terça-feira, 9 de fevereiro de 2010



O MEU 1º ANO 1º TURMA DO C.G.C 1954 /55

A turma tinha bons alunos, como, por exemplo, o Herlânder Estrela, que foi aquele que chegou mais longe em termos profissionais, com uma excelente carreira na Banca Comercial e na política onde chegou a Secretário de Estado das Finanças num Governo PS
Depois do Herlânder, havia outros bons alunos, como o Bãrbara Nunes, o Zé Marcelino, o António Viegas, o Pires de Lima, o Hélder Faísca, o
Joaquim Teixeira e …
Foi neste ano e nesta turma que apareceu o Zé Joaquim Ribeiro Mota Pereira, um rapaz louro que vinha de Lisboa e que contava histórias à malta. Dizia o Zé, que tinha visto jogar o Matateu.
O mais poderoso para a porrada era o Zé Epaminondas. Nunca mais o vi.
Figuras célebres foram o Sancho Cabrita, irmão do Sotero, poeta,que
era do 4º ano e que foi mais tarde meu colega na TAP.
Os professores eram bons, uns melhores que outros, claro, dessa turma recordo o Professor de inglês O Dr. Rebelo da Silva e a Drª Amélia de Francês eram os que denotavam mais dificuldades.

Continua
João Brito Sousa


UMA VIAGEM DIFERENTE ( 2 )

AS CARNES E OS JEGUES


Desde 08 de Janeiro foram publicadas algumas crónicas de minha autoria , sobre as quais recebi diversos comentários que podem ser verificadas .
Na globalidade os comentários são gratificantes , porque mostra o interesse que existe sobre o que se escreve , provando que o tema merece atenção dos leitores e, no meu caso me sinto honrado por essa atenção ter vindo de colegas de grande experiência e competência na área da escrita !
Os meus agradecimentos .

“ No título sobre uma Viagem Diferente “ o colega A. Palmeiro me pede que o corrija sobre a carne Seca e Carne de Sol .

Na generalidade são proveniente de Animais Bovinos , o que não invalida que tenham outra proveniência ( o governo Brasileiro proíbe o consumo de carne de Eqüídeos na alimentação Humana ) , existindo um mercado informal ( clandestino ) de carne de Jegue ( burro ) e sobre esse ponto não existe erro amigo António !

A principal diferença entre a Carne Seca e Carne de Sol ?
É que a carne-seca, é mais seca que a carne-de-sol. E também mais salgada , tem um teor de humidade de aproximadamente 45% e até 15% de sal; enquanto a humidade da carne-de-sol atinge 70%, com 5% ou 6% de sal. ( na nossa alimentação o sal roda os 2 % )

A carne-de-sol, diferentemente do que o nome dá a entender, não é exposta aos raios solares . Os cortes com predominância do Dianteiro (o traseiro tem as peças mais comerciais ) do boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas num lugar coberto, de preferência com vento .
Em qualquer das situações A baixa umidade do ar é indispensável para a obtenção de um bom produto – eis uma das razões por que o sertão nordestino é o ambiente ideal para secar a carne.
O processo de secagem da carne-seca (também chamada de charque ou jabá) inclui uma etapa em que as mantas de carne são estendidas ao sol. Graças à extrema desidratação, ela pode durar até 4 meses em temperatura ambiente, contra os 4 dias da carne-de-sol. Na cozinha, a carne-seca precisa ficar de molho para dessalgar e reidratar. O preparo da carne-de-sol é mais simples , é “só lavar e pôr na brasa”.

OS JEGUES
Durante séculos o jegue foi o animal de estimação oficial das famílias do sertão. Era o amigo, o companheiro de trabalho, o meio de transporte capaz de buscar água no riacho próximo e voltar sozinho. O patrimônio mais valioso que um pai podia deixar para o filho . Isso acabou ! Hoje é possível comprar um jumento por Eur: 0,40 , enquanto uma galinha custa sete vezes mais. O jegue está tão fora de moda , seus donos agora o esquecem ( abandonam ) na beira de alguma estrada, onde acaba causando acidentes.

Na caatinga, ( “ Palavra de origem Tupi = \Mata branca “ lugares em que a vegetação só é verde na época da chuva ) o que era uma grande vantagem virou problema. O jumento sobrevive nas situações mais difíceis. As pessoas se desfazem dele, mas ele fica vadiando pela cidade e invade as lavouras." Os bichos capturados são levados para o interior da Paraíba, onde são vendidos a preço a que chamam de banana ( barato ) . Outras prefeituras são menos politicamente corretas – na calada da noite enchem carretas com jegues para abandoná-los na cidade vizinha, que fará o mesmo no dia seguinte.
Em 1967, havia 2,7 milhões de jumentos no Nordeste. Na mesma década a carne passou a ser exportada para a França ,eJapão , onde é bastante apreciada, e o número de animais caiu pela metade em sete anos , tendo terminado pelos protestos dos amigos dos animais .
Actualmente existe apenas 1,2 milhão de jegues ( burros ) mas em 2004 começou a funcionar o primeiro frigorífico ( matadouro )do Nordeste para abate de jumentos, cavalos e burros , na cidade de Santa Quitéria, a 206 quilômetros de Fortaleza , que envia a carne para o roteiro dos chefs internacionais especializados em comida exótica ( Europa , Japão China ) No entanto a exportação de carne de jumento, já enfrenta resistência da União Internacional Protetora dos Animais existindo afirmações que a operação coloca em risco a espécie.

Sobre os comentários das publicações mais recentes , brevemente enviarei resposta no entanto , faço a rectificação sobre a casa onde morou Alberto Marques da Silva “ O Sr. Marmelada “ que de acordo com a informação se situava na Rua R. Teixeira Guedes entre o Edifício do Tribunal e o Supermercado Pingo Doce .

Saudações Costeletas
António Encarnação