domingo, 21 de fevereiro de 2010


FALANDO DE AUSÊNCIAS E COMENTANDO A MINHA


Começo por me referir à minha ausência ultimamente e a razão para tal é simples e fácil, falta de tempo para escrever. Motivos profissionais e nada mais além disso.
Tenho no entanto acompanhado o toque a reunir aqui lançado pelo colega Jorge Tavares, no seu artigo “a crueza dos números”, bem como os comentários que se seguiram.
Estando de um modo geral de acordo com o que o colega escreve, encontro apenas um senão, a saber:
“Penso ter encontrado algumas razões para tal, mas porque as mesmas poderão ser demasiado criticas e algo fracturantes”
Se existe um problema e se o mesmo foi identificado, é meu entendimento que quem o identificou deve frontalmente colocar a questão, com todas as criticas ou fracturas inerentes, para que futuramente não volte a acontecer.
É impossível num espaço como este, que não existam opiniões divergentes, maneiras diferentes de ver o mesmo problema, gostos diferentes, comentários não concordantes, mas todos respeitáveis, desde que transmitidos de forma correcta, com educação e sem ofensas pessoais.
Relativamente ao artigo do João (JBS) “Situação no Blogue” nem sempre estou de acordo com ele, mas em meu entender o que se destaca é o artigo em si, mas um comentário do João, que com a devida vénia vou transcrever:
“Escrevi estas notas para que eu próprio sentisse que me teria de educar e criar condições para me relacionar com os outros. Nem sempre estive bem e quero ser melhor pessoa.
É uma espécie de auto critica”
Isto que o João escreveu, define a pessoa, mas acima de tudo define um ser humano de excepção.
Todos viveremos num mundo melhor, o nosso País a nossa Sociedade, serão melhores, se existirem cada vez mais “Joões”. Este é o caminho, o caminho da humildade. Bem hajas, João.
Quero ressaltar ainda neste artigo o ponto 5 onde o João diz: “ Gostava que houvesse textos e comentários livres” Concordo, meu caro amigo, esse é o caminho.
Quero também referir-me ao colega António Encarnação, a sua explicação sobre a carne de sol e a carne seca é perfeita e deixa-me com água na boca, porque meu amigo, um bife de carne de sol, descia agora que era uma maravilha. Temos 25 anos de diferença da realidade brasileira, quando viajei pelo sertão da Bahia e pelo sul do Piaui e Pernambuco, o prato forte era mesmo a carne de jegue e não havia a proibição governamental a que se refere.
Sou um admirador da culinária baiana, mas antes de ser adepto e na primeira vez que por lá viajei, estive um mês com os intestinos avariados, como sabe o tempero é muito forte e o azeite de dendê, precisa que nos habituemos, experimentei a famosa feijoada no local certo, ou seja no Mercado Modelo em Salvador, respondi à maliciosa pergunta da baiana, se a feijoada era quente ou fria e inocentemente respondi que era quente, o que me forçou a comer o típico prato, com tanto picante que nem sei como fui capaz. Obviamente que a pergunta é feita com segundo sentido e “quente ou fria” era em relação à pimenta (piri piri).

Aguardo sempre com curiosidade e admiração o que você escreve, porque fala de algo que conheço e duma terra que também gosto muito.
Na verdade muita gente tem estado inactiva em relação ao Blogue, é preciso que todos voltem. Tenho sentido a falta do colega Diogo e dos comentários do colega Maurício, sempre frontais e de grande interesse.
Para todos sem excepção, com frontalidade e amizade.
Um abraço costeleta
António Palmeiro

LANÇAMENTO DE LIVRO


ANAIS DO MUNICIPIO DE FARO - 2005 . 2008

Ontem, dia 20 de Fevereiro, pelas 16 horas, na Biblioteca do Município de Faro, foi apresentado o livro Anais do Municipio de Faro - 2005 . 2008 que a foto reproduz. Representando a Direcção da nossa Associação, esteve presente a Costeleta Isabel Coelho.
Temos o gosto de transcrever uma passagem do livro apresentado.

"E, novamente, a paisagem do mar vai invadir o espaço. No Largo da Sé e nas Portas do Mar, o espectáculo é deslumbrante. Um conjunto de homens de pele queimada pelo mar, com calças e camisa arregaçada, vão confeccionando murejonas e largando enormes redes pelo chão, reparando-as, para que as possam novamente colocar no mar, repetindo desta forma, a faina quotidiana.

Também os arredores servem para ampliar este cenário. É assim que no Largo de S. Francisco, não só a reparação das artes, mas também um conjunto de homens calafates reparam os barcos ao longo do largo fazendo do mesmo um prolongamento desta paisagem marítima.

Faziam as artes ali, no Largo da Sé. Estendiam as redes ali, aquilo era tudo em areia. Traziam as redes do barco ( . .) e estendiam as redes ali para secar e depois arranjavam.

Os calafates arranjavam os barcos ali em São Francisco ( . .).

Manuel Costa, 75 anos "
RC