terça-feira, 25 de maio de 2010

Informação

Jornal "o Costeleta" nº 106

Informamos todos os Associados que o nosso jornalinho seguiu hoje pelo correio.
O atrazo deveu-se a avaria na máquina impressora que esteve inoperativa durante duas semanas
A Direcção

As Dívidas da República


De problema em problema

Evitando ferir sensibilidades, furar o crivo “do não falar de politica”, é difícil nos dias que passam. Mas vou tentar.
O problema da República ,como das anteriores, é o despesismo e a casa de penhores. Balança-se entre duas realidades: gastar e pedir emprestado ,pedir e pôr no prego, endivida-se e pensar, a longo prazo, como pagar o que se pediu, com os juros da praxe, que podem ir subindo, ou não sejam os bancos agiotas que beneficiam forçando as situações.
De conversa em conversa, de um canal a outro ,de debate em debate, a impressão que se fica é que todos os independentes percebem o problema e que os serventuários da situação se negam a isso. Porque os colocaria numa posição caricata e com prejuízo manifesto: político, económico e financeiro.
Estamos perante uma elite político partidária de cafagestes ,sacanas , mentirosos, bandidos comuns, enfim gente que podia fazer parte de qualquer máfia sem os parentes lhe caírem na lama. Mas acontece que isto escapou a este povo de “pacóvios” parafraseando Pessoa. Por entre os dedos grossos de escavar a terra, escapou-se o país dos seus antepassados. E eles gastaram muito sangue e deram muitos mortos para isto estar onde está, mas para não ser um jogo de rapazinhos de partidos com ar sério e bonacheirão, nem para voltar a ser província dos Países Baixos.
Se nem sequer conseguiram negociar bem o ultramar, como é possível acreditar que esta malta falhada consiga governar bem Portugal?

Onde Reside o problema?

É o estrutural. Aquilo que permanece na raiz moderna do País, na matriz das coisas dos portugueses que se tornaram maioritariamente dependentes.
Pessoa escreveu, “se fosse preciso usar de uma só palavra para com ela definir o estado presente da mentalidade portuguesa a palavra seria provincianismo”. Que segundo ele, envolveria três camadas sociais, a saber ,o povo, a burguesia e a elite ou seja, o todo social: um país de provincianos embasbacados. Mas será que algo mudou com deslumbrados pacóvios chegados das universidades americanas e inglesas?
A meu ver não, trata-se pelos comportamentos exibidos de uma segunda vaga de pacóvios mais perigosa porque se julga ilustrada.
E que permanece para lá da denuncia de Pessoa tão actualizada? Nada.
A incapacidade de produzir para si mesmo, de se alimentar, de trabalhar, de criar riqueza e de ser como os outros. Justamente é o que se pensaria: um terrível complexo de inferioridade, a noção de que nada vale a pena, a intenção clara de depender do estado...do estado previdência. Viver ao “deus dará”mas sem incorrer em convicção religiosa, reclamando o direito à preguiça e às mais estranhas reivindicações mas não reconhecendo o dever de trabalhar e produzir seriamente
A Administração, assim entusiasmada por um povo que se entrega à sua arbitrariedade e a deixa fazer tudo, invade o privado, cria legislação que dá para anos de estudo e controvérsia, cria tribunais que não funcionam, afirmando ao mesmo tempo que tudo está melhor. As televisões com os mesmos comentadores incompetentes, disparam banalidades todos os dias como se não tivéssemos a caminho de Atenas. Mas claro, não há outros comentadores. Só aqueles. E porquê?
Como sempre,se fôr publicado,um abraço para todos mesmo os que não concordarem
Diogo

do correio electrónico


O ESPÍRITO COSTELETA

Costeleta é um aluno do ensino técnico profissional dos anos 50. O espírito costeleta nasceu lá. Para ficar. As minhas grandes amizades foram forjadas na escola. E ainda resistem.

O espírito costeleta tem um rumo ou deveria ter; chegar à solidariedade.

Com um pouco de tolerância, seríamos únicos.

É por isso que tenho saudades do meu primeiro parceiro de carteira. E de todos os outros.

Serei sempre um aluno.

Deixo-vos um abraço.

João Brito Sousa