terça-feira, 13 de abril de 2010

DO CORREIO



Um pouco do Peru !


Na generalidade me habituei no mínimo a escrever uma vez por semana para o Blog .
Em meados do mês de Março um Raio danificou aqui a rede caseira de computadores desde Modem , sistema sem fios ( mas aqui com fios ) igual a roteador ; Fontes de Alimentação ; Placas de distribuição etc.
Me falaram que garantias não cobrem Raio , e daí tinha previsto uma viagem a Lima da qual não abri mão .

Foi a primeira vez que visitei o Peru e naturalmente talvez seja a última ? Correu tudo bem e até encontrei uma gastronomia diferente mas saborosa !

Lima uma bonita cidade em que as cores predominantes nas pinturas das casas são fortes como : Amarelo , Verde e Rosa , como solução dos Limenhos para a época do ano que vai entre Maio e Agosto em que o céu permanece acinzentado ( Outono e Inverno ) . Antes dessa época o céu é azul e a vista do Pacífico é sempre espantosa , uma temperatura média dos 23 graus.

A moeda oficial é o “ Novo sol “ equivalente a cerca de 4 por cada Euro , ou 3 por dólar , que na realidade é a moeda estrangeira mais aceite . Uma particularidade não recebem notas de “ Nuevos soles “ amarrotadas ou rasgadas .

Me indicaram que na Avenida do mar no Bairro de Miraflores iria encontrar o Prato Nacional , foi um realidade apreciar o “Cebiche “ em Português Ceviche .

É uma Comida que não vai ao fogo , feita com uma ou várias variedades de peixe que cortados em fatias são temperados com sal , alho , cebola roxa , pimenta e com sumo de Limão .
Fica marinando uns minutos e vai para a mesa , na realidade o peixe é cozido pela acidez do Limão .
A guarnição tradicional é de milho e batata doce mas a pedido também é substituída por batata normal e verduras.
Escolhi Linguado mas tem de Atum , Lula , Polvo , corvina etc. Depois acabei por pedir “ Leite de Tigre “ trata-se de um batido do molho da marinada do peixe com “Aji “ uma Pimenta local , vodka e um vinho branco a que chamam pisco .
É de facto forte e na cultura local falam que é afrodisíaco .
Nas barracas além da Inca cola ( o refrigerante típico com sabor de tutti fruti ) vendiam o chocho peruano ( um tipo de espigas de milho ) e chicha morada uma bebida não alcoólica feita na base de milho .
Visitei o bairro Barranco onde rolavam a “ Penha “ um ritmo crioulo muito dançado nos bailes da cidade onde os mais famosos são as festas da Rústica Costa Verde as da “ Pena del Carajo “ ( traduzindo quer dizer mesmo isso ! )

É muito bonito mas sou mais virado na gastronomia e aí senti um cheiro familiar , sim do Churrasco ! mas também diferente . se chama anticunho é feito com carne de Alpaca ( tipo de camelo andino da família do lhama , paguei um Novo sol ( Euro = 0,25 ) e provei , tem gosto semelhante ao da carne de Vaca .
Acabei por num restaurante ser Servido em quantidade por Lombo de Porco salteado com gengibre e Costeletas temperadas com canela e pimenta chinesa .

Não me vou referir ao passado Inca do Peru , que facilmente pode ser pesquisado na net .
Existe tanto local que na vida não conseguimos visitar , daí ter escrito que talvez não retorne .

Saudações Costeletas
António Encarnação


SOBRE AS MINHAS CRÓNICAS
– E NÃO SÓ…
De Alfredo Mingau

Geralmente os cronistas tornam-se extremamente honestos quando sentem que aquilo que têm de dizer sobre si próprios é de uma importância monumental. Com a permissa da honestidade chego, pelo contrário, à completa imaturidade da minha pessoa; quer dizer, sou forçado a entrar numa loquacidade insuportável, simplesmente Iorque careço de habilidade de dizer onde acaba o capricho estatístico da composição da personalidade e começa a regra do comportamento da espécie.
Em vários campos é possível adquirir-se um conhecimento que é real, ou aquela espécie de conhecimento que apenas proporciona conforto espiritual, e os dois não precisam de estar de acordo. A diferenciação destes dois tipos de conhecimento em antropologia confina com o impossível. Se não conhecemos nada também como a nós mesmos é certamente por este motivo que renovamos constantemente a nossa exigência de conhecimento não existente, isto é, informação sobre o que criou o homem, enquanto antecipadamente excluímos, sem o compreendermos, a possibilidade da união do acidente puro com a mais profunda necessidade.
É curioso que as marcas da nossa imperfeição, que identificam as espécies, nunca tenham sido reconhecidas – a meu ver – por qualquer crença como aquilo que simplesmente são, ou seja, como os resultados de processos incertos; pelo contrário, praticamente todas as religiões (reparem que falo em todas, para não contrariar os Estatutos da Associação – não discrimino) concordam na convicção de que a imperfeição do homem é o resultado de um choque demiúrgico entre duas perfeições antagónicas, cada uma das quais “danificou” a outra. A minha concepção apenas parece maldosa se estiver errada…
Faço uso dos conhecimentos que possuo, associado às pesquisas, para escrever as minhas crónicas.
De certa forma também vem a prpósito a inoperância dos colaboradores do nosso Blogue, quando alguém afirmou que “o Blogue está vivo para continuar…” o que não parece.
AM