quarta-feira, 14 de abril de 2010



FRANCISCO ZAMBUJAL
20 anos depois


O jornal A Bola de Domingo trazia uma reportagem sobre o notável costeleta que foi Francisco Zambujal. Não podemos ficar atrás. O Chico é nosso património cultural, porque foi professor e artista.

Evocar esta figura é evocar, simultaneamente, uma plêiade notável de costeletas desde Franklin Marques, João Leal, Alberto Trindade, José Clérigo, Mário Zambujal, os manos Molarinho e todos os outros da célebre 4ª Turma, do 2º Ano.

Conheci o Chico Zambujal quando estive hospedado na casa da Natércia, depois esposa e namorada de então. Mais tarde, tive um encontro marcado com ele, no Instituto de Oncologia de Lisboa, que não se verificou com pena minha, porque a vida dele terminou pouco depois.

Estive no funeral dele com o Franklin Marques e, por isso, faço questão de o recordar aqui.

Era um homem da cidade que passava, pelas quatro da tarde, com os seus dilectos Profs. Fortes e Daniel Faria, vindos do Café A Brasileira, onde tinham a sua tertúlia. O Chico era um homem franco e, enquanto aluno da Escola, era um companheirão e uma pessoa alegre. A jogar à bola era guarda-redes e dizem que bom. Cem por cento benfiquista, daqueles que choram.

Tinha um enorme jeito para o desenho e, nessa disciplina, foi meu professor na Escola do Magistério Primário. Convidámo-lo para fazer as caricaturas do Livro de Curso de 1970/71, do Instituto Comercial de Lisboa, o que fez com enorme maestria.

Deixou desenhos em muitos jornais, sobretudo n’A Bola, e no Café A Brasileira, em Faro.

Seria interessante que os costeletas, que com ele privaram, dessem o seu contributo no sentido de completar a imagem deste homem que merece ser mais conhecido e recordado.

João Brito de Sousa