SONETO
Em memória de Aurélio Cunha Bengala
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO
Soneto (quase inédito) escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos.
Tão actual em 1969, como hoje...
E depois ainda dizem que a tradição não é o que era!!!
Enviado pelo Costeleta Maurício Domingues
Boa Maurício
ResponderEliminarOs tempos não mudaram.
"Mea culpa"?
RC
BOA PEDRADA ! GOSTEI ROGÉRIO.
ResponderEliminarÉS IGUAL A TI MESMO E, COMO TAL,
AÍ VAI UM ABRAÇO DE MUITA AMIZADE
DO
MAURICIO
Meu caro Maurício.
ResponderEliminarQuando no meu pequeno comentário ao p+oema que envias, coloco a pequena frase "Mea Culpa?", não me estou a referir apenas a mim..., eu acho que ela é feita por todos os votantes e a resposta será um SIM!
Um abraço
Rogério