agora é que eu conheci ...
Velho querido e amigo Mestre, tantas vezes que nós perguntámos à máquina e ela muda e queda. Mestre, e daquela vez que um queria jogar a máquina pela janela fora..
E tu ó camarada do RIO SECO a quem a gente chamava o MENINO JESUS, por seres branco como a cal da parede. Como e onde estais?...
E tu ó BENJAMIM de uma mão só e com grande habilidade para o desenho, where are you my friend. Came on, please

Camarada ORLANDO PESSOA do 1º 2ª onde é que paras.!.. e o JOÃO MANUEL BÁRBARA NUNES igualmente do 1º 2ª where are you?....

Favor apresentar-se ao serviço

Texto de
João Brito Sousa