terça-feira, 9 de março de 2010

ResultadosJunta de Freguesia da Sé

NOTA DE IMPRENSA

Como em anos transactos, a Junta de Freguesia da Sé, com o apoio do Movimento Democrático das Mulheres e da Câmara Municipal de Faro, associou-se às Comemorações do Dia Internacional da Mulher, realizando no dia 7 de Março o 6º Torneio de Futsal Juniores Femininos, das 09h00 às 18h00 no Pavilhão do Sporting Clube Farense, onde estiveram presentes 9 das 10 equipas inscritas na Associação de Futebol do Algarve.

Este Torneio que, devido à qualidade da sua organização, é cada vez melhor aceite, teve este ano a particularidade de que tanto os árbitros como os elementos da mesa serem todas mulheres.

Houve bastante competição e o público acorreu ao Pavilhão em bom número!

No final foram entregues os prémios aos participantes, estando presentes o Eng. Macário Correia, Presidente da Câmara e a Srª Vereadora Alexandra Gonçalves, o Presidente da Junta de Freguesia da Sé, Joaquim Teixeira, com alguns membros do seu Executivo, o Presidente da Arbitragem da AFA, António Matos e pela parte da organização, David Silva, membro da Assembleia de Freguesia da Sé.

Para conhecimento, junta-se a classificação final do Torneio.

Atentamente,
A Secretária do Presidente,
Margaret

DO CORREIO

Vitimas do”buling”

Acabei de ver o programa de Miguel Sousa Tavares “sinais de fogo” onde tratou do fenómeno que não sei porquê se agarrou um nome inglês para o definir. O tal buling.(bullying)
O nome é novo mas o fenómeno não. Eu fui vitima de tal comportamento intempestivo de alguns colegas .MSTconvidou para falar sobre o assunto uma tal psicóloga de nome qualquer coisa Dra. Vasconcelos. E, aqui estou reagindo. Bem ou mal reajo ao meu sentimento que ainda hoje vive comigo. Dizia a senhora que o tal agressor( porque é isso que ele é) também é uma vitima. É mentira. O" bulli" sempre escolhe as vitimas entre os mais “pequenos”,aquele que ele “cuida” serem mais fracos e, na maior parte dos casos são. Não queria personalizar o assunto mas sou obrigado a fazê-lo. O "buli" só desiste quando o medo o atinge. Não ouve palavras ou conselhos dos seus professores , pais, ou psicólogos.
Mas vamos aos casos por mim vividos que, não quero que sirvam de exemplo para algum jovem que por acaso leia estas linhas. São uma experiência e, não mais que isso.
Andava eu na terceira classe franzino como sempre fui, quando veio parar à nossa escola por razões administrativas um colega já com uns 13 anos mas ainda na quarta classe. Escolheu-me para seu “bombo” depois da hora da saída. Aquilo propagou-se por muito tempo ou o suficiente para eu ter medo principalmente da saída de sábado onde a aula acabava para todos às onze e meia. Eu corria o que podia mas era sempre agarrado pelo matulão que fazia o gosto aos punhos a seu bel prazer. As minhas queixas em casa não resultaram já até porque meus pais eram amigos dos pais do figurão. Decidi tomar a minha defesa em mãos. Armei-me às escondidas imaginem com o quê? Um garfo de cozinha. O medo obrigava.
Era sábado, naquele dia não fugi, esperei por ele o mais calmamente possível que um amedrontado pode esperar. E, lá veio ele. Tirei a mão da algibeira direita com o garfo em riste e, em vez de fugir fui para ele que, correu até sua casa comigo à perna. A partir daí tornou-se meu amigo até hoje.
Anos mais tarde ,já na nossa escola, ainda franzino, quase esquelético que sempre fui na adolescência veio parar à minha turma no segundo segunda de formação de serralheiros o célebre Rodrigues, o António da Silva Rodrigues de Olhão que se entretinha ameaçando e batendo em todos os mais jovens e tomando o pulso àqueles do seu gabarito... e, quando lhe calhava levar de algum mais velho jurava vingança porque tinham “batido” num órfão( ao que parece era órfão de mãe)!....um dia na aula de oficinas decidiu esfregar-me na cara um desperdício oleado. E fê-lo.
Não resisti, agarrei num martelo que estava à mão e atirei-lhe. Por sorte ou azar acertei-lhe num braço o que o deixou contorcendo-se com dores e ameaçando-me de morte porque havia dizia ele agredido um órfão. Não mais me tocou. Passado pouco tempo desistiu da escola e até hoje não mais o vi .
Não quero com isto justificar qualquer forma de violência gratuita. Longe disso. Uma coisa porém é certa, um violento só reconhece violência. Enquanto não houver quem lhe faça frente ele vai continuar. As palavras pouca ou nenhuma influencia têm nele. A prova está aí aos olhos de todos. Foi preciso uma vitima ter optado pelo suicídio para que se fale num problema endémico das nossas escolas e... comentado. A senhora chamada a comentar desculpou tudo e todos .Não teve coragem ou conhecimento para denunciar que o problema é da sociedade e começa em casa .O padre Américo estava errado quando proferiu a frase “Não há meninos maus”. Há sim senhor, eles estão aí, são os futuros delinquentes e assassinos de amanhã.
Sei que há opiniões contrárias. Aceito-as. Esta é a minha e nada mais do que isso. Uma
experiência .Se for publicada deixo-vos o tal abraço.
Diogo