terça-feira, 23 de dezembro de 2008

OBRIGADO Ó MAURÍCIO SEVERO

(Maurício e Romana, dois costeletas amigos)


AO MAURÍCIO SEVERO

GOSTARÍAMOS DE SER TAMBÉM
Parece-me que foste o único a ir ...
Ao mail... e enviar as boas festas
A todos.... como podem ver a seguir
Só os grandes têm atitudes destas.

Maurício, só assim compreendo bem
Que és o melhor de todos, podes crer
És amigo e duas vezes costeleta também
Por isso, quero a tua amizade merecer

Porque tu és o livro onde aprendemos
Os valores da vida que não queremos
Esquecer nunca, mas sim sabê-los bem

És simpático, correcto e competente
Valores que te fazem homem experiente
O que nós gostaríamos de ser também....


Ei-la:


UM ABRAÇO APERTADO NESTA QUADRA DE RECONCILIAÇÃO, PAZ E AMIZADE PARA TODOS OS COSTELETAS,
À ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA TOMÁS CABREIRA, AOS ADMINISTRADORES DO NOSSO BOGUE " OS COSTELETAS. BLOGSPOT.COM " E A TODOS OS SEUS FAMILIARES EU DESEJO UMA LONGA VIDA , PRÓSPERA E CHEIA DE SAÚDE.

MAURÍCIO SEVERO DOMINGUES


publicação de
João Brito Sousa

LARGO DE S. PEDRO


O LARGO DE S. PEDRO

Como estou fora da minha cidade e quando lá vou o tempo não chega para “matar” as saudades todas, por este processo consigo aproximar-me mais dela e passar nela o tempo que dura escrever esta crónica. Como gosto de recordar pessoas e locais por onde passei, aqui me têm a falar do Largo de S. Pedro.

Quem vem da rua da cadeia, dos lados de S. Sebastião e quartel da GNR, em Faro, vem desembocar ao Largo de S. Pedro. È aí que está a igreja do mesmo nome, onde eu ia à missa nos anos cinquenta e tais. Apesar de puto ainda, gostava da solenidade daquele acto e assistia sempre que podia.

A igreja enchia de fiéis e eu ficava impressionado com a pompa do senhor Abade, o meu padrinho de crisma o Padre José Gomes. Era um homem que, dentro da igreja via tudo, tinha um poder de observação terrível e atirava-se aos paroquianos quando o assunto era sério.

Mas era bom homem e foi lá que fiz a primeira comunhão. Como fui órfão de pai muito cedo, a minha mãe casou lá pela segunda vez e eu ainda me lembro de ter assistido à cerimónia.

A missa durava aí uma hora, mais ou menos, o senhor Padre lia o Missal e, tal como hoje, explicava o significado daquele domingo em termos bíblicos.

Antes da entrada no Largo, à esquerda, ficava ali uma oficina de reparação de bicicletas, cujo proprietário era o senhor Zé Linocas que era genro do senhor Virgílio Rosa , lá da minha terra, o Patacão. Uma vez, na récita da Sociedade Recreativa lá do sítio o actor e poeta, e muitas coisas mais, Clementino Baeta, que era um génio no palco, representou uma cena com uma bicicleta que tinha a campainha avariada. Recordo-me que a páginas tantas, o actor se virou para a campainha muito sério e, falando com ela disse-lhe: “Então tu também não tocas?... então, estou aqui estou a levar-te à do Zé Linocas.

Já dentro do Largo, ficava à esquerda de quem vem de S. Sebastião uma mercearia, que não sei como era porque nunca me abasteci lá. Depois ficava a Escola de Condução, cujo filho, Jacinto, andou lá na Escola Comercial e Industrial comigo e havia ainda outro filho, o Alfredo, que andava nos carros a ensinar a malta a conduzir e jogava à bola, a defesa direito, no Olhanense e a imprensa desportiva da época, chamava-lhe o “Bassora.”

Faro, uma saudade.

Texto de
João Brito Sousa