sábado, 27 de junho de 2009

PARABENS MANUEL















UM ABRAÇO PARA TI MANUEL


Manuel Inocêncio Costa
Os teus poemas
São de uma enorme profundidade humana
Por isso te saúdo ó meu velho poeta
Continua na senda do que habitualmente
Vens escrevendo para a gente
E nunca te esqueças que és um costeleta
Homem de alma lavada
E rejuvenescida
Os poetas são sempre jovens, Manuel.
Por isso é que todos, dos poetas, têm inveja
Como diz o António Lobo Antunes
Que, na arte, começou como poeta
Mas falhou
Tu, não, Manuel, tu brilhas sempre
Porque vives sempre na madrugada
Da vida
Como eu gostava que isso acontecesse
A mim
Mas falta-me a capacidade para encontrar o tema
E o teorema
Sai tudo mal, tudo tão ruim
Olho para trás e vejo tudo negro
Ou quase tudo...
O que fiz que valesse a pena?
Mudei cinquenta vezes de emprego
Ou mais
Mas não estou aqui para falar de mim
Quero sim
Que contes para os costeletas
Histórias da estudantada
Dessa Coimbra adorada
Onde as capas dos estudantes flutuam
Nas águas do Mondego
Coimbra que tem mais encanto
Na hora da despedida
Mas por enquanto
O fim do almoço anual da escola
Em Vilamoura
Com a velha malta presente
É a hora mais dorida.

Costeleta, sempre.

João Brito Sousa