sexta-feira, 2 de maio de 2014
POSTAL ILUSTRADO
Publicada por
Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira
em 10:35 AM
5/02/2014 11:52:00 da manhã
Sem comentários:
POESIA
Da Costeleta Lutilia Gonçalves Rocha recebemos o poema que transcrevemos:
Colocado por
Rogério Coelho
PORTIMÃO
Ó cidade menina
Amar-te, quem não há-de?
Tão fresca e ladina
À beira do Arade.
Conta a lenda que esta água
Que o rio leva a Portimão
Tem um sabor a mágoa
Que perturba o coração.
São lágrimas de princesa
Mantida em cativeiro
Aguarela de tristeza
Sob véus de nevoeiro.
Há gaivotas pelos ares
No velho cais de Portimão
As traineiras saem aos pares
Nos sonhos que já lá vão.
Turistas, são o sorriso
Neste novo ganha pão
Tudo isto é preciso
P’ra viver em Portimão.
As casas velhinhas estão
Bem no centro da cidade
Têm beleza e os tempos hão
Deixado marcas de saudade.
Hoje o sonho é construção
De hotéis e similares
P’ra trás fica a tradição
Multiplicam-se os andares.
Mas o sol inda espreita
Tais casas com vaidade
Beija a rua estreita
Já vencida p’la idade.
Mas as largas avenidas
Desta tão bela cidade
Têm as margens coloridas
De cheirinho a mocidade.
Ó cidade cachopa
Meu poema de brincar
Cantinho da Europa
Dormindo à beira-mar.
Lutília
Rogério Coelho
Publicada por
Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira
em 10:35 AM
5/02/2014 09:38:00 da manhã
1 comentário:
UM BOM COLABORADOR À CASA TORNA
Do amigo, Costeleta e colaborador António Viegas Palmeiro recebemos, agradecemos, e passamos a transcrever na íntegra:
Caro amigo Rogério
Foi com surpresa que
recebi a notícia da reabertura do blog.
Surpresa, que, como não podia deixar de ser, deu lugar à alegria.
Concluí depois que a
minha reacção se deveu acima de tudo, à constatação da prevalência do bom
senso, mas principalmente da amizade.
Sem nada preparado para publicação, quero aqui deixar bem expresso
o meu desejo de que esta nova
fase tenha todo o
sucesso que o blog e os seus mentores merecem.
Embora, como disse anteriormente
sem nada preparado,
não quero deixar de enviar um texto (que mais parece um
poema) do meu poeta preferido, Vinícius de
Moraes,
António V. R.
Palmeiro
Se eu morrer antes de você, faça-me
um favor
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.
Chore o quanto quiser, mas não
brigue com Deus por Ele haver-me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se
não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum facto a
meu respeito, ouça e acrescente a sua versão. Se me elogiarem
demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só
porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas
estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demónio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demónio, mas que a vida inteira eu tentei
ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a
atenção deles.
Se sentir saudade e
quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar
com Ele o suficiente para continuar sendo
útil a você, lá onde estiver. E se
tiver vontade de escrever alguma coisa
sobre mim, diga apenas uma frase: “
Foi meu amigo, acreditou em mim e quis-me mais perto de Deus !” Aí então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para
enxugá-la , mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar . E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas
de vez
em quando, dê uma espiadinha na direcção
de Deus. Você n ão me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar
para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem
nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que
aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas? Sim? Então
ore para que
nós dois vivamos
como quem sabe que vai
morrer um dia,
e que morramos como quem soube
viver direito. Amizade só faz sentido se traz
o céu para
mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o
seu começo. Eu não vou estranhar o céu. Sabe porquê? Porque ser
seu amigo já é um pedaço dele!
Observação
importante:
Conheço este texto há
muitos anos e sempre me
lembro de ter atribuído a sua autoria a Vinícius. Agora depois de
o passar fui confirmar e fiquei com muitas
dúvidas.
- Há quem o considere
de autor desconhecido.
- Há quem ache que o texto foi
psicografado por Chico Xavier
(ou seja que envolve a espiritualidade).
- Há ainda quem lhe
atribua outras origens
Seja quem for o autor
não é importante. O fundamental é a mensagem e essa está aí.
António V. R.
Palmeiro
Colocado por
Rogério Coelho
Publicada por
Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira
em 10:35 AM
5/02/2014 08:55:00 da manhã
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