sexta-feira, 8 de junho de 2018

QUANDO UM COSTELETA PARTE



JOSÉ AFONSO MARTINS DE SOUSA
MAIS UM «COSTELETA» QUE NOS DEIXOU

Faleceu, em Faro, cidade onde vivia há muitos anos, o nosso estimado colega José Afonso Martins de Sousa, que concluiu o Curso Geral do Comércio, nos anos 50 do século passado, era funcionário aposentado da TAP (Serviços Administrativos) e dinâmico empresário da restauração e similares. O José Afonso contava 83 anos, era natural de Almancil e deixa viúva a sra. D. Maria Odília Guerreiro Ramos, a quem apresentamos as mais sentidas condolências. O funeral efetuou-se da Igreja de São Lourenço para o Cemitério local.


DESCANSA EM PAZ AMIGO

JOÃO LEAL

ESCRITOR E ESCULTOR




   MANUEL BELCHIOR (ESCULTOR E ESCRITOR), 

                 UM  «COSTELETA SAMBRAZENSE»


Foi através da aprazível leitura do livro - álbum «Subsídios para uma biobibliografia sambrazense», da autoria do erudito investigador natural daquele concelho do interior algarvio, Dr. José do Carmo Correia Martins, que além de professor na nossa Escola, desempenhou elevados cargos em órgãos da saúde no Algarve (presidente da Administração Regional de Saúde e do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Faro) que tivemos conhecimento do «costeleta», tal como o autor da obra dali naturais, Manuel Belchior. Fomos coevos na «Tomás Cabreira», mas não fora o trabalho com profundidade, querer e saber do Dr. Correia Martins e não tínhamos, como o hemos o elevado prazer em saber deste colega. Vive, como é referido, entre a terra natal e a Alemanha e faz parte dessa mediática família «Os Belchiores», com destacados nomes na música, no ensino e nas letras. Frequentou a Escola Tomás Cabreira, onde concluiu o Curso Industrial e teve os primeiros contactos com o mundo da Arte. Seguiu-se a frequência durante três anos da Escola Militar, em Paço de Arcos e durante trinta nos trabalhou em laboratórios de engenharia electrónica na Alemanha, «onde fez grandes invenções nesta área». Paralelamente à vida profissional dedica-se à criação artística, realizando exposições, desde 1960, sempre com assinalado êxito, encontrando-se obras da autoria do «costeleta» Manuel Belchior em colecções particulares da Alemanha. França, Inglaterra, Portugal e Estados Unidos da América, integrando o grupo «Prisma» (pintura e escultura)É de sua autoria a escultura «O Algarvio», uma obra feita no Centro Internacional de Artes (Azinheiro), em pedra, areia e ferro, que o artista ofereceu a São Brás de Alportel e se encontra na Biblioteca Municipal Estanco Louro. Em 1994 iniciou o projecto «As paredes florescem», constituído por cerca de 50 murais, com as dimensões de 6X3 metros, em Acryl, numa das grandes fábricas Rohde &. Shwarz e expõe permanentemente na famosa Galeria Die Goldschiede, em Zurique. Manuel Belchior é também o autor (texto e ilustrações) da obra em português, inglês e alemão «As aventuras do galo Caju», um conto tradicional algarvio para crianças.

João Leal