A CIDADE DE FARO
UM POUCO DE HISTÓRIA
Cidade de Faro em 1500
Desta
época, finais do século XV e inícios do século XVI, há diversos vestígios
espalhados pelo concelho que se inserem no chamado período manuelino.
Na
arquitectura religiosa há por exemplo: a capela lateral da ermida de São Sebastião, a capela-mor da ermida da Conceição, a abóbada da
capela-mor da ermida
de Santo António do Alto e o
arco triunfal da Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe.
Na
arquitectura civil há três edifícios (uma casa construída sobre as ruínas de
Milreu, uma sala no Seminário
Episcopal e a casa do capitão Manuel de Oliveira, situada na Vila – Adentro na Rua Prof. Norberto da
Silva) e diversas molduras de vãos e cunhais (portal interior da farmácia
Caniné na rua de Santo António, um portal e uma janela numa casa da rua do Capitão-mor).
Em
1539, o papa autorizou a transferência da Sé de Silves para Faro. A mudança foi
efectuada pelo bispo D. Jerónimo Osório em 1577, ano em que a igreja matriz de
Santa Maria foi escolhida para assento episcopal, e por isso elevada a Sé, e a ermida de São Pedro se tornou sede de freguesia.
Em
1540, por foral de D. João III, deu-se a elevação de Faro a cidade por
ser lugar sadio e abastado, estar no meio do reino e muito a propósito de nele
poder estar a Sé.
Na
primeira metade do século XVI foram construídos dois conventos: o de São Francisco (1517), frente às muralhas, e o de Nossa Senhora da Assunção, no local da antiga judiaria.
Em
1596, a cidade foi alvo de vandalização por parte das tropas inglesas do conde
de Essex. Esta invasão prejudicou, em especial, os edifícios de cariz
religioso.
O
bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas, enviou um relato ao papa
Clemente VIII que descrevia o estado da igreja da Sé:
Foi....toda
queimada e as duas naves do meio dela postas por terra, não ficando de todo o
sobredito mais de pé que as oito capelas por serem de abóbada, mas os retábulos
delas todos queimados (...).
Também
se queimou o coro com órgãos e todos os livros de canto e mais coisas de
serviço dele, a casa do cabido com todo o cartório. Roubaram toda a prata e
ornamentos todos os sinos e relógio e enfim todas as coisas do serviço da
Igreja, sempre ficaram algumas vestimentas e capas de menor valia.
Logo
após a invasão, as muralhas foram consolidadas e dotadas de novas técnicas
militares. Edifícios como a igreja
da Sé e ermida de São Sebastião foram reconstruídos e outros, como o Paço Episcopal, foram edificados de novo.
Na
primeira metade do século XVII foram erguidos mais duas casas religiosas: o colégio de Santiago Maior da
Companhia de Jesus (1603) e o convento de Santo António dos
Capuchos (1620).
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