segunda-feira, 25 de agosto de 2014

CRONICA DE FARO



“Faltam cem…”

Queremos desde já o reafirmar frontalmente que temos a maior admiração e o mais acrisolado respeito pelos bombeiros, sejam profissionais ou voluntários, esses designados e heróicos “Soldados da Paz”, tantas e tantas vezes preteridos e esquecidos das comunidades que abnegadamente servem, numa doação de fraterna e solidária entrega.
No que a Faro se refere laços familiares nos unem à “Cruz Lusa” (Corporação dos Bombeiros Voluntários), já que o meu avô paterno, foi um dos fundadores em 1923 e o meu pai, então um imberbe rapaz se alistou como cadete.
Aos Bombeiros Municipais muitos e muitos factos nos prendem a eles, de modo próprio aquando do I Centenário, vivido nos anos 80 do século passado, integrando, por convite da autarquia, a comissão organizadora das comemorações e sem esquecer pelo muito afecto que nos unia e a saudade que tempo avoluma do sempre lembrado Comandante Valdemar Carlos da Silva.
Enunciadas estas permissas justificamos as mesmas não por personalismo redactorial, mas tão somente pela forma como os alarmes do psíquico soaram, tal como acontecia ao escutarmos, sem ser o anunciar quotidiano das 13 horas, as sirenes de alarme chamando os bombeiros ao “bom combate”. Isto ao lermos as declarações do Presidente da Liga dos Bombeiros Profissionais Portugueses, em recente reunião realizada em Faro, com a presença de membros do Governo responsáveis pelo sector da segurança, referindo as faltas de efectivos em vários locais do país e neles incluindo a capital sulina com um défice de 100 bombeiros.
Alarmante e a exigir a tomada de medidas com a celeridade que esta falta representa, ao fim e ao cabo, para protecção de todos nós farenses e não apenas conhecida que é a participação em grandes fogos e tragédias ocorridas na região e para além dela.
Importa, em complemento do reforço das verbas consignadas, uma ação pedagógica e sensibilizadora que leva ao recrutamento e alistamento de novos elementos desta corporações, a par das medidas que incentivem os que tenham o gesto nobre, honrado e solitário de darem o passo em frente.
Faltam cem, mas nós, todos nós e sobremodo os responsáveis das duas corporações, autarcas e comando no caso dos municipais e direcção e comando no que aos Voluntários se refere, que se afirme “sem” (som um S bem nítido) falta de efectivos os Bombeiros de Faro!

João Leal